Socialistas abrem a porta à renovação do partido

29-08-2002
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Socialistas abrem a porta à renovação do partido

13 de Julho de 20 02

Conclave "rosa" no Coliseu de Lisboa, entre os dias 15 e 17 de Novembro

HERMANA CRUZ

A Comissão Nacional do PS assinala, hoje, o ponto de partida para o seu XIII Congresso, com a apresentação da nova declaração de princípios e dos novos estatutos do partido, documentos a aprovar no conclave, que será marcado entre os dias 15 e 17 de Novembro, no Coliseu de Lisboa.

Segundo o relatório de Vitalino Canas, a renovação do partido não passa apenas pela revisão estatutária, mas em particular "por um grande esforço de inscrição de novos militantes" e de abertura à sociedade. Aposta que passa pela criação de uma nova categoria, "menos comprometida", de inscritos no PS. "Não estariam sujeitos aos deveres dos militantes e só beneficiariam de um número limitado de direitos, como receber informação regular sobre a vida interna do partido e assistir a reuniões sem direito a voto. A médio prazo, poderia ser ponderada a possibilidade de virem a participar na eleição do secretário-geral", lê-se no documento.

Moção de confiança

Depois de se falar da possibilidade de regresso da escolha do líder em congresso, os socialistas optam por manter a eleição directa. Introduzem-se, porém, algumas alterações. O secretário-geral, que passa a ter que ser eleito um ou dois dias antes do congresso e não quinze, pode apresentar nos conclaves extraordinários uma moção de confiança à sua manutenção no cargo. Uma possibilidade que Ferro Rodrigues já anunciou aproveitar, no congresso de Novembro. Sobre a mesa está ainda a hipótese de se criar uma segunda volta em congresso, sempre que nenhum dos candidatos obtenha mais de 50% na eleição directa.

Se os novos estatutos forem aprovados, o secretário-geral passará a dispor de um órgão consultivo, composto pelos presidentes das federações. O grupo parlamentar terá mais autonomia e haverá uma redução do número de órgãos do partido, que passa pela eliminação da comissão política e de algumas secções locais. Em contrapartida, serão criadas estruturas temáticas, para acompanhar assuntos polémicos da sociedade.

Socialistas abrem a porta à renovação do partido

13 de Julho de 20 02

Conclave "rosa" no Coliseu de Lisboa, entre os dias 15 e 17 de Novembro

HERMANA CRUZ

A Comissão Nacional do PS assinala, hoje, o ponto de partida para o seu XIII Congresso, com a apresentação da nova declaração de princípios e dos novos estatutos do partido, documentos a aprovar no conclave, que será marcado entre os dias 15 e 17 de Novembro, no Coliseu de Lisboa.

Segundo o relatório de Vitalino Canas, a renovação do partido não passa apenas pela revisão estatutária, mas em particular "por um grande esforço de inscrição de novos militantes" e de abertura à sociedade. Aposta que passa pela criação de uma nova categoria, "menos comprometida", de inscritos no PS. "Não estariam sujeitos aos deveres dos militantes e só beneficiariam de um número limitado de direitos, como receber informação regular sobre a vida interna do partido e assistir a reuniões sem direito a voto. A médio prazo, poderia ser ponderada a possibilidade de virem a participar na eleição do secretário-geral", lê-se no documento.

Moção de confiança

Depois de se falar da possibilidade de regresso da escolha do líder em congresso, os socialistas optam por manter a eleição directa. Introduzem-se, porém, algumas alterações. O secretário-geral, que passa a ter que ser eleito um ou dois dias antes do congresso e não quinze, pode apresentar nos conclaves extraordinários uma moção de confiança à sua manutenção no cargo. Uma possibilidade que Ferro Rodrigues já anunciou aproveitar, no congresso de Novembro. Sobre a mesa está ainda a hipótese de se criar uma segunda volta em congresso, sempre que nenhum dos candidatos obtenha mais de 50% na eleição directa.

Se os novos estatutos forem aprovados, o secretário-geral passará a dispor de um órgão consultivo, composto pelos presidentes das federações. O grupo parlamentar terá mais autonomia e haverá uma redução do número de órgãos do partido, que passa pela eliminação da comissão política e de algumas secções locais. Em contrapartida, serão criadas estruturas temáticas, para acompanhar assuntos polémicos da sociedade.

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