PS teria maioria absoluta nos Açores, com a votação das Europeias

14-08-2004
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PS Teria Maioria Absoluta nos Açores, com a Votação das Europeias

Por TOLENTINO DE NÓBREGA

Terça-feira, 15 de Junho de 2004

Se a votação das europeias se repetisse nas eleições regionais de Outubro próximo, o PS manteria a maioria absoluta na Assembleia Legislativa dos Açores. Na Madeira não é possível fazer idêntica extrapolação, pois os dois partidos da coligação nacional concorrerão separados. As eleições regionais nos Açores são, assim, o próximo teste à coligação PSD-CDS.

Os socialistas, actualmente com 30 dos 52 mandatos, elegeriam 29 deputados e a Coligação Açores ficaria com os restantes 23, mais três dos que somam em conjunto o PSD (18) e PP (2) na presente legislatura. A CDU perderia, a favor da coligação liderada por Victor Cruz, os dois actuais representantes.

A alteração mais significativa na tendência de voto - para além da ultrapassagem da CDU pelo Bloco de Esquerda que, no entanto, não conseguiria eleger um deputado, apesar de passar a terceiro partido mais votado no arquipélago - registou-se no Pico. O facto de Duarte Freitas, o candidato (eleito) ao Parlamento Europeu pelo coligação PSD-CDS, residir em São Roque do Pico, de cuja câmara é vice-presidente, terá contribuído para que o PS perdesse votos e, excepcionalmente, deixasse de ser o partido mais votado nesta ilha.

Nas regionais de 2000, o PS (45,4 por cento) e PSD (44,2 por cento) repartiram equitativamente os quatro mandatos em disputa no ilha do Pico, mas, no domingo passado, a coligação obteve folgada vitória que nas regionais lhe daria três mandatos, ficando o PS com apenas um.

Numa extrapolação dos resultados das eleições europeias para as regionais, com aplicação do método de Hondt, na ilha/círculo eleitoral de São Miguel o PS (actualmente com 12) elegeria 11 deputados e a coligação oito (PSD tem seis e o CDS um). Na Terceira, os socialistas manteriam os seis e o PSD-CDS os quatro (três sociais-democratas e um dos populares). Na Graciosa, Santa Maria e Flores o PS continuaria com dois e a coligação com um (o do PSD). Em São Jorge e no Faial - onde, tal como nas Flores, o PCP perderia um deputado para a coligação - cada partido manteria elegeria dois representantes. Também no Corvo não haveria mudança, pois continuaria a ser um deputado para cada uma das maiores forças de uma região politicamente bipolarizada.

No domingo passado, o líder do PS-Açores, Carlos César, declarou que os resultados do partido no arquipélago fazem prever uma nova vitória socialista nas regionais de Outubro, com uma percentagem "ainda maior" do que deixam antever os estudos de opinião. Apesar de recusar uma associação entre os resultados das eleições europeias e as expectativas para as regionais, o líder social-democrata e da coligação com o CDS, Victor Cruz, considerou que se aquele escrutínio "funcionasse como sondagem" revelaria o "equilíbrio" existente entre os socialistas e a Coligação Açores (PSD-CDS/PP).

Com 49,31 por cento dos votos, o PS ficou com 8,9 pontos de avanço da segunda força mais votada nos Açores, a coligação Força Portugal. A CDU, habitualmente terceira mais votada, desceu de 2,28 por cento para 1,67 e trocou aquela posição com o Bloco de Esquerda que subiu a votação de 0,86 para 1,85 por cento.

PS Teria Maioria Absoluta nos Açores, com a Votação das Europeias

Por TOLENTINO DE NÓBREGA

Terça-feira, 15 de Junho de 2004

Se a votação das europeias se repetisse nas eleições regionais de Outubro próximo, o PS manteria a maioria absoluta na Assembleia Legislativa dos Açores. Na Madeira não é possível fazer idêntica extrapolação, pois os dois partidos da coligação nacional concorrerão separados. As eleições regionais nos Açores são, assim, o próximo teste à coligação PSD-CDS.

Os socialistas, actualmente com 30 dos 52 mandatos, elegeriam 29 deputados e a Coligação Açores ficaria com os restantes 23, mais três dos que somam em conjunto o PSD (18) e PP (2) na presente legislatura. A CDU perderia, a favor da coligação liderada por Victor Cruz, os dois actuais representantes.

A alteração mais significativa na tendência de voto - para além da ultrapassagem da CDU pelo Bloco de Esquerda que, no entanto, não conseguiria eleger um deputado, apesar de passar a terceiro partido mais votado no arquipélago - registou-se no Pico. O facto de Duarte Freitas, o candidato (eleito) ao Parlamento Europeu pelo coligação PSD-CDS, residir em São Roque do Pico, de cuja câmara é vice-presidente, terá contribuído para que o PS perdesse votos e, excepcionalmente, deixasse de ser o partido mais votado nesta ilha.

Nas regionais de 2000, o PS (45,4 por cento) e PSD (44,2 por cento) repartiram equitativamente os quatro mandatos em disputa no ilha do Pico, mas, no domingo passado, a coligação obteve folgada vitória que nas regionais lhe daria três mandatos, ficando o PS com apenas um.

Numa extrapolação dos resultados das eleições europeias para as regionais, com aplicação do método de Hondt, na ilha/círculo eleitoral de São Miguel o PS (actualmente com 12) elegeria 11 deputados e a coligação oito (PSD tem seis e o CDS um). Na Terceira, os socialistas manteriam os seis e o PSD-CDS os quatro (três sociais-democratas e um dos populares). Na Graciosa, Santa Maria e Flores o PS continuaria com dois e a coligação com um (o do PSD). Em São Jorge e no Faial - onde, tal como nas Flores, o PCP perderia um deputado para a coligação - cada partido manteria elegeria dois representantes. Também no Corvo não haveria mudança, pois continuaria a ser um deputado para cada uma das maiores forças de uma região politicamente bipolarizada.

No domingo passado, o líder do PS-Açores, Carlos César, declarou que os resultados do partido no arquipélago fazem prever uma nova vitória socialista nas regionais de Outubro, com uma percentagem "ainda maior" do que deixam antever os estudos de opinião. Apesar de recusar uma associação entre os resultados das eleições europeias e as expectativas para as regionais, o líder social-democrata e da coligação com o CDS, Victor Cruz, considerou que se aquele escrutínio "funcionasse como sondagem" revelaria o "equilíbrio" existente entre os socialistas e a Coligação Açores (PSD-CDS/PP).

Com 49,31 por cento dos votos, o PS ficou com 8,9 pontos de avanço da segunda força mais votada nos Açores, a coligação Força Portugal. A CDU, habitualmente terceira mais votada, desceu de 2,28 por cento para 1,67 e trocou aquela posição com o Bloco de Esquerda que subiu a votação de 0,86 para 1,85 por cento.

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