Fusão das listas de Soares e Alegre em aberto

03-08-2004
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Fusão das Listas de Soares e Alegre em Aberto

Sexta-feira, 23 de Julho de 2004

Henrique Neto e Vitor Ramalho defendem a união das duas candidaturas

O deputado socialista Vitor Ramalho defendeu ontem a fusão das candidaturas de João Soares e Manuel Alegre. Vitor Ramalho explicou ao PÚBLICO que a sua presença na apresentação da candidatura de João Soares traduzia o seu apoio "ao Partido Socialista".

"Eu estou aqui para apoiar o Partido Socialista, o que é agora formulado pela candidatura de João Soares". Vitor Ramalho declarou que estava presente com "a alma do Partido Socialista" e "da sua velha tradição". "É uma alma que tem vários protagonistas", acrescentou. "Hoje [ontem] mesmo houve outra candidatura, de Manuel Alegre, na mesma área, e portanto é natural que tudo isto, na acção que se venha a defender no futuro, seja convergente. Esse é o meu propósito", disse.

O deputado socialista considerou que essa convergência já existe "em termos de ideário" e desvalorizou a importância da escolha do líder. "O resto, que diz respeito às pessoas, é um aspecto secundário, porque as pessoas são instrumentos de uma política e não o fim dela. E, portanto, lutarei muito até ao final de toda esta caminhada para que isso ocorra, e fui claro, quer para o João Soares quer para Manuel Alegre", declarou.

Outros socialistas, contudo, só admitiam a eventual convergência das listas no caso de João Soares se manter como líder da candidatura. Mário Soares considerou que uma desistência de João Soares a favor de Manuel Alegre seria "um bocado pesado, porque quem provocou isto tudo foi o João".

Recorrendo ao mesmo argumento, Rui Cunha lembrou que o anúncio da candidatura de João Soares foi feito no mês de Março, e sublinhou que o percurso feito pelo candidato foi "um percurso de aglutinar e de abrangência" , nas "velhas tradições republicanas do Partido Socialista". "É nesse sentido que todos aqueles que quiserem ultimar este projecto republicano, socialista, solidário e fraterno são bem-vindos", disse.

Rui Cunha sublinhou que todas as candidaturas dos militantes do PS "são benvindas", uma vez que enriquecem o debate de ideias "que se quer plural", e que, segundo o socialista, torna o partido diferente "daquilo que tem sido num passado recente, muito centralizador" . O deputado garantiu, no entanto, que João Soares não vai desistir da sua candidatura a secretário-geral. "É uma convicção muito forte e que está no seu âmago, é um homem de combate, de convicções muito seguras", disse.

O deputado Carlos Luís sublinhou que João Soares anunciou a sua candidatura "já há meses e em primeira mão" na Comissão Nacional do PS, "tendo João Soares vindo sucessivamente a reiterar o seu empenhamento e a sua determinação em ir até ao fim". Para Carlos Luís a fusão só fará sentido "se Manuel Alegre e os seus apoiantes entenderem isso".

"Nós estamos disponíveis, até porque há aqui um pressuposto de base, que é extremamente importante: Manuel Alegre assumiu há pouco, na conferência de imprensa que deu, que foi empurrado para essa situação, e João Soares não precisa de ninguém que o empurre, e assumiu sempre que é a vontade e determinação dele ser candidato", justificou.

Ontem à tarde, também o empresário e militante socialista Henrique Neto tinha apelado à fusão das duas candidaturas, com o objectivo de constituir uma "opção de sucesso" à lista de José Sócrates. Em declarações à agência Lusa, Henrique Neto considerou que "devem aparecer poucas candidaturas" de modo a "não prejudicar o partido" com um "desgaste causado por uma divisão" interna. Catarina Pereira

Fusão das Listas de Soares e Alegre em Aberto

Sexta-feira, 23 de Julho de 2004

Henrique Neto e Vitor Ramalho defendem a união das duas candidaturas

O deputado socialista Vitor Ramalho defendeu ontem a fusão das candidaturas de João Soares e Manuel Alegre. Vitor Ramalho explicou ao PÚBLICO que a sua presença na apresentação da candidatura de João Soares traduzia o seu apoio "ao Partido Socialista".

"Eu estou aqui para apoiar o Partido Socialista, o que é agora formulado pela candidatura de João Soares". Vitor Ramalho declarou que estava presente com "a alma do Partido Socialista" e "da sua velha tradição". "É uma alma que tem vários protagonistas", acrescentou. "Hoje [ontem] mesmo houve outra candidatura, de Manuel Alegre, na mesma área, e portanto é natural que tudo isto, na acção que se venha a defender no futuro, seja convergente. Esse é o meu propósito", disse.

O deputado socialista considerou que essa convergência já existe "em termos de ideário" e desvalorizou a importância da escolha do líder. "O resto, que diz respeito às pessoas, é um aspecto secundário, porque as pessoas são instrumentos de uma política e não o fim dela. E, portanto, lutarei muito até ao final de toda esta caminhada para que isso ocorra, e fui claro, quer para o João Soares quer para Manuel Alegre", declarou.

Outros socialistas, contudo, só admitiam a eventual convergência das listas no caso de João Soares se manter como líder da candidatura. Mário Soares considerou que uma desistência de João Soares a favor de Manuel Alegre seria "um bocado pesado, porque quem provocou isto tudo foi o João".

Recorrendo ao mesmo argumento, Rui Cunha lembrou que o anúncio da candidatura de João Soares foi feito no mês de Março, e sublinhou que o percurso feito pelo candidato foi "um percurso de aglutinar e de abrangência" , nas "velhas tradições republicanas do Partido Socialista". "É nesse sentido que todos aqueles que quiserem ultimar este projecto republicano, socialista, solidário e fraterno são bem-vindos", disse.

Rui Cunha sublinhou que todas as candidaturas dos militantes do PS "são benvindas", uma vez que enriquecem o debate de ideias "que se quer plural", e que, segundo o socialista, torna o partido diferente "daquilo que tem sido num passado recente, muito centralizador" . O deputado garantiu, no entanto, que João Soares não vai desistir da sua candidatura a secretário-geral. "É uma convicção muito forte e que está no seu âmago, é um homem de combate, de convicções muito seguras", disse.

O deputado Carlos Luís sublinhou que João Soares anunciou a sua candidatura "já há meses e em primeira mão" na Comissão Nacional do PS, "tendo João Soares vindo sucessivamente a reiterar o seu empenhamento e a sua determinação em ir até ao fim". Para Carlos Luís a fusão só fará sentido "se Manuel Alegre e os seus apoiantes entenderem isso".

"Nós estamos disponíveis, até porque há aqui um pressuposto de base, que é extremamente importante: Manuel Alegre assumiu há pouco, na conferência de imprensa que deu, que foi empurrado para essa situação, e João Soares não precisa de ninguém que o empurre, e assumiu sempre que é a vontade e determinação dele ser candidato", justificou.

Ontem à tarde, também o empresário e militante socialista Henrique Neto tinha apelado à fusão das duas candidaturas, com o objectivo de constituir uma "opção de sucesso" à lista de José Sócrates. Em declarações à agência Lusa, Henrique Neto considerou que "devem aparecer poucas candidaturas" de modo a "não prejudicar o partido" com um "desgaste causado por uma divisão" interna. Catarina Pereira

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