DN Online: Xiitas e curdos dividem cargos

05-03-2005
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Xiitas e curdos dividem cargos

m. c. f. AP-Hadi Mizban

atentado. A explosão de um carro-bomba matou ontem 17 iraquianos A distribuição de lugares na futura hierarquia do poder político no Iraque já começou a ser discutida entre líderes dos dois maiores grupos do Iraque, a comunidade xiita e a etnia curda, que lideram a contagem dos resultados das eleições iraquianas de 30 de Janeiro - cujos números finais serão anunciados ainda hoje, informou a Comissão Eleitoral Independente do Iraque.

"Partindo do princípio da igualdade entre todos os iraquianos, apoiamos o desejo dos curdos de aceder a qualquer cargo [político] no Iraque", declarou ontem o primeiro-ministro interino, Iyad Allawi (xiita), depois do encontro com o líder da União Patriótica do Curdistão, Jalal Talabani.

Talabani também falou no fim da reunião em Suleimanyia, Norte do país "Depois de conhecidos os resultados [das eleições], iremos a Bagdad para dar continuidade à cooperação com os nossos aliados" para "atingir um objectivo comum, que é o de alcançar um Iraque democrático, federal, independente."

Estimativas feitas pela AFP indicam que a lista xiita apoiada pelo ayatollah Ali Sistani deverá ter 140 dos 275 lugares no Parlamento, enquanto os partidos curdos - que estão em segundo lugar - poderão ter um quarto dos deputados.

Analistas políticos no Iraque citados pela AFP admitem que os dois principais cargos sejam partilhados pelos xiitas e pelos curdos, enquanto os sunitas - que se auto- -excluíram do processo eleitoral - ficariam com a presidência do Parlamento.

Segurança. Enquanto o ministro do Interior iraquiano se reunia ontem com altos responsáveis da Segurança da Jordânia em Amã, para desenvolver "a cooperação e coordenação" de esforços entre os dois países nesse domínio, a violência continuou a fazer vítimas entre civis e polícias iraquianos.

A explosão de um carro armadilhado provocou 17 mortos e 21 feridos em Mussaieb, a sul da capital. Em Baçorá, um juiz (que também exerceu funções no antigo regime) foi assassinado e, em Talaafar, uma bomba matou dois civis e um insurrecto foi morto por tropas norte-americanas. Outros três rebeldes morreram em confrontos próximo de Hasida, cidade próxima da fronteira com a Síria, informou o exército dos EUA.

Dois marines morreram em acidentes rodoviários, enquanto em Mossul (Norte) foram descobertos os corpos de oito iraquianos vendados e com as mãos atadas atrás das costas, segundo fontes médicas.

Xiitas e curdos dividem cargos

m. c. f. AP-Hadi Mizban

atentado. A explosão de um carro-bomba matou ontem 17 iraquianos A distribuição de lugares na futura hierarquia do poder político no Iraque já começou a ser discutida entre líderes dos dois maiores grupos do Iraque, a comunidade xiita e a etnia curda, que lideram a contagem dos resultados das eleições iraquianas de 30 de Janeiro - cujos números finais serão anunciados ainda hoje, informou a Comissão Eleitoral Independente do Iraque.

"Partindo do princípio da igualdade entre todos os iraquianos, apoiamos o desejo dos curdos de aceder a qualquer cargo [político] no Iraque", declarou ontem o primeiro-ministro interino, Iyad Allawi (xiita), depois do encontro com o líder da União Patriótica do Curdistão, Jalal Talabani.

Talabani também falou no fim da reunião em Suleimanyia, Norte do país "Depois de conhecidos os resultados [das eleições], iremos a Bagdad para dar continuidade à cooperação com os nossos aliados" para "atingir um objectivo comum, que é o de alcançar um Iraque democrático, federal, independente."

Estimativas feitas pela AFP indicam que a lista xiita apoiada pelo ayatollah Ali Sistani deverá ter 140 dos 275 lugares no Parlamento, enquanto os partidos curdos - que estão em segundo lugar - poderão ter um quarto dos deputados.

Analistas políticos no Iraque citados pela AFP admitem que os dois principais cargos sejam partilhados pelos xiitas e pelos curdos, enquanto os sunitas - que se auto- -excluíram do processo eleitoral - ficariam com a presidência do Parlamento.

Segurança. Enquanto o ministro do Interior iraquiano se reunia ontem com altos responsáveis da Segurança da Jordânia em Amã, para desenvolver "a cooperação e coordenação" de esforços entre os dois países nesse domínio, a violência continuou a fazer vítimas entre civis e polícias iraquianos.

A explosão de um carro armadilhado provocou 17 mortos e 21 feridos em Mussaieb, a sul da capital. Em Baçorá, um juiz (que também exerceu funções no antigo regime) foi assassinado e, em Talaafar, uma bomba matou dois civis e um insurrecto foi morto por tropas norte-americanas. Outros três rebeldes morreram em confrontos próximo de Hasida, cidade próxima da fronteira com a Síria, informou o exército dos EUA.

Dois marines morreram em acidentes rodoviários, enquanto em Mossul (Norte) foram descobertos os corpos de oito iraquianos vendados e com as mãos atadas atrás das costas, segundo fontes médicas.

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