PS propõe inquérito parlamentar ao acidente de Entre-os-Rios

09-03-2001
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PS Propõe Inquérito Parlamentar ao Acidente de Entre-os-Rios

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Sexta-feira, 9 de Março de 2001

Entregue ontem na Assembleia

Na reunião de bancada João Cravinho exigiu legislação sobre areias e criticou branqueamento da JAE

O grupo parlamentar do PS entregou ontem na mesa da Assembleia da República um pedido de constituição de uma comissão de inquérito parlamentar ao acidente de Entre-os-Rios. A este pedido de inquérito associou-se já o PSD que desistiu assim da iniciativa similar que estava a preparar. O inquérito - a cuja comissão irão presidir os sociais-democratas, de acordo com as regras de alternância parlamentar - foi anunciado pelo próprio líder parlamentar, Francisco Assis, que assumiu que esta iniciativa tem a anuência da direcção nacional do PS, logo do Governo.

A conferência de imprensa de Assis foi dada num intervalo da reunião do grupo parlamentar em que Jorge Lacão fez questão de intervir para pedir a aceleração da reforma do Estado e da administração pública. Quem também fez uma intervenção apontada como marcante foi o ex-ministro do Equipamento João Cravinho, que alertou para o facto de poder haver mais pontes em risco e que gritou a urgência de legislar sobre a extracção de areias.

O homem que, enquanto ministro, liderou a sindicância à Junta Autónoma das Estradas e acabou com este organismo, separando-o em três institutos para pôr cobro à corrupção que se instalara naqueles serviços, criticou também os que agora tentam branquear a JAE. Já depois da reunião, Cravinho declarou aos jornalistas que não se pretendia "substituir à uma comissão técnica, nem à Procuradoria-Geral da República", mas que "as areias tem de ser investigadas a fundo".

Referindo-se à JAE manifestou-se contra a "tentativa de branqueamento de um sistema que funcionava de modo a delapidar os dinheiros públicos, favorável à corrupção". E rematou: "É uma tentativa ignóbil, uma tentativa de branqueamento, uma tentativa que, no fundo, favorece quem está contra a moralização das obras públicas."

PS Propõe Inquérito Parlamentar ao Acidente de Entre-os-Rios

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Sexta-feira, 9 de Março de 2001

Entregue ontem na Assembleia

Na reunião de bancada João Cravinho exigiu legislação sobre areias e criticou branqueamento da JAE

O grupo parlamentar do PS entregou ontem na mesa da Assembleia da República um pedido de constituição de uma comissão de inquérito parlamentar ao acidente de Entre-os-Rios. A este pedido de inquérito associou-se já o PSD que desistiu assim da iniciativa similar que estava a preparar. O inquérito - a cuja comissão irão presidir os sociais-democratas, de acordo com as regras de alternância parlamentar - foi anunciado pelo próprio líder parlamentar, Francisco Assis, que assumiu que esta iniciativa tem a anuência da direcção nacional do PS, logo do Governo.

A conferência de imprensa de Assis foi dada num intervalo da reunião do grupo parlamentar em que Jorge Lacão fez questão de intervir para pedir a aceleração da reforma do Estado e da administração pública. Quem também fez uma intervenção apontada como marcante foi o ex-ministro do Equipamento João Cravinho, que alertou para o facto de poder haver mais pontes em risco e que gritou a urgência de legislar sobre a extracção de areias.

O homem que, enquanto ministro, liderou a sindicância à Junta Autónoma das Estradas e acabou com este organismo, separando-o em três institutos para pôr cobro à corrupção que se instalara naqueles serviços, criticou também os que agora tentam branquear a JAE. Já depois da reunião, Cravinho declarou aos jornalistas que não se pretendia "substituir à uma comissão técnica, nem à Procuradoria-Geral da República", mas que "as areias tem de ser investigadas a fundo".

Referindo-se à JAE manifestou-se contra a "tentativa de branqueamento de um sistema que funcionava de modo a delapidar os dinheiros públicos, favorável à corrupção". E rematou: "É uma tentativa ignóbil, uma tentativa de branqueamento, uma tentativa que, no fundo, favorece quem está contra a moralização das obras públicas."

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