Da Política para o Futebol
Por A.C./C.T.
Segunda-feira, 1 de Outubro de 2001
Depois de ter ensaiado uma curta passagem pela política e outra pelo futebol, Luís Nazaré mostra-se convencido de que "se os portugueses conhecessem o mundo do dirigismo desportivo, para não falar de outros dirigismos, talvez fossem mais benevolentes com os políticos". Aos 43 anos de idade, o presidente do ICP confessa não ter ambições políticas, embora diga que é "uma actividade fascinante e nobre, infelizmente nem sempre bem vista pelas pessoas". "Tenho muito amigos na política e tenho obviamente as minhas convicções e os meus alinhamentos", que são aliás do domínio público: em 1995, foi nomeado assessor do primeiro-ministro, António Guterres, para as áreas da Indústria, Comércio e Turismo. Dois anos antes, tinha sido assessor do grupo parlamentar do PS.
Confrontado com a hipótese de retomar a carreira política, encolhe os ombros e afirma que "não estou para aí virado". Mas nunca se sabe, pois são palavras proferidas por um homem que também diz que não faz planos de vida pessoal "a mais de oito dias de distância". "Sempre tive a minha vida profissional, embora diversas vezes entrecruzada com a política, mas não é esse o mundo em que tenho vivido", explica ainda.
No plano desportivo, confessa-se desiludido e aqui as certezas parecem ser maiores. Foi presidente do conselho fiscal do Benfica durante a direcção de Manuel Vilarinho, cargo do qual se viria a demitir no início de Julho passado. Quando a demissão chegou ao conhecimento público, encontrava-se já de férias nos Estados Unidos, a viajar de "jeep" pelo Grand Canyon. Não deu, até hoje, qualquer explicação pública para o sucedido, mas nesta entrevista adiantou ao PÚBLICO que o futebol "é um capítulo fechado". Resta "um camarote na Luz, onde tenciono ir sempre". Foi ver o Benfica contra o Salgueiros e gostou de ver a equipa ganhar. "O Benfica para mim é uma causa eterna", remata.
Hoje o seu tempo é dividido entre o ICP, a entidade reguladora das telecomunicações, e o Instituto Superior de Economia e Gestão, onde dá aulas de estratégia empresarial e marketing. Nos tempos livres, diverte-se a planear roteiros de viagens que todos os anos o levam de férias para destinos longínquos. Terra do Fogo, deserto do Sahara, Egipto, Montanhas Rochosas e reservas índias americanas são alguns dos sítios por onde já passou.
A.C./C.T.
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Da Política para o Futebol
Por A.C./C.T.
Segunda-feira, 1 de Outubro de 2001
Depois de ter ensaiado uma curta passagem pela política e outra pelo futebol, Luís Nazaré mostra-se convencido de que "se os portugueses conhecessem o mundo do dirigismo desportivo, para não falar de outros dirigismos, talvez fossem mais benevolentes com os políticos". Aos 43 anos de idade, o presidente do ICP confessa não ter ambições políticas, embora diga que é "uma actividade fascinante e nobre, infelizmente nem sempre bem vista pelas pessoas". "Tenho muito amigos na política e tenho obviamente as minhas convicções e os meus alinhamentos", que são aliás do domínio público: em 1995, foi nomeado assessor do primeiro-ministro, António Guterres, para as áreas da Indústria, Comércio e Turismo. Dois anos antes, tinha sido assessor do grupo parlamentar do PS.
Confrontado com a hipótese de retomar a carreira política, encolhe os ombros e afirma que "não estou para aí virado". Mas nunca se sabe, pois são palavras proferidas por um homem que também diz que não faz planos de vida pessoal "a mais de oito dias de distância". "Sempre tive a minha vida profissional, embora diversas vezes entrecruzada com a política, mas não é esse o mundo em que tenho vivido", explica ainda.
No plano desportivo, confessa-se desiludido e aqui as certezas parecem ser maiores. Foi presidente do conselho fiscal do Benfica durante a direcção de Manuel Vilarinho, cargo do qual se viria a demitir no início de Julho passado. Quando a demissão chegou ao conhecimento público, encontrava-se já de férias nos Estados Unidos, a viajar de "jeep" pelo Grand Canyon. Não deu, até hoje, qualquer explicação pública para o sucedido, mas nesta entrevista adiantou ao PÚBLICO que o futebol "é um capítulo fechado". Resta "um camarote na Luz, onde tenciono ir sempre". Foi ver o Benfica contra o Salgueiros e gostou de ver a equipa ganhar. "O Benfica para mim é uma causa eterna", remata.
Hoje o seu tempo é dividido entre o ICP, a entidade reguladora das telecomunicações, e o Instituto Superior de Economia e Gestão, onde dá aulas de estratégia empresarial e marketing. Nos tempos livres, diverte-se a planear roteiros de viagens que todos os anos o levam de férias para destinos longínquos. Terra do Fogo, deserto do Sahara, Egipto, Montanhas Rochosas e reservas índias americanas são alguns dos sítios por onde já passou.
A.C./C.T.