Livro de Estilo

06-02-2005
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Prefácio Nuno Pacheco A poucos meses de completar oito anos de vida, o PÚBLICO torna finalmente público o seu Livro de Estilo, transferindo-o dos poucos exemplares policopiados que já dele restavam para um formato mais manuseável: o livro. Com este gesto, queremos não só tornar acessível a todos um instrumento de trabalho que, ao longo dos anos, para nós tem sido decisivo na definição do tipo de jornalismo a que nos propusemos, como também contribuir, ainda que modestamente, para a discussão do futuro do jornalismo neste fim de milénio. Como todas as regras nascidas no interior de qualquer sociedade ou instituição, este livro reúne apenas princípios que, partindo de uma ideia partilhada de início por um grupo de pessoas, encontraram depois forma e legitimidade na validação prática dos seus pressupostos. Os anos que se seguiram à fundação do jornal, na sua dinâmica quotidiana, vieram moldar e consagrar estes princípios, corrigindo os que, por inadequação ou rigidez, deixaram de fazer sentido na sua formulação inicial. Mas as bases do projecto PÚBLICO estão todas aqui, de forma clara, expostas ao entendimento dos que o lêem, conhecem, estudam ou criticam. Para que se perceba, entre outras coisas, o que significa para nós a ideia de associar, na prática jornalística quotidiana, qualidade e diversidade, técnica e ética, padrões clássicos de jornalismo com uma disponibilidade permanente para a inovação (ver texto de Vicente Jorge Silva). Mas não se iludam: a leitura deste livro não chega por si só para transformar maus jornalistas em bons jornalistas, tal como a ignorância dos seus pressupostos não é fatal a quem, hoje ou no futuro, queira fazer do jornalismo profissão e arte. O que aqui se define são regras para um caminho possível no vasto e turbulento mundo da comunicação social contemporânea, não necessariamente o caminho em si. Mas são essas regras, aliadas à convicção que delas emana, que permitem olhar ainda hoje o projecto PÚBLICO como uma experiência ímpar, partilhada ao longo de pouco menos de uma década por excelentes profissionais e um público exigente que nele vê, desde o início, uma aposta editorialmente ganha e jornalisticamente credível. A todos, onde quer que estejam, o nosso reconhecido agradecimento. Este livro é vosso. Dezembro de 1997

Prefácio Nuno Pacheco A poucos meses de completar oito anos de vida, o PÚBLICO torna finalmente público o seu Livro de Estilo, transferindo-o dos poucos exemplares policopiados que já dele restavam para um formato mais manuseável: o livro. Com este gesto, queremos não só tornar acessível a todos um instrumento de trabalho que, ao longo dos anos, para nós tem sido decisivo na definição do tipo de jornalismo a que nos propusemos, como também contribuir, ainda que modestamente, para a discussão do futuro do jornalismo neste fim de milénio. Como todas as regras nascidas no interior de qualquer sociedade ou instituição, este livro reúne apenas princípios que, partindo de uma ideia partilhada de início por um grupo de pessoas, encontraram depois forma e legitimidade na validação prática dos seus pressupostos. Os anos que se seguiram à fundação do jornal, na sua dinâmica quotidiana, vieram moldar e consagrar estes princípios, corrigindo os que, por inadequação ou rigidez, deixaram de fazer sentido na sua formulação inicial. Mas as bases do projecto PÚBLICO estão todas aqui, de forma clara, expostas ao entendimento dos que o lêem, conhecem, estudam ou criticam. Para que se perceba, entre outras coisas, o que significa para nós a ideia de associar, na prática jornalística quotidiana, qualidade e diversidade, técnica e ética, padrões clássicos de jornalismo com uma disponibilidade permanente para a inovação (ver texto de Vicente Jorge Silva). Mas não se iludam: a leitura deste livro não chega por si só para transformar maus jornalistas em bons jornalistas, tal como a ignorância dos seus pressupostos não é fatal a quem, hoje ou no futuro, queira fazer do jornalismo profissão e arte. O que aqui se define são regras para um caminho possível no vasto e turbulento mundo da comunicação social contemporânea, não necessariamente o caminho em si. Mas são essas regras, aliadas à convicção que delas emana, que permitem olhar ainda hoje o projecto PÚBLICO como uma experiência ímpar, partilhada ao longo de pouco menos de uma década por excelentes profissionais e um público exigente que nele vê, desde o início, uma aposta editorialmente ganha e jornalisticamente credível. A todos, onde quer que estejam, o nosso reconhecido agradecimento. Este livro é vosso. Dezembro de 1997

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