Vedetas já em palco Com polémicas garantidas, os candidatos à SuperLiga são os quatro do costume De entre as contratações feitas esta época pelos principais clubes portugueses, destaca-se o regresso de Nuno Gomes ao Benfica, vindo da entretanto falida Fiorentina, onde esteve dois anos TEM um nome novo - SuperLiga - o mais importante campeonato português de futebol, mas só mesmo a designação, o dia escolhido - a passada quinta-feira - para o jogo inaugural (Vitória de Setúbal-Boavista, 1-1) e o fim da despenalização de cartões parece introduzirem algo de novo na época 2002/03. As maiores novidades confinam-se às compras de jogadores. O Benfica, então, usou e abusou, indo buscar vedetas como Nuno Gomes, Petit, Fehér e Roger, além de Peixe, Hélder, Éder, Cristiano, etc. A ambição é muita. Os custos de tamanhas operações, também. Só falta saber quais serão os resultados... e as consequências. TEM um nome novo - SuperLiga - o mais importante campeonato português de futebol, mas só mesmo a designação, o dia escolhido - a passada quinta-feira - para o jogo inaugural (Vitória de Setúbal-Boavista, 1-1) e o fim da despenalização de cartões parece introduzirem algo de novo na época 2002/03. As maiores novidades confinam-se às compras de jogadores. O Benfica, então, usou e abusou, indo buscar vedetas como Nuno Gomes, Petit, Fehér e Roger, além de Peixe, Hélder, Éder, Cristiano, etc. A ambição é muita. Os custos de tamanhas operações, também. Só falta saber quais serão os resultados... e as consequências. Já o arqui-rival Sporting, campeão em título, perdeu de uma assentada três titulares da época anterior - André Cruz, Phill Babb e Hugo Viana -, está a braços com o problema de Jardel e João Pinto só em Outubro volta da sua ausência forçada. Quanto a Sá Pinto, também é preciso esperar. E, como nos cofres da SAD leonina não há dinheiro para esbanjar, só Dani foi comprado ao Marítimo. Os dirigentes fizeram regressar Toñito, Ricardo Fernandes e Carlos Martins, e negociaram empréstimos: Contreras (Celta de Vigo), Kutuzov (Milan) e Marcos Paulo (Cruzeiro de Belo Horizonte). Será a falta de Jardel incontornável ou, pelo contrário, benéfica para o conjunto? A ver vamos. A força do Norte Sem Jardel, pelo menos até ver, o Sporting pediu emprestado ao Milan o avançado bielorusso Kutuzov A Norte, o FC Porto reconquistou Jorge Costa, Hilário e Quintana e apostou também forte e feio na ida ao mercado: Jankauskas, Pedro Emanuel, Bruno, Maniche, Paulo Ferreira, César Peixoto, Derlei, Nuno Valente, Tiago... Não falta quem acredite que, este ano é que é, lá para as Antas, com José Mourinho ao leme, vai haver título e festival. Para já, alguns jogos da pré-época deixaram indicações bastante positivas. A Norte, o FC Porto reconquistou Jorge Costa, Hilário e Quintana e apostou também forte e feio na ida ao mercado: Jankauskas, Pedro Emanuel, Bruno, Maniche, Paulo Ferreira, César Peixoto, Derlei, Nuno Valente, Tiago... Não falta quem acredite que, este ano é que é, lá para as Antas, com José Mourinho ao leme, vai haver título e festival. Para já, alguns jogos da pré-época deixaram indicações bastante positivas. Mais comedido, o vice-campeão Boavista foi fiel à política que o tem caracterizado, indo abastecer-se ao segundo mercado interno - Ico (Setúbal) Éder (U. Leiria), Cafú (Belenenses) - e não hesitou em ir buscar Jocivalter à II Honra (Dº. Aves) e Sanã à III (Lamego). No Brasil pescou o brasileiro Luís Cláudio (Recife) que no Bonfim entrou para a história deste campeonato como autor do primeiro golo. Da época passada perdeu dois pesos pesados, Petit e Pedro Emanuel, mas Jaime Pacheco é mestre em unir a equipa sempre que ela ameaça desconjuntar-se. Há mais 14 concorrentes mas nenhum deles em condições de se intrometer na luta pelo título. No entanto, Sporting e Boavista podem ser condicionados pela eventual participação de ambos na Liga dos Campeões - com sucessivos jogos a meio da semana, pelo menos durante a primeira fase. Essa questão ficará decidida na próxima semana, com as deslocações dos axadrezados a Auxerre (que ganhou 1-0 no Bessa) e dos «leões» a Milão, para defrontar o Inter (0-0 em Alvalade). Caso sejam eliminados, transitam para a Taça UEFA ao lado do FC Porto. Mesmo antes de a bola rolar oficialmente pelos relvados, choveram polémicas e trocas de «galhardetes» entre dirigentes. Com especial relevância para o tradicional contencioso Valentim Loureiro-Pinto da Costa. Este, depois de verberar a assinatura do contrato que torna a Galp patrocinadora exclusiva da SuperLiga nas próximas duas épocas, alegando tratar-se de um «negócio de família», virou-se para a arbitragem, devido ao afastamento de 18 observadores de árbitros, supostamente devido à simpatia que nutrem pelo clube das Antas. O sector da arbitragem, aliás, apesar dos esforços que têm sido feitos para serenar os ânimos em redor das nomeações para os jogos, continua a ser marcado pelo ferrete de actuações infelizes dos árbitros. Exemplo marcante ocorreu na final da Supertaça, ganha pelo Sporting ao Leixões, no Bonfim, no passado domingo. APAF atenta Jankauskas, após seis meses na Luz, veste agora de azul e branco Num jogo em que a supremacia dos «leões» nunca esteve em causa e ficou reconhecida no resultado final (5-1) - o que tornou possível ao romeno Lazlo Bölöni tornar-se o primeiro técnico a conquistar, em Portugal, os três troféus (Campeonato, Taça e Supertaça) respeitantes a uma mesma temporada -, o árbitro João Ferreira tornou-se a figura da noite, pela negativa. O seu mau trabalho culminou na expulsão indevida de Beto, por pretensa agressão a Antchouet, que esta semana se transferiu para o Belenenses. Num jogo em que a supremacia dos «leões» nunca esteve em causa e ficou reconhecida no resultado final (5-1) - o que tornou possível ao romeno Lazlo Bölöni tornar-se o primeiro técnico a conquistar, em Portugal, os três troféus (Campeonato, Taça e Supertaça) respeitantes a uma mesma temporada -, o árbitro João Ferreira tornou-se a figura da noite, pela negativa. O seu mau trabalho culminou na expulsão indevida de Beto, por pretensa agressão a Antchouet, que esta semana se transferiu para o Belenenses. Um erro assinalado até pelo presumível agredido mas que não pôde ser corrigido porque as despenalizações dos cartões deixaram de ser possíveis. Doravante, as imagens televisivas poderão ser usadas apenas para castigar eventuais actos de indisciplina ou outros que tenham passado despercebidos aos árbitros e não constem do relatório final destes. Apesar disso, Vítor Reis, novo responsável máximo da APAF, está em crer que, caso o jogo da Supertaça fosse organizado pela Liga, «é natural» que o defesa do Sporting «fosse despenalizado». Em seu entender é esse o sentido da nova lei. Naturalmente prejudicado com este caso, o Sporting não tardou a tomar uma posição, salientando que as despenalizações deveriam continuar, embora «devidamente filtradas», como defendeu Manolo Vidal. Para além disso, a SAD decidiu apresentar uma participação contra o árbitro em causa no Conselho de Disciplina da FPF, justificando-o com o facto de João Ferreira «não ter cumprido os seus deveres de aplicar correctamente as leis do jogo». Por agora, a APAF não quer tomar uma posição pública sobre o assunto, mas Vítor Reis vai lançando desde já um aviso para Alcochete: «Se com essa iniciativa a Sporting SAD pretende recuperar as despenalizações, cá estaremos para agir em conformidade e defender o sector da arbitragem. Mas isso não vai trazer a paz desejada ao futebol», disse ao EXPRESSO. O assunto promete novos desenvolvimentos, até porque, ao que apurámos, o jogo do Bonfim não teve a acompanhá-lo qualquer observador da arbitragem em funções oficiais.
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Vedetas já em palco Com polémicas garantidas, os candidatos à SuperLiga são os quatro do costume De entre as contratações feitas esta época pelos principais clubes portugueses, destaca-se o regresso de Nuno Gomes ao Benfica, vindo da entretanto falida Fiorentina, onde esteve dois anos TEM um nome novo - SuperLiga - o mais importante campeonato português de futebol, mas só mesmo a designação, o dia escolhido - a passada quinta-feira - para o jogo inaugural (Vitória de Setúbal-Boavista, 1-1) e o fim da despenalização de cartões parece introduzirem algo de novo na época 2002/03. As maiores novidades confinam-se às compras de jogadores. O Benfica, então, usou e abusou, indo buscar vedetas como Nuno Gomes, Petit, Fehér e Roger, além de Peixe, Hélder, Éder, Cristiano, etc. A ambição é muita. Os custos de tamanhas operações, também. Só falta saber quais serão os resultados... e as consequências. TEM um nome novo - SuperLiga - o mais importante campeonato português de futebol, mas só mesmo a designação, o dia escolhido - a passada quinta-feira - para o jogo inaugural (Vitória de Setúbal-Boavista, 1-1) e o fim da despenalização de cartões parece introduzirem algo de novo na época 2002/03. As maiores novidades confinam-se às compras de jogadores. O Benfica, então, usou e abusou, indo buscar vedetas como Nuno Gomes, Petit, Fehér e Roger, além de Peixe, Hélder, Éder, Cristiano, etc. A ambição é muita. Os custos de tamanhas operações, também. Só falta saber quais serão os resultados... e as consequências. Já o arqui-rival Sporting, campeão em título, perdeu de uma assentada três titulares da época anterior - André Cruz, Phill Babb e Hugo Viana -, está a braços com o problema de Jardel e João Pinto só em Outubro volta da sua ausência forçada. Quanto a Sá Pinto, também é preciso esperar. E, como nos cofres da SAD leonina não há dinheiro para esbanjar, só Dani foi comprado ao Marítimo. Os dirigentes fizeram regressar Toñito, Ricardo Fernandes e Carlos Martins, e negociaram empréstimos: Contreras (Celta de Vigo), Kutuzov (Milan) e Marcos Paulo (Cruzeiro de Belo Horizonte). Será a falta de Jardel incontornável ou, pelo contrário, benéfica para o conjunto? A ver vamos. A força do Norte Sem Jardel, pelo menos até ver, o Sporting pediu emprestado ao Milan o avançado bielorusso Kutuzov A Norte, o FC Porto reconquistou Jorge Costa, Hilário e Quintana e apostou também forte e feio na ida ao mercado: Jankauskas, Pedro Emanuel, Bruno, Maniche, Paulo Ferreira, César Peixoto, Derlei, Nuno Valente, Tiago... Não falta quem acredite que, este ano é que é, lá para as Antas, com José Mourinho ao leme, vai haver título e festival. Para já, alguns jogos da pré-época deixaram indicações bastante positivas. A Norte, o FC Porto reconquistou Jorge Costa, Hilário e Quintana e apostou também forte e feio na ida ao mercado: Jankauskas, Pedro Emanuel, Bruno, Maniche, Paulo Ferreira, César Peixoto, Derlei, Nuno Valente, Tiago... Não falta quem acredite que, este ano é que é, lá para as Antas, com José Mourinho ao leme, vai haver título e festival. Para já, alguns jogos da pré-época deixaram indicações bastante positivas. Mais comedido, o vice-campeão Boavista foi fiel à política que o tem caracterizado, indo abastecer-se ao segundo mercado interno - Ico (Setúbal) Éder (U. Leiria), Cafú (Belenenses) - e não hesitou em ir buscar Jocivalter à II Honra (Dº. Aves) e Sanã à III (Lamego). No Brasil pescou o brasileiro Luís Cláudio (Recife) que no Bonfim entrou para a história deste campeonato como autor do primeiro golo. Da época passada perdeu dois pesos pesados, Petit e Pedro Emanuel, mas Jaime Pacheco é mestre em unir a equipa sempre que ela ameaça desconjuntar-se. Há mais 14 concorrentes mas nenhum deles em condições de se intrometer na luta pelo título. No entanto, Sporting e Boavista podem ser condicionados pela eventual participação de ambos na Liga dos Campeões - com sucessivos jogos a meio da semana, pelo menos durante a primeira fase. Essa questão ficará decidida na próxima semana, com as deslocações dos axadrezados a Auxerre (que ganhou 1-0 no Bessa) e dos «leões» a Milão, para defrontar o Inter (0-0 em Alvalade). Caso sejam eliminados, transitam para a Taça UEFA ao lado do FC Porto. Mesmo antes de a bola rolar oficialmente pelos relvados, choveram polémicas e trocas de «galhardetes» entre dirigentes. Com especial relevância para o tradicional contencioso Valentim Loureiro-Pinto da Costa. Este, depois de verberar a assinatura do contrato que torna a Galp patrocinadora exclusiva da SuperLiga nas próximas duas épocas, alegando tratar-se de um «negócio de família», virou-se para a arbitragem, devido ao afastamento de 18 observadores de árbitros, supostamente devido à simpatia que nutrem pelo clube das Antas. O sector da arbitragem, aliás, apesar dos esforços que têm sido feitos para serenar os ânimos em redor das nomeações para os jogos, continua a ser marcado pelo ferrete de actuações infelizes dos árbitros. Exemplo marcante ocorreu na final da Supertaça, ganha pelo Sporting ao Leixões, no Bonfim, no passado domingo. APAF atenta Jankauskas, após seis meses na Luz, veste agora de azul e branco Num jogo em que a supremacia dos «leões» nunca esteve em causa e ficou reconhecida no resultado final (5-1) - o que tornou possível ao romeno Lazlo Bölöni tornar-se o primeiro técnico a conquistar, em Portugal, os três troféus (Campeonato, Taça e Supertaça) respeitantes a uma mesma temporada -, o árbitro João Ferreira tornou-se a figura da noite, pela negativa. O seu mau trabalho culminou na expulsão indevida de Beto, por pretensa agressão a Antchouet, que esta semana se transferiu para o Belenenses. Num jogo em que a supremacia dos «leões» nunca esteve em causa e ficou reconhecida no resultado final (5-1) - o que tornou possível ao romeno Lazlo Bölöni tornar-se o primeiro técnico a conquistar, em Portugal, os três troféus (Campeonato, Taça e Supertaça) respeitantes a uma mesma temporada -, o árbitro João Ferreira tornou-se a figura da noite, pela negativa. O seu mau trabalho culminou na expulsão indevida de Beto, por pretensa agressão a Antchouet, que esta semana se transferiu para o Belenenses. Um erro assinalado até pelo presumível agredido mas que não pôde ser corrigido porque as despenalizações dos cartões deixaram de ser possíveis. Doravante, as imagens televisivas poderão ser usadas apenas para castigar eventuais actos de indisciplina ou outros que tenham passado despercebidos aos árbitros e não constem do relatório final destes. Apesar disso, Vítor Reis, novo responsável máximo da APAF, está em crer que, caso o jogo da Supertaça fosse organizado pela Liga, «é natural» que o defesa do Sporting «fosse despenalizado». Em seu entender é esse o sentido da nova lei. Naturalmente prejudicado com este caso, o Sporting não tardou a tomar uma posição, salientando que as despenalizações deveriam continuar, embora «devidamente filtradas», como defendeu Manolo Vidal. Para além disso, a SAD decidiu apresentar uma participação contra o árbitro em causa no Conselho de Disciplina da FPF, justificando-o com o facto de João Ferreira «não ter cumprido os seus deveres de aplicar correctamente as leis do jogo». Por agora, a APAF não quer tomar uma posição pública sobre o assunto, mas Vítor Reis vai lançando desde já um aviso para Alcochete: «Se com essa iniciativa a Sporting SAD pretende recuperar as despenalizações, cá estaremos para agir em conformidade e defender o sector da arbitragem. Mas isso não vai trazer a paz desejada ao futebol», disse ao EXPRESSO. O assunto promete novos desenvolvimentos, até porque, ao que apurámos, o jogo do Bonfim não teve a acompanhá-lo qualquer observador da arbitragem em funções oficiais.
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