DORP critica práticas do PS no Porto

12-11-1999
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DORP denuncia prática centralista

A prática centralista do poder, com claros prejuízos para a região, e de que a questão do metropolitano é particularmente exemplificativa, foram as principais questões abordadas em conferência de imprensa da Direcção da Organização Regional do Porto do PCP, realizada no passado dia 5.

Destacando - entre as prioridades - o Metro, a DORP do PCP constata que "passado o período eleitoral e as inúmeras promessas de que a obra andaria antes das eleições, verifica-se, agora, que faltam ainda diplomas legislativos e passos essenciais para que a obra arranque".

Neste quadro, a DORP sublinha, no documento divulgado na conferência de imprensa, que se impõe "rápida superação das dificuldades que têm impedido o início da obra", sendo que "o seu arranque não prejudicará a necessidade de realizar um amplo debate público em torno dos traçados finais das linhas do metro".

O documento refere a necessidade de dar prioridade a Vila Nova de Gaia, o que exige a aceleração do processo da nova ponte, e ainda de rever o processo que envolve a ligação à Póvoa do Varzim e a necessidade de avançar com a criação do Organismo Coordenador dos Transportes Metropolitanos e a melhoria dos transportes públicos.

Centrando a atenção e preocupações na prática centralista do poder, a DORP do PCP salienta que "ao chegar ao fim de mais um ciclo de gestão da Área Metropolitana do Porto, verifica-se que foi manifesta a incapacidade de gerar um amplo movimento de desenvolvimento e progresso". Uma realidade que se deve, em particular, "à incapacidade dos principais responsáveis desta Área Metropolitana, que não souberam dinamizar a criação de um espírito metropolitano, por estarem mais interessados em estratégias de poder e promoção pessoais do que na defesa dos reais interesses da região".

Uma lição que parece não ter sido aprendida, insistindo o Presidente da Câmara do Porto no presidencialismo da gestão autárquica.

"Reduz para metade o número de reuniões autárquicas, aumenta as dificuldades de acesso dos cidadãos às reuniões públicas, que deixam de ter dia certo, e concentra a gestão corrente do município no PS", denuncia o documento. Uma prática que parece ter vindo a agravar-se, pois, "ao contrário do que aconteceu há quatro anos, não distribuiu qualquer pelouro à CDU", apenas por "não saber lidar com a diferença de opiniões".

Assim, o "centralismo é regra". Mesmo em casos como o da apreciação de loteamentos e grandes obras particulares, que podem custar muito ao município, "insiste em continuar no mesmo caminho, impedindo que o colectivo dos vereadores aprecie os projectos e processos antes que acabem em prejuízos graves, de mais de meio milhão de contos, como aconteceu com o Passeio da Boavista".

A concluir, o comunicado da DORP insiste na necessidade de "dar especial importância ao funcionamento colegial dos executivos autárquicos e de reforçar o funcionamento democrático de todas as autarquias e dos orgãos da Área Metropolitana do Porto, base importante para demonstrar aos cidadãos que, quando se defende a regionalização, se está a pugnar por uma efectiva descentralização de poderes e competências, e não apenas por mais poder pessoal para alguns".

«Avante!» Nº 1264 - 19.Fevereiro1998

DORP denuncia prática centralista

A prática centralista do poder, com claros prejuízos para a região, e de que a questão do metropolitano é particularmente exemplificativa, foram as principais questões abordadas em conferência de imprensa da Direcção da Organização Regional do Porto do PCP, realizada no passado dia 5.

Destacando - entre as prioridades - o Metro, a DORP do PCP constata que "passado o período eleitoral e as inúmeras promessas de que a obra andaria antes das eleições, verifica-se, agora, que faltam ainda diplomas legislativos e passos essenciais para que a obra arranque".

Neste quadro, a DORP sublinha, no documento divulgado na conferência de imprensa, que se impõe "rápida superação das dificuldades que têm impedido o início da obra", sendo que "o seu arranque não prejudicará a necessidade de realizar um amplo debate público em torno dos traçados finais das linhas do metro".

O documento refere a necessidade de dar prioridade a Vila Nova de Gaia, o que exige a aceleração do processo da nova ponte, e ainda de rever o processo que envolve a ligação à Póvoa do Varzim e a necessidade de avançar com a criação do Organismo Coordenador dos Transportes Metropolitanos e a melhoria dos transportes públicos.

Centrando a atenção e preocupações na prática centralista do poder, a DORP do PCP salienta que "ao chegar ao fim de mais um ciclo de gestão da Área Metropolitana do Porto, verifica-se que foi manifesta a incapacidade de gerar um amplo movimento de desenvolvimento e progresso". Uma realidade que se deve, em particular, "à incapacidade dos principais responsáveis desta Área Metropolitana, que não souberam dinamizar a criação de um espírito metropolitano, por estarem mais interessados em estratégias de poder e promoção pessoais do que na defesa dos reais interesses da região".

Uma lição que parece não ter sido aprendida, insistindo o Presidente da Câmara do Porto no presidencialismo da gestão autárquica.

"Reduz para metade o número de reuniões autárquicas, aumenta as dificuldades de acesso dos cidadãos às reuniões públicas, que deixam de ter dia certo, e concentra a gestão corrente do município no PS", denuncia o documento. Uma prática que parece ter vindo a agravar-se, pois, "ao contrário do que aconteceu há quatro anos, não distribuiu qualquer pelouro à CDU", apenas por "não saber lidar com a diferença de opiniões".

Assim, o "centralismo é regra". Mesmo em casos como o da apreciação de loteamentos e grandes obras particulares, que podem custar muito ao município, "insiste em continuar no mesmo caminho, impedindo que o colectivo dos vereadores aprecie os projectos e processos antes que acabem em prejuízos graves, de mais de meio milhão de contos, como aconteceu com o Passeio da Boavista".

A concluir, o comunicado da DORP insiste na necessidade de "dar especial importância ao funcionamento colegial dos executivos autárquicos e de reforçar o funcionamento democrático de todas as autarquias e dos orgãos da Área Metropolitana do Porto, base importante para demonstrar aos cidadãos que, quando se defende a regionalização, se está a pugnar por uma efectiva descentralização de poderes e competências, e não apenas por mais poder pessoal para alguns".

«Avante!» Nº 1264 - 19.Fevereiro1998

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