PSD sem fundos

16-12-1999
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Apesar de o secretário-geral cessante garantir que deixa uma herança bastante melhor do que aquela que recebeu, as contas bancárias do partido estão longe de oferecer saldos confortáveis para quem tem a responsabilidade de pagar, em breve, duas campanhas eleitorais.

Quanto a estas, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha programado o financiamento das eleições que se aproximam. Segundo o EXPRESSO apurou, o presidente demissionário dos sociais-democratas tinha estipulado gastar entre 45 a 55 mil contos na campanha para o PE. Um terço desse valor seria assegurado pelo PP; o PPE contribuiria com 20 ou 25 mil contos; o restante (entre 5 mil e 10 mil contos) seria oferecido pelo próprio Marcelo.

Também o modo de financiamento da campanha para as legislativas já estava previsto pela direcção partidária cessante. O líder do PSD já havia contratado os serviços de especialistas brasileiros de «marketing» político que custariam ao seu bolso entre 50 a 100 mil contos. O resto da campanha, previa-se, orçaria em mais 300 mil contos - um terço dos quais seria garantido pela Distrital do Porto, outro terço seria dado pela Distrital de Lisboa, e o remanescente seria angariado por Carlos Horta e Costa. Marcelo assegurara, entretanto, na própria véspera da sua inesperada demissão, a ajuda de Silvio Berlusconi - que, à semelhança do que fizera com José María Aznar, pôs à disposição do PSD todo o tipo de apoio audiovisual.

Com a queda de Marcelo, estes planos ficaram arquivados. A nova Comissão Política terá que começar do zero.

C.F.

Apesar de o secretário-geral cessante garantir que deixa uma herança bastante melhor do que aquela que recebeu, as contas bancárias do partido estão longe de oferecer saldos confortáveis para quem tem a responsabilidade de pagar, em breve, duas campanhas eleitorais.

Quanto a estas, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha programado o financiamento das eleições que se aproximam. Segundo o EXPRESSO apurou, o presidente demissionário dos sociais-democratas tinha estipulado gastar entre 45 a 55 mil contos na campanha para o PE. Um terço desse valor seria assegurado pelo PP; o PPE contribuiria com 20 ou 25 mil contos; o restante (entre 5 mil e 10 mil contos) seria oferecido pelo próprio Marcelo.

Também o modo de financiamento da campanha para as legislativas já estava previsto pela direcção partidária cessante. O líder do PSD já havia contratado os serviços de especialistas brasileiros de «marketing» político que custariam ao seu bolso entre 50 a 100 mil contos. O resto da campanha, previa-se, orçaria em mais 300 mil contos - um terço dos quais seria garantido pela Distrital do Porto, outro terço seria dado pela Distrital de Lisboa, e o remanescente seria angariado por Carlos Horta e Costa. Marcelo assegurara, entretanto, na própria véspera da sua inesperada demissão, a ajuda de Silvio Berlusconi - que, à semelhança do que fizera com José María Aznar, pôs à disposição do PSD todo o tipo de apoio audiovisual.

Com a queda de Marcelo, estes planos ficaram arquivados. A nova Comissão Política terá que começar do zero.

C.F.

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