PCP derrota Cunhal

29-02-2000
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ÁLVARO Cunhal foi claramente derrotado no Comité Central do PCP, no fim-de-semana passado. Contra a vontade expressa do líder histórico dos comunistas, o CC comunista consagrou o debate aberto e sem restrições para a preparação do próximo Congresso. Não haverá «tabus» e renovadores e não alinhados preparam-se para pôr tudo em causa: do marxismo-leninismo (que poderá deixar de constar no programa do partido e ser substituído pela mera referência ao pensamento de Marx e Lenine) à eventual extinção da CDU, acabando com os Verdes, e abrindo as portas ao diálogo com o Bloco de Esquerda e o PS. A discussão já começou, na tensa reunião do CC, em que até o apoio à recandidatura de Jorge Sampaio provocou divisões, com os «ortodoxos» - Cunhal, Jerónimo de Sousa, Domingos Abrantes e Francisco Lopes à cabeça - a avançarem com fortes críticas ao actual Presidente. No final, de nada valeram a Cunhal as intervenções, aliás abertamente contestadas, contra a «anarquia de opiniões» e contra os «camaradas que pelo que têm dito e escrito mostram que não é este PCP que querem». E foi o próprio que, antes de derrotado, definiu o prazo para a clarificação: «Não podemos chegar ao Congresso sem ver isto resolvido».

PCP derrota Cunhal

«Não mitifico Cunhal»

Até amanhã, camarada

Velhos do partido precipitam divisão

Dos dirigentes ortodoxos aos renovadores, passando pelos não-alinhados

ÁLVARO Cunhal foi claramente derrotado no Comité Central do PCP, no fim-de-semana passado. Contra a vontade expressa do líder histórico dos comunistas, o CC comunista consagrou o debate aberto e sem restrições para a preparação do próximo Congresso. Não haverá «tabus» e renovadores e não alinhados preparam-se para pôr tudo em causa: do marxismo-leninismo (que poderá deixar de constar no programa do partido e ser substituído pela mera referência ao pensamento de Marx e Lenine) à eventual extinção da CDU, acabando com os Verdes, e abrindo as portas ao diálogo com o Bloco de Esquerda e o PS. A discussão já começou, na tensa reunião do CC, em que até o apoio à recandidatura de Jorge Sampaio provocou divisões, com os «ortodoxos» - Cunhal, Jerónimo de Sousa, Domingos Abrantes e Francisco Lopes à cabeça - a avançarem com fortes críticas ao actual Presidente. No final, de nada valeram a Cunhal as intervenções, aliás abertamente contestadas, contra a «anarquia de opiniões» e contra os «camaradas que pelo que têm dito e escrito mostram que não é este PCP que querem». E foi o próprio que, antes de derrotado, definiu o prazo para a clarificação: «Não podemos chegar ao Congresso sem ver isto resolvido».

PCP derrota Cunhal

«Não mitifico Cunhal»

Até amanhã, camarada

Velhos do partido precipitam divisão

Dos dirigentes ortodoxos aos renovadores, passando pelos não-alinhados

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