Portugal Diário

06-09-2002
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PS liga demissões na PJ com o processo «Moderna»

28-08-2002 18:52 Socialistas querem ouvir explicações da ministra Lusa O PS requereu hoje a presença da ministra da Justiça no Parlamento para saber se existe alguma ligação entre as demissões na direcção da Polícia Judiciária, as investigações à Universidade Moderna e casos de fraude fiscal. Em declarações à agência Lusa, o deputado do PS Eduardo Cabrita, ex-secretário de Estado adjunto do ministro da Justiça disse estranhar as razões da demissão da procuradora-geral adjunta e responsável pela Direcção Geral de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF), Maria José Morgado.

«Apesar de Maria José Morgado ter feito um trabalho notável no último ano e meio, sabemos que estava a ser alvo de pressões em meios do Governo», apontou o deputado do PS. Eduardo Cabrita disse mesmo suspeitar que a «condução determinada» de Maria José Morgado «nas investigações à Universidade Moderna e em casos de fraude fiscal estava a causar algum desconforto à ministra Celeste Cardona». «É preciso apurar se esse desconforto é ou não verdadeiro, porque será extremamente grave se estiverem em causa dificuldades colocadas em relação ao curso normal dessas investigações», acrescentou o ex-secretário de Estado adjunto do ministro António Costa. Eduardo Cabrita considerou ainda «incompreensível» a demissão do juiz Pedro da Cunha Lopes, que chefiava a Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB).

«O juiz Pedro da Cunha Lopes tinha sido empossado apenas há três meses, enquanto que o seu antecessor, Orlando Romão, esteve mais de dez anos no cargo», referiu o deputado do PS. Também o deputado socialista Vitalino Canas considerou essencial que o país conheça «rapidamente as razões da onda de demissões na direcção da PJ, quando essa equipa tomou posse há menos de três meses». «Temos a ideia de que existem problemas sérios na PJ, instituição que conheceu nos últimos anos um período de estabilidade, o qual contribuiu para a resolução de vários casos complicados com resultados muito positivos», sustentou o ex-secretário de Estado da Presidência. «Está em causa a estabilidade numa importante instituição, que tem revelado grande eficácia e cujas circunstâncias ao nível da acção são extremamente difíceis», sublinhou o deputado socialista. Com a presença da ministra Celeste Cardona no Parlamento, Vitalino Canas declarou também querer conhecer os motivos «da repentina demissão» do ex-director da PJ Luís Bonina logo «pouco tempo após o actual Governo ter tomado posse». «Em Agosto último, foi a vez do director do Instituto de Reinserção Social, António Ganhão - entidade também tutelada pelo Ministério da Justiça - apresentar a sua demissão, alegando não existirem condições financeiras e logísticas de funcionamento», acrescentou Vitalino Canas. Para Eduardo Cabrita, Celeste Cardona, como ministra da Justiça, «adoptou a táctica de não existir». «Não tomou ainda qualquer posição pública sobre a reforma do contencioso administrativo e apenas avançou com a reforma da acção executiva, onde se limitou a aproveitar o trabalho feito pelo último Governo do PS», sustentou.

PS liga demissões na PJ com o processo «Moderna»

28-08-2002 18:52 Socialistas querem ouvir explicações da ministra Lusa O PS requereu hoje a presença da ministra da Justiça no Parlamento para saber se existe alguma ligação entre as demissões na direcção da Polícia Judiciária, as investigações à Universidade Moderna e casos de fraude fiscal. Em declarações à agência Lusa, o deputado do PS Eduardo Cabrita, ex-secretário de Estado adjunto do ministro da Justiça disse estranhar as razões da demissão da procuradora-geral adjunta e responsável pela Direcção Geral de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF), Maria José Morgado.

«Apesar de Maria José Morgado ter feito um trabalho notável no último ano e meio, sabemos que estava a ser alvo de pressões em meios do Governo», apontou o deputado do PS. Eduardo Cabrita disse mesmo suspeitar que a «condução determinada» de Maria José Morgado «nas investigações à Universidade Moderna e em casos de fraude fiscal estava a causar algum desconforto à ministra Celeste Cardona». «É preciso apurar se esse desconforto é ou não verdadeiro, porque será extremamente grave se estiverem em causa dificuldades colocadas em relação ao curso normal dessas investigações», acrescentou o ex-secretário de Estado adjunto do ministro António Costa. Eduardo Cabrita considerou ainda «incompreensível» a demissão do juiz Pedro da Cunha Lopes, que chefiava a Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB).

«O juiz Pedro da Cunha Lopes tinha sido empossado apenas há três meses, enquanto que o seu antecessor, Orlando Romão, esteve mais de dez anos no cargo», referiu o deputado do PS. Também o deputado socialista Vitalino Canas considerou essencial que o país conheça «rapidamente as razões da onda de demissões na direcção da PJ, quando essa equipa tomou posse há menos de três meses». «Temos a ideia de que existem problemas sérios na PJ, instituição que conheceu nos últimos anos um período de estabilidade, o qual contribuiu para a resolução de vários casos complicados com resultados muito positivos», sustentou o ex-secretário de Estado da Presidência. «Está em causa a estabilidade numa importante instituição, que tem revelado grande eficácia e cujas circunstâncias ao nível da acção são extremamente difíceis», sublinhou o deputado socialista. Com a presença da ministra Celeste Cardona no Parlamento, Vitalino Canas declarou também querer conhecer os motivos «da repentina demissão» do ex-director da PJ Luís Bonina logo «pouco tempo após o actual Governo ter tomado posse». «Em Agosto último, foi a vez do director do Instituto de Reinserção Social, António Ganhão - entidade também tutelada pelo Ministério da Justiça - apresentar a sua demissão, alegando não existirem condições financeiras e logísticas de funcionamento», acrescentou Vitalino Canas. Para Eduardo Cabrita, Celeste Cardona, como ministra da Justiça, «adoptou a táctica de não existir». «Não tomou ainda qualquer posição pública sobre a reforma do contencioso administrativo e apenas avançou com a reforma da acção executiva, onde se limitou a aproveitar o trabalho feito pelo último Governo do PS», sustentou.

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