Organização Regional de Lisboa

15-04-2000
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Dias Coelho 44 anos

Empregado.

Membro do Partido desde 1974.

Foi membro da Comissão de Moradores de Santos-o-Velho e da Comissão de Freguesia.

Foi membro do CLL e dos OD's da 1ª e 7ª Zonas.

Funcionário do Partido desde 1979.

É membro do Organismo de Direcção do S. Sindical.

Membro do Secretariado da Festa do Avante!.

Membro do Comité Central eleito no XV Congresso.

Membro da DORL e do seu Executivo e da Comissão Distrital.

No Executivo da DORL é responsável pelo Sector dos Transportes e pelo colectivo do Partido na CIL. Quando tanto se fala na portugalidade Fevereiro de 2000

Quando tanto se fala na portugalidade, o Governo do PS decide desfazer-se da sua Companhia Aérea de Bandeira - a TAP.

Curiosamente, ao mesmo tempo que vende 34%, mais 5% do capital da TAP, à Suissair, compra parte do capital da Portugália, empresa privada propriedade do Grupo Espírito Santo.

Aparentemente não se percebe a estratégia do Governo para o Sector da Aviação Civil, tanto mais que não há, pela primeira vez, qualquer referência a este sector no Programa do Governo. Mas, a prática indica-nos que existe uma estratégia assente no reforço e favorecimento dos grupos económicos nacionais e estrangeiros.

Repare-se que, enquanto a Portugália foi avaliada, pela sua facturação de 98, em 22 milhões de contos, a TAP foi avaliada em 60 milhões de contos quando a sua facturação foi superior a 200 milhões de contos. Mas, tão grave quanto isto é o facto de o Governo, ao mesmo tempo que quer entregar a TAP à Suissair, quer segmentar a empresa única em três. O que está dito e escrito pelo Conselho de Administração (CA) nos finais do ano de 1999 revela a intenção clara de desmembrar a empresa, bem podem agora chamar unidades de negócio consolidadas ao que antes chamavam empresas juridicamente autónomas, é que o problema não é semântico, é, antes de mais, substantivo e atinge directamente a unidade da empresa e os trabalhadores a curto ou a médio prazo.

Aliás, é paradigmática esta pretensão do Governo / Swissair, porquanto esta pode ser a abertura do caminho para, a prazo, privatizar completamente as empresas que forem lucrativas e acabar com as não lucrativas. É que, não há na história, passada e presente, do capitalismo um único exemplo em que, não se adquiram empresas para obter delas o maior lucro.

O Governo português comporta-se neste processo como um trauliteiro dos tempos modernos, isto é, contra tudo e contra todos o Governo PS quer despachar a TAP a qualquer custo, utilizando a chantagem junto daqueles que são os primeiros defensores da TAP - os seu trabalhadores.

A pressa do governo em despachar a TAP entra no mundo do insólito e levanta várias interrogações - que forças ocultas e interesses se movimentaram?; que compromissos foram assumidos e que estão no segredo dos "deuses"?

Ao contrário do que diz o Sr. Ministro Jorge Coelho, de facto houve negociações com a Air France. Ao invés do que diz a recente carta do CA aos trabalhadores, a empresa tem um estudo que pondera as vantagens de uma e outra solução e que, segundo o Jornal "O Público", seria mais vantajoso o acordo com a Air France. Na realidade, em 11 de Novembro de 1999, a Air France propôs ao Governo Português a conclusão do acordo, no qual, e para além de outras considerações como a captação de capitais, propunha a criação de uma aliança em que a TAP seria a fundadora. Como os factos demonstram afinal havia tempo!

Assume um carácter de irresponsabilidade o facto de o Governo, através do Ministro Jorge Coelho, vir a público dizer que se não se fechar o negócio rapidamente com a Swuissair, em Março não há dinheiro para o pagamento de salários - cabe então perguntar: se a TAP está à espera do dinheiro proveniente da Swissair para pagar salários, quando este acabar onde vão buscar mais? É que já foram investidos pelo Governo, entre 94 e 95, 180 milhões de contos que desapareceram sem que se tivessem verificado melhorias na empresa!

Na verdade o Governo não explica porque não quer. Porque a situação na empresa resulta de sucessivas gestões desastrosas por parte de Administrações por si nomeadas.

O processo que está em curso é inquietante. Bem pode a Administração da empresa e o Governo dizerem que vão renegociar o Acordo de Parceria com a Swissair, que garantem os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores, porque a verdade é que com apenas 34 ou 39% a Swissair vai engolir a TAP já que o que é estruturante para a empresa passou já para a Swissair (Sistema de Reservas).

O Governo do Engº. Guterres, Secretário-Geral do PS e Presidente da Internacional Socialista, preparava-se em estrita colaboração e apoio da Administração para destruir a TAP, não fora a intervenção enérgica da Comissão de Trabalhadores, de Sindicatos, dos Trabalhadores e do PCP.

O clima de grande unidade vivido no Plenário de Trabalhadores realizado no dia 19 de Janeiro, a declaração política do Grupo Parlamentar do PCP e a audição Parlamentar realizada por iniciativa deste, trouxeram a público de forma mais evidente as reais intenções do Governo e do Conselho de Administração.

É justo salientar que o PCP foi a única força política na empresa e fora dela que ao longo dos tempos tomou posições claras na defesa da empresa e dos seus trabalhadores, apontando caminhos e soluções que o tempo actual confirma como inteiramente válidas.

Nesta hora difícil para a TAP e os seus trabalhadores, o PCP continuará a pugnar pela unidade dos trabalhadores na luta, pela defesa da TAP na sua dimensão actual, pela defesa dos postos de trabalho e direitos dos trabalhadores.

Para comentários a este texto, queira enviar-nos um

Quando tanto se fala na portugalidade, o Governo do PS decide desfazer-se da sua Companhia Aérea de Bandeira - a TAP.Curiosamente, ao mesmo tempo que vende 34%, mais 5% do capital da TAP, à Suissair, compra parte do capital da Portugália, empresa privada propriedade do Grupo Espírito Santo.Aparentemente não se percebe a estratégia do Governo para o Sector da Aviação Civil, tanto mais que não há, pela primeira vez, qualquer referência a este sector no Programa do Governo. Mas, a prática indica-nos que existe uma estratégia assente no reforço e favorecimento dos grupos económicos nacionais e estrangeiros.Repare-se que, enquanto a Portugália foi avaliada, pela sua facturação de 98, em 22 milhões de contos, a TAP foi avaliada em 60 milhões de contos quando a sua facturação foi superior a 200 milhões de contos. Mas, tão grave quanto isto é o facto de o Governo, ao mesmo tempo que quer entregar a TAP à Suissair, quer segmentar a empresa única em três. O que está dito e escrito pelo Conselho de Administração (CA) nos finais do ano de 1999 revela a intenção clara de desmembrar a empresa, bem podem agora chamar unidades de negócio consolidadas ao que antes chamavam empresas juridicamente autónomas, é que o problema não é semântico, é, antes de mais, substantivo e atinge directamente a unidade da empresa e os trabalhadores a curto ou a médio prazo.Aliás, é paradigmática esta pretensão do Governo / Swissair, porquanto esta pode ser a abertura do caminho para, a prazo, privatizar completamente as empresas que forem lucrativas e acabar com as não lucrativas. É que, não há na história, passada e presente, do capitalismo um único exemplo em que, não se adquiram empresas para obter delas o maior lucro.O Governo português comporta-se neste processo como um trauliteiro dos tempos modernos, isto é, contra tudo e contra todos o Governo PS quer despachar a TAP a qualquer custo, utilizando a chantagem junto daqueles que são os primeiros defensores da TAP - os seu trabalhadores.A pressa do governo em despachar a TAP entra no mundo do insólito e levanta várias interrogações - que forças ocultas e interesses se movimentaram?; que compromissos foram assumidos e que estão no segredo dos "deuses"?Ao contrário do que diz o Sr. Ministro Jorge Coelho, de facto houve negociações com a Air France. Ao invés do que diz a recente carta do CA aos trabalhadores, a empresa tem um estudo que pondera as vantagens de uma e outra solução e que, segundo o Jornal "O Público", seria mais vantajoso o acordo com a Air France. Na realidade, em 11 de Novembro de 1999, a Air France propôs ao Governo Português a conclusão do acordo, no qual, e para além de outras considerações como a captação de capitais, propunha a criação de uma aliança em que a TAP seria a fundadora. Como os factos demonstram afinal havia tempo!Assume um carácter de irresponsabilidade o facto de o Governo, através do Ministro Jorge Coelho, vir a público dizer que se não se fechar o negócio rapidamente com a Swuissair, em Março não há dinheiro para o pagamento de salários - cabe então perguntar: se a TAP está à espera do dinheiro proveniente da Swissair para pagar salários, quando este acabar onde vão buscar mais? É que já foram investidos pelo Governo, entre 94 e 95, 180 milhões de contos que desapareceram sem que se tivessem verificado melhorias na empresa!Na verdade o Governo não explica porque não quer. Porque a situação na empresa resulta de sucessivas gestões desastrosas por parte de Administrações por si nomeadas.O processo que está em curso é inquietante. Bem pode a Administração da empresa e o Governo dizerem que vão renegociar o Acordo de Parceria com a Swissair, que garantem os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores, porque a verdade é que com apenas 34 ou 39% a Swissair vai engolir a TAP já que o que é estruturante para a empresa passou já para a Swissair (Sistema de Reservas).O Governo do Engº. Guterres, Secretário-Geral do PS e Presidente da Internacional Socialista, preparava-se em estrita colaboração e apoio da Administração para destruir a TAP, não fora a intervenção enérgica da Comissão de Trabalhadores, de Sindicatos, dos Trabalhadores e do PCP.O clima de grande unidade vivido no Plenário de Trabalhadores realizado no dia 19 de Janeiro, a declaração política do Grupo Parlamentar do PCP e a audição Parlamentar realizada por iniciativa deste, trouxeram a público de forma mais evidente as reais intenções do Governo e do Conselho de Administração.É justo salientar que o PCP foi a única força política na empresa e fora dela que ao longo dos tempos tomou posições claras na defesa da empresa e dos seus trabalhadores, apontando caminhos e soluções que o tempo actual confirma como inteiramente válidas.Nesta hora difícil para a TAP e os seus trabalhadores, o PCP continuará a pugnar pela unidade dos trabalhadores na luta, pela defesa da TAP na sua dimensão actual, pela defesa dos postos de trabalho e direitos dos trabalhadores.Para comentários a este texto, queira enviar-nos um e-mail .Obrigado.

Dias Coelho 44 anos

Empregado.

Membro do Partido desde 1974.

Foi membro da Comissão de Moradores de Santos-o-Velho e da Comissão de Freguesia.

Foi membro do CLL e dos OD's da 1ª e 7ª Zonas.

Funcionário do Partido desde 1979.

É membro do Organismo de Direcção do S. Sindical.

Membro do Secretariado da Festa do Avante!.

Membro do Comité Central eleito no XV Congresso.

Membro da DORL e do seu Executivo e da Comissão Distrital.

No Executivo da DORL é responsável pelo Sector dos Transportes e pelo colectivo do Partido na CIL. Quando tanto se fala na portugalidade Fevereiro de 2000

Quando tanto se fala na portugalidade, o Governo do PS decide desfazer-se da sua Companhia Aérea de Bandeira - a TAP.

Curiosamente, ao mesmo tempo que vende 34%, mais 5% do capital da TAP, à Suissair, compra parte do capital da Portugália, empresa privada propriedade do Grupo Espírito Santo.

Aparentemente não se percebe a estratégia do Governo para o Sector da Aviação Civil, tanto mais que não há, pela primeira vez, qualquer referência a este sector no Programa do Governo. Mas, a prática indica-nos que existe uma estratégia assente no reforço e favorecimento dos grupos económicos nacionais e estrangeiros.

Repare-se que, enquanto a Portugália foi avaliada, pela sua facturação de 98, em 22 milhões de contos, a TAP foi avaliada em 60 milhões de contos quando a sua facturação foi superior a 200 milhões de contos. Mas, tão grave quanto isto é o facto de o Governo, ao mesmo tempo que quer entregar a TAP à Suissair, quer segmentar a empresa única em três. O que está dito e escrito pelo Conselho de Administração (CA) nos finais do ano de 1999 revela a intenção clara de desmembrar a empresa, bem podem agora chamar unidades de negócio consolidadas ao que antes chamavam empresas juridicamente autónomas, é que o problema não é semântico, é, antes de mais, substantivo e atinge directamente a unidade da empresa e os trabalhadores a curto ou a médio prazo.

Aliás, é paradigmática esta pretensão do Governo / Swissair, porquanto esta pode ser a abertura do caminho para, a prazo, privatizar completamente as empresas que forem lucrativas e acabar com as não lucrativas. É que, não há na história, passada e presente, do capitalismo um único exemplo em que, não se adquiram empresas para obter delas o maior lucro.

O Governo português comporta-se neste processo como um trauliteiro dos tempos modernos, isto é, contra tudo e contra todos o Governo PS quer despachar a TAP a qualquer custo, utilizando a chantagem junto daqueles que são os primeiros defensores da TAP - os seu trabalhadores.

A pressa do governo em despachar a TAP entra no mundo do insólito e levanta várias interrogações - que forças ocultas e interesses se movimentaram?; que compromissos foram assumidos e que estão no segredo dos "deuses"?

Ao contrário do que diz o Sr. Ministro Jorge Coelho, de facto houve negociações com a Air France. Ao invés do que diz a recente carta do CA aos trabalhadores, a empresa tem um estudo que pondera as vantagens de uma e outra solução e que, segundo o Jornal "O Público", seria mais vantajoso o acordo com a Air France. Na realidade, em 11 de Novembro de 1999, a Air France propôs ao Governo Português a conclusão do acordo, no qual, e para além de outras considerações como a captação de capitais, propunha a criação de uma aliança em que a TAP seria a fundadora. Como os factos demonstram afinal havia tempo!

Assume um carácter de irresponsabilidade o facto de o Governo, através do Ministro Jorge Coelho, vir a público dizer que se não se fechar o negócio rapidamente com a Swuissair, em Março não há dinheiro para o pagamento de salários - cabe então perguntar: se a TAP está à espera do dinheiro proveniente da Swissair para pagar salários, quando este acabar onde vão buscar mais? É que já foram investidos pelo Governo, entre 94 e 95, 180 milhões de contos que desapareceram sem que se tivessem verificado melhorias na empresa!

Na verdade o Governo não explica porque não quer. Porque a situação na empresa resulta de sucessivas gestões desastrosas por parte de Administrações por si nomeadas.

O processo que está em curso é inquietante. Bem pode a Administração da empresa e o Governo dizerem que vão renegociar o Acordo de Parceria com a Swissair, que garantem os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores, porque a verdade é que com apenas 34 ou 39% a Swissair vai engolir a TAP já que o que é estruturante para a empresa passou já para a Swissair (Sistema de Reservas).

O Governo do Engº. Guterres, Secretário-Geral do PS e Presidente da Internacional Socialista, preparava-se em estrita colaboração e apoio da Administração para destruir a TAP, não fora a intervenção enérgica da Comissão de Trabalhadores, de Sindicatos, dos Trabalhadores e do PCP.

O clima de grande unidade vivido no Plenário de Trabalhadores realizado no dia 19 de Janeiro, a declaração política do Grupo Parlamentar do PCP e a audição Parlamentar realizada por iniciativa deste, trouxeram a público de forma mais evidente as reais intenções do Governo e do Conselho de Administração.

É justo salientar que o PCP foi a única força política na empresa e fora dela que ao longo dos tempos tomou posições claras na defesa da empresa e dos seus trabalhadores, apontando caminhos e soluções que o tempo actual confirma como inteiramente válidas.

Nesta hora difícil para a TAP e os seus trabalhadores, o PCP continuará a pugnar pela unidade dos trabalhadores na luta, pela defesa da TAP na sua dimensão actual, pela defesa dos postos de trabalho e direitos dos trabalhadores.

Para comentários a este texto, queira enviar-nos um

Quando tanto se fala na portugalidade, o Governo do PS decide desfazer-se da sua Companhia Aérea de Bandeira - a TAP.Curiosamente, ao mesmo tempo que vende 34%, mais 5% do capital da TAP, à Suissair, compra parte do capital da Portugália, empresa privada propriedade do Grupo Espírito Santo.Aparentemente não se percebe a estratégia do Governo para o Sector da Aviação Civil, tanto mais que não há, pela primeira vez, qualquer referência a este sector no Programa do Governo. Mas, a prática indica-nos que existe uma estratégia assente no reforço e favorecimento dos grupos económicos nacionais e estrangeiros.Repare-se que, enquanto a Portugália foi avaliada, pela sua facturação de 98, em 22 milhões de contos, a TAP foi avaliada em 60 milhões de contos quando a sua facturação foi superior a 200 milhões de contos. Mas, tão grave quanto isto é o facto de o Governo, ao mesmo tempo que quer entregar a TAP à Suissair, quer segmentar a empresa única em três. O que está dito e escrito pelo Conselho de Administração (CA) nos finais do ano de 1999 revela a intenção clara de desmembrar a empresa, bem podem agora chamar unidades de negócio consolidadas ao que antes chamavam empresas juridicamente autónomas, é que o problema não é semântico, é, antes de mais, substantivo e atinge directamente a unidade da empresa e os trabalhadores a curto ou a médio prazo.Aliás, é paradigmática esta pretensão do Governo / Swissair, porquanto esta pode ser a abertura do caminho para, a prazo, privatizar completamente as empresas que forem lucrativas e acabar com as não lucrativas. É que, não há na história, passada e presente, do capitalismo um único exemplo em que, não se adquiram empresas para obter delas o maior lucro.O Governo português comporta-se neste processo como um trauliteiro dos tempos modernos, isto é, contra tudo e contra todos o Governo PS quer despachar a TAP a qualquer custo, utilizando a chantagem junto daqueles que são os primeiros defensores da TAP - os seu trabalhadores.A pressa do governo em despachar a TAP entra no mundo do insólito e levanta várias interrogações - que forças ocultas e interesses se movimentaram?; que compromissos foram assumidos e que estão no segredo dos "deuses"?Ao contrário do que diz o Sr. Ministro Jorge Coelho, de facto houve negociações com a Air France. Ao invés do que diz a recente carta do CA aos trabalhadores, a empresa tem um estudo que pondera as vantagens de uma e outra solução e que, segundo o Jornal "O Público", seria mais vantajoso o acordo com a Air France. Na realidade, em 11 de Novembro de 1999, a Air France propôs ao Governo Português a conclusão do acordo, no qual, e para além de outras considerações como a captação de capitais, propunha a criação de uma aliança em que a TAP seria a fundadora. Como os factos demonstram afinal havia tempo!Assume um carácter de irresponsabilidade o facto de o Governo, através do Ministro Jorge Coelho, vir a público dizer que se não se fechar o negócio rapidamente com a Swuissair, em Março não há dinheiro para o pagamento de salários - cabe então perguntar: se a TAP está à espera do dinheiro proveniente da Swissair para pagar salários, quando este acabar onde vão buscar mais? É que já foram investidos pelo Governo, entre 94 e 95, 180 milhões de contos que desapareceram sem que se tivessem verificado melhorias na empresa!Na verdade o Governo não explica porque não quer. Porque a situação na empresa resulta de sucessivas gestões desastrosas por parte de Administrações por si nomeadas.O processo que está em curso é inquietante. Bem pode a Administração da empresa e o Governo dizerem que vão renegociar o Acordo de Parceria com a Swissair, que garantem os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores, porque a verdade é que com apenas 34 ou 39% a Swissair vai engolir a TAP já que o que é estruturante para a empresa passou já para a Swissair (Sistema de Reservas).O Governo do Engº. Guterres, Secretário-Geral do PS e Presidente da Internacional Socialista, preparava-se em estrita colaboração e apoio da Administração para destruir a TAP, não fora a intervenção enérgica da Comissão de Trabalhadores, de Sindicatos, dos Trabalhadores e do PCP.O clima de grande unidade vivido no Plenário de Trabalhadores realizado no dia 19 de Janeiro, a declaração política do Grupo Parlamentar do PCP e a audição Parlamentar realizada por iniciativa deste, trouxeram a público de forma mais evidente as reais intenções do Governo e do Conselho de Administração.É justo salientar que o PCP foi a única força política na empresa e fora dela que ao longo dos tempos tomou posições claras na defesa da empresa e dos seus trabalhadores, apontando caminhos e soluções que o tempo actual confirma como inteiramente válidas.Nesta hora difícil para a TAP e os seus trabalhadores, o PCP continuará a pugnar pela unidade dos trabalhadores na luta, pela defesa da TAP na sua dimensão actual, pela defesa dos postos de trabalho e direitos dos trabalhadores.Para comentários a este texto, queira enviar-nos um e-mail .Obrigado.

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