EXPRESSO: País

09-02-2002
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SONDAGEM Durão ganha aos pontos Líder do PSD em alta na primeira sondagem EXPRESSO-Renascença/Eurosondagem DURÃO Barroso estreia-se em alta na primeira sondagem EXPRESSO-Renascença/ /Eurosondagem, que regista um empate técnico entre o PSD e o PS e entre a direita e a esquerda nas intenções de voto para as legislativas. Depois de o EXPRESSO ter rescindido o contrato com a empresa de sondagens Euroexpansão - na sequência da discrepância verificada entre a última sondagem em Lisboa e os resultados que vieram a registar-se na capital nas eleições autárquicas de Dezembro passado -, a primeira sondagem da empresa de Rui Oliveira e Costa para o EXPRESSO e para a Rádio Renascença apresenta Durão Barroso como o mais popular dos líderes partidários, com um saldo positivo de 12 pontos percentuais. DURÃO Barroso estreia-se em alta na primeira sondagem EXPRESSO-Renascença/ /Eurosondagem, que regista um empate técnico entre o PSD e o PS e entre a direita e a esquerda nas intenções de voto para as legislativas. Depois de o EXPRESSO ter rescindido o contrato com a empresa de sondagens Euroexpansão - na sequência da discrepância verificada entre a última sondagem em Lisboa e os resultados que vieram a registar-se na capital nas eleições autárquicas de Dezembro passado -, a primeira sondagem da empresa de Rui Oliveira e Costa para o EXPRESSO e para a Rádio Renascença apresenta Durão Barroso como o mais popular dos líderes partidários, com um saldo positivo de 12 pontos percentuais. Ferro Rodrigues, no primeiro julgamento do eleitorado após a eleição como secretário-geral do PS, tem seis pontos positivos. E Paulo Portas, reeleito presidente do CDS/PP no fim-de-semana passado, soma mais quatro pontos positivos do que negativos. Carlos Carvalhas, a braços com as críticas dos renovadores comunistas, com João Amaral e Edgar Correia à cabeça, é que não consegue melhor do que um saldo negativo de 27 pontos! Tudo empatado Nas intenções de voto, e a menos de dois meses das eleições, o PSD é o partido que recolhe a preferência do eleitorado, mas com uma insignificante vantagem sobre o PS - um ponto apenas separa os dois maiores partidos. Um resultado que promete radicalizar discursos e campanhas e potencializar a bipolarização. Nas intenções de voto, e a menos de dois meses das eleições, o PSD é o partido que recolhe a preferência do eleitorado, mas com uma insignificante vantagem sobre o PS - um ponto apenas separa os dois maiores partidos. Um resultado que promete radicalizar discursos e campanhas e potencializar a bipolarização. Com 22% de eleitores ainda indecisos sobre em qual dos partidos irá depositar o seu voto, está praticamente tudo em aberto. Mas, a manter-se o equilíbrio de forças entre sociais-democratas e socialistas, dificilmente o vencedor obterá a maioria absoluta que os respectivos líderes reclamam. Não havendo maioria absoluta, os resultados da sondagem também não permitem, pelo menos para já, antecipar qualquer solução governativa estável. Se não vejamos: com o PSD com 32% e o CDS/PP com 5% e com o PS com 31% e o PCP com 6%, a vantagem do bloco de esquerda sobre o da direita resume-se aos 2% que a força partidária com o mesmo nome (BE) recolhe nas intenções de voto. Ou seja, à partida, o CDS/PP não conseguiria representação parlamentar suficiente para garantir ao PSD, em coligação pós-eleitoral, a necessária maioria parlamentar. Nem o PCP, por si só, garantiria ao PS tal maioria. Mas também não é líquido que, numa eventual vitória do PS, PCP e BE somados fossem suficientes para assegurar a maioria parlamentar de esquerda. Podendo até verificar-se, com estes números, uma nova situação de empate (115-115) no número de deputados do bloco sentado à direita no hemiciclo de S. Bento e do que se senta à esquerda. Projecção não resolve As principais dúvidas que os resultados (sem ponderação) desta sondagem suscitam, também não se dissipam se se atendesse à projecção dos resultados a partir de um exercício meramente matemático, presumindo que os indecisos (os inquiridos que responderam «não sabe/não responde» à pergunta em que partido vai votar) se abstêm. As principais dúvidas que os resultados (sem ponderação) desta sondagem suscitam, também não se dissipam se se atendesse à projecção dos resultados a partir de um exercício meramente matemático, presumindo que os indecisos (os inquiridos que responderam «não sabe/não responde» à pergunta em que partido vai votar) se abstêm. Neste caso, na projecção da Eurosondagem, o PSD continuaria a ter apenas um ponto de vantagem sobre o PS (40% contra 39%) e a CDU também mais um ponto do que o CDS/PP (8% contra 7%), ficando o Bloco de Esquerda com 4%. Guterres na linha zero No mais, a sondagem coloca Jorge Sampaio com índices de clara popularidade - 55% dos inquiridos aplaudem a actuação do Presidente da República e somente 7% a censuram -, mas deixa o demissionário António Guterres na «linha zero»: o ainda primeiro-ministro tem exactamente os mesmos pontos positivos e negativos, sendo que recolhe mais opiniões favoráveis (37%) do que o seu sucessor na liderança do PS (Ferro Rodrigues tem apenas 33%). Quanto ao Governo socialista, a sua imagem junto da opinião pública é claramente negativa. No mais, a sondagem coloca Jorge Sampaio com índices de clara popularidade - 55% dos inquiridos aplaudem a actuação do Presidente da República e somente 7% a censuram -, mas deixa o demissionário António Guterres na «linha zero»: o ainda primeiro-ministro tem exactamente os mesmos pontos positivos e negativos, sendo que recolhe mais opiniões favoráveis (37%) do que o seu sucessor na liderança do PS (Ferro Rodrigues tem apenas 33%). Quanto ao Governo socialista, a sua imagem junto da opinião pública é claramente negativa.

MÁRIO RAMIRES

Pela maioria absoluta A MAIORIA dos eleitores quer ter um Governo de maioria absoluta a seguir às legislativas de 17 de Março. Segundo a sondagem EXPRESSO/Renascença/Eurosondagem, o eleitorado prefere uma solução governativa estável, mas, ainda assim, quer ver o seu voto respeitado: isto é, se o partido mais votado for o PSD acha que Durão Barroso deve formar Governo, mesmo que PS e PCP tenham a maioria parlamentar; e se o partido mais votado for o PS deve ser Ferro Rodrigues a assumir o cargo de primeiro-ministro, ainda que PSD e CDS/PP possam ter a maioria dos deputados. A MAIORIA dos eleitores quer ter um Governo de maioria absoluta a seguir às legislativas de 17 de Março. Segundo a sondagem EXPRESSO/Renascença/Eurosondagem, o eleitorado prefere uma solução governativa estável, mas, ainda assim, quer ver o seu voto respeitado: isto é, se o partido mais votado for o PSD acha que Durão Barroso deve formar Governo, mesmo que PS e PCP tenham a maioria parlamentar; e se o partido mais votado for o PS deve ser Ferro Rodrigues a assumir o cargo de primeiro-ministro, ainda que PSD e CDS/PP possam ter a maioria dos deputados.

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DURÃO Barroso estreia-se em alta na primeira sondagem EXPRESSO-Renascença/ /Eurosondagem, que regista um empate técnico entre o PSD e o PS e entre a direita e a esquerda nas intenções de voto para as legislativas. Depois de o EXPRESSO ter rescindido o contrato com a empresa de sondagens Euroexpansão - na sequência da discrepância verificada entre a última sondagem em Lisboa e os resultados que vieram a registar-se na capital nas eleições autárquicas de Dezembro passado -, a primeira sondagem da empresa de Rui Oliveira e Costa para o EXPRESSO e para a Rádio Renascença apresenta Durão Barroso como o mais popular dos líderes partidários, com um saldo positivo de 12 pontos percentuais. Ferro Rodrigues, no primeiro julgamento do eleitorado após a eleição como secretário-geral do PS, tem seis pontos positivos. E Paulo Portas, reeleito presidente do CDS/PP no fim-de-semana passado, soma mais quatro pontos positivos do que negativos. Carlos Carvalhas, a braços com as críticas dos renovadores comunistas, com João Amaral e Edgar Correia à cabeça, é que não consegue melhor do que um saldo negativo de 27 pontos! Tudo empatado Nas intenções de voto, e a menos de dois meses das eleições, o PSD é o partido que recolhe a preferência do eleitorado, mas com uma insignificante vantagem sobre o PS - um ponto apenas separa os dois maiores partidos. Um resultado que promete radicalizar discursos e campanhas e potencializar a bipolarização. Nas intenções de voto, e a menos de dois meses das eleições, o PSD é o partido que recolhe a preferência do eleitorado, mas com uma insignificante vantagem sobre o PS - um ponto apenas separa os dois maiores partidos. Um resultado que promete radicalizar discursos e campanhas e potencializar a bipolarização. Com 22% de eleitores ainda indecisos sobre em qual dos partidos irá depositar o seu voto, está praticamente tudo em aberto. Mas, a manter-se o equilíbrio de forças entre sociais-democratas e socialistas, dificilmente o vencedor obterá a maioria absoluta que os respectivos líderes reclamam. Não havendo maioria absoluta, os resultados da sondagem também não permitem, pelo menos para já, antecipar qualquer solução governativa estável. Se não vejamos: com o PSD com 32% e o CDS/PP com 5% e com o PS com 31% e o PCP com 6%, a vantagem do bloco de esquerda sobre o da direita resume-se aos 2% que a força partidária com o mesmo nome (BE) recolhe nas intenções de voto. Ou seja, à partida, o CDS/PP não conseguiria representação parlamentar suficiente para garantir ao PSD, em coligação pós-eleitoral, a necessária maioria parlamentar. Nem o PCP, por si só, garantiria ao PS tal maioria. Mas também não é líquido que, numa eventual vitória do PS, PCP e BE somados fossem suficientes para assegurar a maioria parlamentar de esquerda. Podendo até verificar-se, com estes números, uma nova situação de empate (115-115) no número de deputados do bloco sentado à direita no hemiciclo de S. Bento e do que se senta à esquerda. Projecção não resolve As principais dúvidas que os resultados (sem ponderação) desta sondagem suscitam, também não se dissipam se se atendesse à projecção dos resultados a partir de um exercício meramente matemático, presumindo que os indecisos (os inquiridos que responderam «não sabe/não responde» à pergunta em que partido vai votar) se abstêm. As principais dúvidas que os resultados (sem ponderação) desta sondagem suscitam, também não se dissipam se se atendesse à projecção dos resultados a partir de um exercício meramente matemático, presumindo que os indecisos (os inquiridos que responderam «não sabe/não responde» à pergunta em que partido vai votar) se abstêm. Neste caso, na projecção da Eurosondagem, o PSD continuaria a ter apenas um ponto de vantagem sobre o PS (40% contra 39%) e a CDU também mais um ponto do que o CDS/PP (8% contra 7%), ficando o Bloco de Esquerda com 4%. Guterres na linha zero No mais, a sondagem coloca Jorge Sampaio com índices de clara popularidade - 55% dos inquiridos aplaudem a actuação do Presidente da República e somente 7% a censuram -, mas deixa o demissionário António Guterres na «linha zero»: o ainda primeiro-ministro tem exactamente os mesmos pontos positivos e negativos, sendo que recolhe mais opiniões favoráveis (37%) do que o seu sucessor na liderança do PS (Ferro Rodrigues tem apenas 33%). Quanto ao Governo socialista, a sua imagem junto da opinião pública é claramente negativa. No mais, a sondagem coloca Jorge Sampaio com índices de clara popularidade - 55% dos inquiridos aplaudem a actuação do Presidente da República e somente 7% a censuram -, mas deixa o demissionário António Guterres na «linha zero»: o ainda primeiro-ministro tem exactamente os mesmos pontos positivos e negativos, sendo que recolhe mais opiniões favoráveis (37%) do que o seu sucessor na liderança do PS (Ferro Rodrigues tem apenas 33%). Quanto ao Governo socialista, a sua imagem junto da opinião pública é claramente negativa.

MÁRIO RAMIRES

Pela maioria absoluta A MAIORIA dos eleitores quer ter um Governo de maioria absoluta a seguir às legislativas de 17 de Março. Segundo a sondagem EXPRESSO/Renascença/Eurosondagem, o eleitorado prefere uma solução governativa estável, mas, ainda assim, quer ver o seu voto respeitado: isto é, se o partido mais votado for o PSD acha que Durão Barroso deve formar Governo, mesmo que PS e PCP tenham a maioria parlamentar; e se o partido mais votado for o PS deve ser Ferro Rodrigues a assumir o cargo de primeiro-ministro, ainda que PSD e CDS/PP possam ter a maioria dos deputados. A MAIORIA dos eleitores quer ter um Governo de maioria absoluta a seguir às legislativas de 17 de Março. Segundo a sondagem EXPRESSO/Renascença/Eurosondagem, o eleitorado prefere uma solução governativa estável, mas, ainda assim, quer ver o seu voto respeitado: isto é, se o partido mais votado for o PSD acha que Durão Barroso deve formar Governo, mesmo que PS e PCP tenham a maioria parlamentar; e se o partido mais votado for o PS deve ser Ferro Rodrigues a assumir o cargo de primeiro-ministro, ainda que PSD e CDS/PP possam ter a maioria dos deputados.

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