PSD Contra "Excesso de Entrada" de Imigrantes
Sexta-feira, 21 de Setembro de 2001
O PSD defendeu ontem a inversão do actual "excesso de entrada" de imigrantes em Portugal e acusou o Governo de querer corrigir agora uma lei de imigração "péssima" e "facilitista" que adoptou ainda recentemente.
A advertência foi feita pelo líder social-democrata, Durão Barroso, num comentário à resolução aprovada também ontem em Conselho de Ministros que fixa em 20 mil o número máximo de imigrantes que o país se dispõe a acolher até ao final do ano.
Para o líder social-democrata, Portugal está hoje confrontado com o "problema muito sério" de ter acolhido um número excessivamente elevado de imigrantes, como o demonstrou o recente processo de regularização, face às necessidades de mão-de-obra existentes.
O agravamento da situação económica interna, segundo Durão Barroso, conduzirá inevitavelmente à escassez de postos de trabalho, defraudando assim as expectativas com que os imigrantes decidiram rumar a Portugal e gerando mal-estar social.
Durão Barroso criticou o facto de os imigrantes económicos continuarem a poder entrar em Portugal "apenas com um visto turístico" e de o Governo ter elaborado uma lei de imigração que considerou "facilitista". Para corrigir esta tendência era necessário uma política mais criteriosa e mais "moderada" de acolhimento de imigrantes em Portugal, não apenas por motivos económicos, mas também porque se impediria a "entrada de alguns criminosos" no país, sustentou.
Uma ideia que Durão Barroso resumiu numa frase: "firmeza na entrada, generosidade na integração".
Confirmando as preocupações expressas pelo líder social- democrata, o ministro Adjunto do primeiro-ministro, António José Seguro, lembrou que está a decorrer um processo de legalização de imigrantes no país e que, em termos de previsão de contingentes máximos, o Governo "mandou elaborar três estudos sobre as necessidades de importação de mão-de-obra para a economia nacional".
Segundo António José Seguro, o número máximo de 20 mil imigrantes que Portugal poderá receber até ao fim do ano resultou precisamente desses estudos e responderá "à necessidade de definição de uma política de imigração económica equilibrada de acordo com as necessidades do mercado de trabalho".
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PSD Contra "Excesso de Entrada" de Imigrantes
Sexta-feira, 21 de Setembro de 2001
O PSD defendeu ontem a inversão do actual "excesso de entrada" de imigrantes em Portugal e acusou o Governo de querer corrigir agora uma lei de imigração "péssima" e "facilitista" que adoptou ainda recentemente.
A advertência foi feita pelo líder social-democrata, Durão Barroso, num comentário à resolução aprovada também ontem em Conselho de Ministros que fixa em 20 mil o número máximo de imigrantes que o país se dispõe a acolher até ao final do ano.
Para o líder social-democrata, Portugal está hoje confrontado com o "problema muito sério" de ter acolhido um número excessivamente elevado de imigrantes, como o demonstrou o recente processo de regularização, face às necessidades de mão-de-obra existentes.
O agravamento da situação económica interna, segundo Durão Barroso, conduzirá inevitavelmente à escassez de postos de trabalho, defraudando assim as expectativas com que os imigrantes decidiram rumar a Portugal e gerando mal-estar social.
Durão Barroso criticou o facto de os imigrantes económicos continuarem a poder entrar em Portugal "apenas com um visto turístico" e de o Governo ter elaborado uma lei de imigração que considerou "facilitista". Para corrigir esta tendência era necessário uma política mais criteriosa e mais "moderada" de acolhimento de imigrantes em Portugal, não apenas por motivos económicos, mas também porque se impediria a "entrada de alguns criminosos" no país, sustentou.
Uma ideia que Durão Barroso resumiu numa frase: "firmeza na entrada, generosidade na integração".
Confirmando as preocupações expressas pelo líder social- democrata, o ministro Adjunto do primeiro-ministro, António José Seguro, lembrou que está a decorrer um processo de legalização de imigrantes no país e que, em termos de previsão de contingentes máximos, o Governo "mandou elaborar três estudos sobre as necessidades de importação de mão-de-obra para a economia nacional".
Segundo António José Seguro, o número máximo de 20 mil imigrantes que Portugal poderá receber até ao fim do ano resultou precisamente desses estudos e responderá "à necessidade de definição de uma política de imigração económica equilibrada de acordo com as necessidades do mercado de trabalho".