Conversando com Mário David Soares

11-11-1999
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Conversando com...

... Mário David Soares, 45 anos, professor do ensino secundário, primeiro candidato à Assembleia Municipal.

Margem Esquerda - Uma primeira questão se coloca: porque aceitou candidatar-se à presidência da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia?

Mário David Soares - Como afirmei na altura da apresentação dos cabeças de lista para as eleições autárquicas de Vila Nova de Gaia, foram três as razões essenciais que me levaram a aceitar este desafio. Em primeiro lugar, porque o convite partiu da Coligação Democrática Unitária (CDU), força com a qual me identifico sobretudo pelo excelente trabalho que tem vindo a realizar ao nível autárquico e que por todos (mesmo aqueles que nos combatem) é reconhecido.

Em segundo lugar, porque vivo em Vila Nova de Gaia e sou testemunha do muito que há para fazer, pelo que não podia recusar o meu contributo, por mais modesto que ele seja, para construir uma "nova" Vila Nova de Gaia que, mais do que um dormitório ou local de passagem do e para o Porto, seja uma cidade com identidade e orgulho do seu passado (porque ao contrário de muitos que olham para Vila Nova de Gaia como o sítio ideal para construir em altura" por julgarem que nada existe "por baixo", Gaia é uma cidade rica de história e de memória, como atestam, entre outros testemunhos, as caves do vinho do Porto e os barcos rebelo).

Em terceiro lugar, porque o candidato a Presidente da Câmara Municipal é o Dr. Antero Pires que, para além da amizade de muitos anos e que remontam aos bancos do antigo liceu de Alexandre Herculano, é o Homem certo para dirigir uma equipa capaz de, pela entrega e dedicação de que os elementos da CDU sempre deram, alterar (eu diria até, "abanar") o marasmo em que sucessivas gestões de PSD e PS deixaram Vila Nova de Gaia.

Quais são as linhas essenciais do seu programa?

Como sabe, a Assembleia Municipal não é um órgão executivo pelo que preferiria falar de compromissos que assumo perante os Gaienses. Compromissos que não são individuais, mas que eu tenho gosto de protagonizar.

Primeiro compromisso que assumo é o de continuar o trabalho dos meus camaradas da CDU que actualmente desempenham funções na Assembleia Municipal. E quero afirmar isto com muita clareza porque a minha candidatura não significa, como se vê pelo espectáculo dado por outras forças políticas, nenhuma máscara para esconder actuações menos boas.

Não, os meus camaradas que actuam na Assembleia Municipal têm feito um excelente trabalho como tenho podido observar em alguns contactos que tenho realizado junto da população. E além disso, a CDU vai continuar a contar com eles, com a sua dedicação, empenho e experiência.

O meu segundo compromisso é o de, na Assembleia Municipal, dar voz a todos; os que dela precisam e que são sempre esquecidos passadas que sejam as eleições. Para mim, como é, aliás, prática da CDU, a democracia não se esgota no voto que de tempos a tempos cada um de nós é chamado a depositar na urna. Democracia é muito mais do que isso: é o direito à participação de todos, sempre que muito bem entendam, em defesa do que consideram ser os seus interesses. Democracia é o direito de podermos confrontar sempre as nossas opiniões com as opiniões dos outros. Democracia é o governo para o bem de todos e não uma formalidade exterior para camuflar os interesses de alguns. O meu terceiro compromisso é o de procurar, no contacto permanente com as populações, conhecer os seus anseios, as suas aspirações, as suas preocupações. Se pretender-mos ser a voz de todos os gaienses não podemos ficar à espera de que eles venham até nós, pois correríamos o risco de apenas representarmos os mais afoitos e os mais organizados. Para darmos voz aos mais humildes e desfavorecidos, aqueles que, muitas vezes, nem sequer conhecem os direitos que lhe assistem, temos de ir ter com eles, dialogar com eles para que, também eles, se sintam verdadeiramente representados na Assembleia Municipal.

Quer dizer então que a CDU será a voz dos mais desfavorecidos?

Quer dizer que a CDU será também a voz dos mais desfavorecidos. Porque a CDU tem um projecto de desenvolvimento para Vila Nova de Gaia para o qual todas as forças vivas do concelho são necessárias e, por isso, com todos eles quer dialogar e com todas elas conta porque está convencido que todos podemos ganhar com um desenvolvimento sustentado e independente de VN Gaia.

Só que o projecto que a CDU tem para VN Gaia nunca será feito contra as pessoas ou apesar das pessoas, mas sim pelas pessoas. E para nós pessoas são todos os gaienses.

Se lhe pedisse uma mensagem breve aos gaienses que aspectos mais salientaria?

Que olhassem para a sua cidade e vissem o estado em que ela está. Que se lembrassem de que Gaia sempre foi gerida por dois partidos, PS e PSD. Que tomassem nota do espectáculo de carnaval que estes dois partidos estão a dar à opinião pública para mascararem a sua acção (a sua única preocupação é ver qual a melhor máscara). E que finalmente tirassem dai as devidas ilações. Não temos a presunção de pensarmos que somos os melhores, mas temos a certeza de podermos fazer muito melhor. Assim queiram os Gaienses.

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... Mário David Soares, 45 anos, professor do ensino secundário, primeiro candidato à Assembleia Municipal.

Margem Esquerda - Uma primeira questão se coloca: porque aceitou candidatar-se à presidência da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia?

Mário David Soares - Como afirmei na altura da apresentação dos cabeças de lista para as eleições autárquicas de Vila Nova de Gaia, foram três as razões essenciais que me levaram a aceitar este desafio. Em primeiro lugar, porque o convite partiu da Coligação Democrática Unitária (CDU), força com a qual me identifico sobretudo pelo excelente trabalho que tem vindo a realizar ao nível autárquico e que por todos (mesmo aqueles que nos combatem) é reconhecido.

Em segundo lugar, porque vivo em Vila Nova de Gaia e sou testemunha do muito que há para fazer, pelo que não podia recusar o meu contributo, por mais modesto que ele seja, para construir uma "nova" Vila Nova de Gaia que, mais do que um dormitório ou local de passagem do e para o Porto, seja uma cidade com identidade e orgulho do seu passado (porque ao contrário de muitos que olham para Vila Nova de Gaia como o sítio ideal para construir em altura" por julgarem que nada existe "por baixo", Gaia é uma cidade rica de história e de memória, como atestam, entre outros testemunhos, as caves do vinho do Porto e os barcos rebelo).

Em terceiro lugar, porque o candidato a Presidente da Câmara Municipal é o Dr. Antero Pires que, para além da amizade de muitos anos e que remontam aos bancos do antigo liceu de Alexandre Herculano, é o Homem certo para dirigir uma equipa capaz de, pela entrega e dedicação de que os elementos da CDU sempre deram, alterar (eu diria até, "abanar") o marasmo em que sucessivas gestões de PSD e PS deixaram Vila Nova de Gaia.

Quais são as linhas essenciais do seu programa?

Como sabe, a Assembleia Municipal não é um órgão executivo pelo que preferiria falar de compromissos que assumo perante os Gaienses. Compromissos que não são individuais, mas que eu tenho gosto de protagonizar.

Primeiro compromisso que assumo é o de continuar o trabalho dos meus camaradas da CDU que actualmente desempenham funções na Assembleia Municipal. E quero afirmar isto com muita clareza porque a minha candidatura não significa, como se vê pelo espectáculo dado por outras forças políticas, nenhuma máscara para esconder actuações menos boas.

Não, os meus camaradas que actuam na Assembleia Municipal têm feito um excelente trabalho como tenho podido observar em alguns contactos que tenho realizado junto da população. E além disso, a CDU vai continuar a contar com eles, com a sua dedicação, empenho e experiência.

O meu segundo compromisso é o de, na Assembleia Municipal, dar voz a todos; os que dela precisam e que são sempre esquecidos passadas que sejam as eleições. Para mim, como é, aliás, prática da CDU, a democracia não se esgota no voto que de tempos a tempos cada um de nós é chamado a depositar na urna. Democracia é muito mais do que isso: é o direito à participação de todos, sempre que muito bem entendam, em defesa do que consideram ser os seus interesses. Democracia é o direito de podermos confrontar sempre as nossas opiniões com as opiniões dos outros. Democracia é o governo para o bem de todos e não uma formalidade exterior para camuflar os interesses de alguns. O meu terceiro compromisso é o de procurar, no contacto permanente com as populações, conhecer os seus anseios, as suas aspirações, as suas preocupações. Se pretender-mos ser a voz de todos os gaienses não podemos ficar à espera de que eles venham até nós, pois correríamos o risco de apenas representarmos os mais afoitos e os mais organizados. Para darmos voz aos mais humildes e desfavorecidos, aqueles que, muitas vezes, nem sequer conhecem os direitos que lhe assistem, temos de ir ter com eles, dialogar com eles para que, também eles, se sintam verdadeiramente representados na Assembleia Municipal.

Quer dizer então que a CDU será a voz dos mais desfavorecidos?

Quer dizer que a CDU será também a voz dos mais desfavorecidos. Porque a CDU tem um projecto de desenvolvimento para Vila Nova de Gaia para o qual todas as forças vivas do concelho são necessárias e, por isso, com todos eles quer dialogar e com todas elas conta porque está convencido que todos podemos ganhar com um desenvolvimento sustentado e independente de VN Gaia.

Só que o projecto que a CDU tem para VN Gaia nunca será feito contra as pessoas ou apesar das pessoas, mas sim pelas pessoas. E para nós pessoas são todos os gaienses.

Se lhe pedisse uma mensagem breve aos gaienses que aspectos mais salientaria?

Que olhassem para a sua cidade e vissem o estado em que ela está. Que se lembrassem de que Gaia sempre foi gerida por dois partidos, PS e PSD. Que tomassem nota do espectáculo de carnaval que estes dois partidos estão a dar à opinião pública para mascararem a sua acção (a sua única preocupação é ver qual a melhor máscara). E que finalmente tirassem dai as devidas ilações. Não temos a presunção de pensarmos que somos os melhores, mas temos a certeza de podermos fazer muito melhor. Assim queiram os Gaienses.

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