EXPRESSO online

04-10-2003
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Paulo Portas com apoio unânime

PP aposta na governação até 2010

O XIX Congresso do CDS-PP resultou no apoio quase unânime a Paulo Portas, na defesa do «entendimento duradouro» com o PSD e numa prudente renovação partidária. Anunciado como o congresso da renovação, a reunião magna dos centristas, que ontem chegou ao fim em Matosinhos, acabou por ficar marcada por lembranças do passado, com referências ao cerco de 1975 e a Amaro da Costa ao longo de todo o fim-de-semana. Uma abertura simbólica no Palácio de Cristal, na sexta-feira, e a evocação do primeiro congresso do CDS deram início a um encontro muito centrado numa história do partido que «esqueceu» líderes como Freitas do Amaral, Lucas Pires Adriano Moreira e Manuel Monteiro e fez de Paulo Portas o «herdeiro político» do falecido antigo ministro da Defesa Amaro da Costa. Uma abertura simbólica no Palácio de Cristal, na sexta-feira, e a evocação do primeiro congresso do CDS deram início a um encontro muito centrado numa história do partido que «esqueceu» líderes como Freitas do Amaral, Lucas Pires Adriano Moreira e Manuel Monteiro e fez de Paulo Portas o «herdeiro político» do falecido antigo ministro da Defesa Amaro da Costa. Mas este foi igualmente um congresso marcado pelo facto de o CDS-PP ter regressado ao poder, o que já não acontecia desde 1983, pelo que a estratégia para os próximos actos eleitorais foi outro dos temas centrais do encontro. Mas este foi igualmente um congresso marcado pelo facto de o CDS-PP ter regressado ao poder, o que já não acontecia desde 1983, pelo que a estratégia para os próximos actos eleitorais foi outro dos temas centrais do encontro. A lista de Portas à Comissão Política Nacional do CDS/PP, a única apresentada, foi ontem aprovada com 96 por cento do total dos votos, tendo obtido 640 dos 666 votos expressos. No entanto, o número de votantes correspondeu a pouco mais de um terço do total de 1729 congressistas inscritos. A lista de Portas à Comissão Política Nacional do CDS/PP, a única apresentada, foi ontem aprovada com 96 por cento do total dos votos, tendo obtido 640 dos 666 votos expressos. No entanto, o número de votantes correspondeu a pouco mais de um terço do total de 1729 congressistas inscritos. No Conselho Nacional, único órgão eleito neste XIX Congresso do CDS-PP e ao qual concorriam duas listas, a encabeçada por Portas obteve 558 votos, contra os 100 conseguidos pela lista liderada por Ismael Pimentel, presidente da concelhia da Amadora. A Mesa do Conselho Nacional foi eleita com 639 votos e o Conselho Nacional de Fiscalização, com 631 votos. No Conselho Nacional, único órgão eleito neste XIX Congresso do CDS-PP e ao qual concorriam duas listas, a encabeçada por Portas obteve 558 votos, contra os 100 conseguidos pela lista liderada por Ismael Pimentel, presidente da concelhia da Amadora. A Mesa do Conselho Nacional foi eleita com 639 votos e o Conselho Nacional de Fiscalização, com 631 votos. O reeleito Paulo Portas, presidente incontestado ao longo dos dois dias de congresso, defendeu em Matosinhos um «entendimento duradouro» com o PSD e deixou a sua preferência pela manutenção da coligação não apenas nas europeias mas também nas presidenciais e nas legislativas de 2006. Contudo, o partido evitou concretizar as preferências em relação a uma candidatura a Belém, apesar de o líder parlamentar, Telmo Correia, ter manifestado o seu apoio ao actual presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes. O reeleito Paulo Portas, presidente incontestado ao longo dos dois dias de congresso, defendeu em Matosinhos um «entendimento duradouro» com o PSD e deixou a sua preferência pela manutenção da coligação não apenas nas europeias mas também nas presidenciais e nas legislativas de 2006. Contudo, o partido evitou concretizar as preferências em relação a uma candidatura a Belém, apesar de o líder parlamentar, Telmo Correia, ter manifestado o seu apoio ao actual presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes. Portas seguiu a linha já expressa pelo primeiro-ministro e presidente do PSD, Durão Barroso, afirmando a necessidade de a actual coligação se manter até 2010, enquanto o porta-voz do partido, Pires de Lima, foi mais longe na política de alianças, pedindo ao PSD uma «resposta em tempo útil» sobre a sua estratégia para as eleições europeias. Portas seguiu a linha já expressa pelo primeiro-ministro e presidente do PSD, Durão Barroso, afirmando a necessidade de a actual coligação se manter até 2010, enquanto o porta-voz do partido, Pires de Lima, foi mais longe na política de alianças, pedindo ao PSD uma «resposta em tempo útil» sobre a sua estratégia para as eleições europeias. Já no final dos trabalhos, uma mensagem de Durão Barroso afirmando que a coligação «é um projecto para Portugal para lá da fórmula de Governo» que os dois partidos oferecem pode ter acalmado a ansiedade dos populares. Já no final dos trabalhos, uma mensagem de Durão Barroso afirmando que a coligação «é um projecto para Portugal para lá da fórmula de Governo» que os dois partidos oferecem pode ter acalmado a ansiedade dos populares. Num congresso praticamente consensual, as poucas vozes críticas nunca atacaram directamente o líder, denunciando apenas questões pontuais da estratégia seguida e pedindo mais esclarecimentos quanto à questão europeia, como sucedeu com Maria José Nogueira Pinto, ou uma maior atenção às «bases», como fez a Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos. Num congresso praticamente consensual, as poucas vozes críticas nunca atacaram directamente o líder, denunciando apenas questões pontuais da estratégia seguida e pedindo mais esclarecimentos quanto à questão europeia, como sucedeu com Maria José Nogueira Pinto, ou uma maior atenção às «bases», como fez a Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos. A prometida renovação dos quadros do partido acabou por ficar diluída no núcleo decisório de Portas, a nova comissão executiva, onde surgem apenas duas caras novas: a secretária de Estado da Segurança Social, Teresa Caeiro, e o secretário de Estado da Administração Interna, Nuno Magalhães. Esta estrutura, que substitui a anterior comissão directiva, foi reduzida, passando de 20 para 11 elementos (incluindo o presidente do partido, Paulo Portas). Mais uma vez, os populares optaram por não indicar vice-presidentes efectivos, embora Luís Nobre Guedes continue a funcionar como primeiro vogal tanto na Comissão Executiva como na Comissão Política Nacional. A promessa de «mais quadros para o partido» foi concretizada, principalmente através do aumento da Comissão Política Nacional, alargada para 60 membros, assim como da dinamização do Conselho Económico e Social, órgão vocacionado para o debate e que integra uma grande percentagem de independentes. A prometida renovação dos quadros do partido acabou por ficar diluída no núcleo decisório de Portas, a nova comissão executiva, onde surgem apenas duas caras novas: a secretária de Estado da Segurança Social, Teresa Caeiro, e o secretário de Estado da Administração Interna, Nuno Magalhães. Esta estrutura, que substitui a anterior comissão directiva, foi reduzida, passando de 20 para 11 elementos (incluindo o presidente do partido, Paulo Portas). Mais uma vez, os populares optaram por não indicar vice-presidentes efectivos, embora Luís Nobre Guedes continue a funcionar como primeiro vogal tanto na Comissão Executiva como na Comissão Política Nacional. A promessa de «mais quadros para o partido» foi concretizada, principalmente através do aumento da Comissão Política Nacional, alargada para 60 membros, assim como da dinamização do Conselho Económico e Social, órgão vocacionado para o debate e que integra uma grande percentagem de independentes. A substituição de Maria José Nogueira Pinto na presidência do Conselho Nacional pelo presidente do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, deu um sinal claro da aposta do partido nas «regionais» do próximo ano. A preparação para as autárquicas também já começou no CDS-PP, tendo Portas escolhido Álvaro Castello-Branco, líder da distrital do Porto, para coordenar a preparação destas eleições, que se realizam no final de 2005. A substituição de Maria José Nogueira Pinto na presidência do Conselho Nacional pelo presidente do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, deu um sinal claro da aposta do partido nas «regionais» do próximo ano. A preparação para as autárquicas também já começou no CDS-PP, tendo Portas escolhido Álvaro Castello-Branco, líder da distrital do Porto, para coordenar a preparação destas eleições, que se realizam no final de 2005. Num congresso em que foram feitas referências ao Partido da Nova Democracia, do antigo presidente do CDS-PP Manuel Monteiro, que Lobo Xavier comparou ao futebolista Deco por tanto aparecer «à direita como à esquerda», acabou por ser o ex-Presidente da República Mário Soares a ter o seu nome associado às mais fortes críticas. Num congresso em que foram feitas referências ao Partido da Nova Democracia, do antigo presidente do CDS-PP Manuel Monteiro, que Lobo Xavier comparou ao futebolista Deco por tanto aparecer «à direita como à esquerda», acabou por ser o ex-Presidente da República Mário Soares a ter o seu nome associado às mais fortes críticas. Paulo Portas evocou o caso da substituição de Maria Barroso na presidência da Cruz Vermelha e, respondendo à acusação que lhe foi dirigida por Soares de ser o «tumor» no Governo, referiu-se ao processo da descolonização. «Houve de facto um tumor, chama-se descolonização. Não pelo princípio mas pelo modo como foi feita», disse, lembrando as responsabilidades de Soares no processo, numa crítica que seria prosseguida mais tarde por Rosado Ferreira, que acusou o eurodeputado socialista de ser um «bolor». Paulo Portas evocou o caso da substituição de Maria Barroso na presidência da Cruz Vermelha e, respondendo à acusação que lhe foi dirigida por Soares de ser o «tumor» no Governo, referiu-se ao processo da descolonização. «Houve de facto um tumor, chama-se descolonização. Não pelo princípio mas pelo modo como foi feita», disse, lembrando as responsabilidades de Soares no processo, numa crítica que seria prosseguida mais tarde por Rosado Ferreira, que acusou o eurodeputado socialista de ser um «bolor». 09:52 29 Setembro 2003

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Comentários

1 a 20 de 106 Hugo Éloi 18:24 2 Outubro 2003 Portas em liberdade até 2010?

Se o que é questionado no título deste artigo, se vier a verificar, Paulo Portas só será preso e condenado por pedofilia e gestão danosa, depois de 2010 (tal como aconteceu com Vale e Azevedo que só foi preso e condenado depois de deixar de ser presidente do benfica)!!! Mas, mais vale tarde que nunca!!! Paulo Pedroso 13:34 2 Outubro 2003 Meu caro caturo,

Com alguma paciência e também alguma estranheza (por não ter percebido a minha anterior intervenção)!!!

A notícia a que se refere é, certamente, a seguinte: Portas e os Imigrantes.

Essa notícia foi publicada, no Expresso online, às 18:18 do dia 24 de Setembro!!!

Tal como lhe disse anteriormente, as notícias são retiradas do Online passada uma semana desde a sua publicação. Foi o caso! Tal como com todas as outras!

Mantenha-se atento às regras deste online e verificará que é este o seu modo de funcionamento. Se tiver dúvidas, pergunte ao webmaster!

Cumprimentos! Caturo 13:12 2 Outubro 2003 Ainda mais estranho...

Não é bem assim, Paulo Pedroso. A notícia a que me referi estava em terceiro lugar, entre as mais comentadas, tal como por exemplo a de Bush-Putin. ares 12:34 2 Outubro 2003 PP aposta na governação até 2010

O PP faz-me lembrar o meu avô quando me ensinou a andar de bicicleta: netinho olha lá para a frente, não olhes para roda porque se olhares para a roda (o dia a dia) cais imediatamente! Paulo Pedroso 12:23 2 Outubro 2003 Meu caro Caturo,

Parece-me que você é uma recente "aquisição" do Online!

Deixe-me informá-lo que o Expresso online procede da seguinte forma:

- As notícias são publicadas e estão disponíveis durante 24 horas, a não ser que alcançem o Top 10.

- Se uma notícia alcançar o Top 10, fica disponível durante uma semana.

Depois disso, há mais assuntos a comentar e a dar atenção. É a voragem mediática dos tempos que correm, meu caro!

Cumprimentos!

E seja bem-vindo!!! Caturo 11:31 2 Outubro 2003 Misterioso Desaparecimento

É estranho que uma das notícias mais comentadas, a que dizia respeito ao discurso anti-imigracionista de Paulo Portas, tenha desaparecido... Dunca 22:55 1 Outubro 2003 Paulo Pedroso 11:43 1 Outubro 2003

Não há que pedir desculpar, pois no fundo o que queremos é o melhor para Portugal e divergimos com civilidade.

Cada um tem uma visão diferente, do que entende ser o melhor caminho para o país conseguir um desenvolvimento sustentado, que satisfaça a todos.

Dialogar e divergir devem ser condições naturais e indispensáveis, para que possamos formar consensos.

Ao longo de nossas conversas , divergimos, mas o mais importante foi que sempre houve respeito. Neste aspecto você merece toda a minha consideração e admiração.

Paulo Pedroso 11:43 1 Outubro 2003 Meu caro Dunca,

Peço, antes de mais, desculpa pelo facto de ter interpretado erradamente a sua crítica à minha afirmação "antes um povo ignorante em democracia do que um instruído em tirania". A sua crítica, a essa minha afirmação, deu-me a entender que você não se importaria de ver povos instruídos a viver em tirania. Peço-lhe as minhas desculpas!

Não posso deixar de estar ao seu lado na questão da educação e da instrução do povo. Sucede que, nas últimas décadas, Portugal tem feito um esforço enorme nesse sentido. Porventura, não terá feito tudo quanto poderia ter feito!!!

Portugal teve de realizar, nestas últimas décadas, um trabalho e um esforço que muitos outros países puderam realizar no dobro do tempo. Não se podem esperar resultados milagrosos, de um dia para o outro, em matéria de educação.

Acho que já se fez muito. E tambe´m há muito mais para fazer e, acima de tudo, para corrigir. Há muitos defeitos e problemas no nosso sistema educativo, mas acho que o povo português possui, hoje, mais instrumentos, conhecimentos e capacidades para decidir de forma esclarecida no campo da política, do que há 10, 30, ou 50 anos atrás.

Saudações democráticas! Sempre democráticas!

:-)) zé_chico 00:53 1 Outubro 2003 Correio Azul (e amarelo)

Carta de Paulo Portas a Durão Barroso.

Ó Durão, já reparaste neste espectáculo da vida real, que é o meu Congresso? Já viste o cenário que me emprestou o Rumsfeld? Já viste eu a falar às "massas"? Já olhaste bem para a assistência? Viste aqui algum trolha? Tens consciência que só tenho aqui gente realmente importante? Já reparaste como eles me adoram? Foste eleito com que percentagem? Já pensaste bem o que são 96%, quase tanto como o Saddam? Já viste que o passado, o presente e o futuro deste partido sou eu?

Bom, se já viste o meu poder, vamos lá decidir depressa aquela coisa da viagem à Europa.

Eu sei que tinha sugerido a visita aos meus amigos Le Pen, Fini e Haider. Mas se tu me deres boleia, uma vez que o teu carro é maior, eu concordarei "calmamente" com o itinerário que tu escolheres.

Se assim for, eu, os meus Bagões e as minhas Celestes, continuaremos a fazer por ti, o trabalho sujo do governo.

P.S. Lá por te ter chamado mentirolas, não estejas em surdina a chamar-me hipócrita.

Dunca 15:55 30 Setembro 2003 Paulo Pedroso 17:37 29 Setembro 2003

- "Só que você não se importa que o povo seja instruído num regime totalitário. E eu prefiro, de longe, que ele seja instruído, em liberdade, num regime democrático."

Não é isso que eu penso e você sabe-o muito bem. De ditadura tivemos uma dose cavalar e suficiente para saber do que se trata, sem precisar ir lá fora, todos ficamos com a noção exata do que se trata : “Um governo de poucos, que se locupletam, em detrimento de muitos que sofrem e trabalham.”

Para um povo viver em democracia, e poder escolher o que é mais conveniente para o seu destino, tem que estar instruído ou melhor tem que ter a oportunidade de ser instruído, a um nível que possa compreender a realidade do seu país.

Com instrução o povo poderá compreender os fenômenos políticos, sociais, econômicos, ecológicos, etc. que ocorrem a sua volta, e assim poder decidir com consciência sobre o que melhor lhe convém. Certamente, não é o que acontece em Portugal, onde apenas um minoria se locupleta e uma maioria trabalha, embora já não sofra tanto como antes.

Todos sabemos que é uma minoria que decide o futuro de Portugal, em função de seus interesses pessoais, embora se vá a votos( à época da outra senhora também se ia ), não há efetivamente nas decisões tomadas, entendo, uma legitimidade democrática.

Dizer-se que o país vive em democracia, quando no fundo o poder esta restrito a meia dúzia de personagens, que usam e abusam da demagogia para mantê-lo, no mínimo é surrealismo. Políticos desonestos instrumentalizam descaradamente o povo que por não compreender suas manobras, é lançando ora à direta, ora à esquerda, sistematicamente, isto não é muito diferente de uma Ditadura, o que muda são apenas os meios e os métodos, mas os objetivos são os mesmos.

Concluindo; O que quero dizer é que a prioridade das prioridades, em Portugal, deveria ser a educação estendida a todos e de mesma qualidade. E tão só.

P. S.: Se observou nunca falei mal do Portas, pois entendo que ele faz parte desse pacote político bem embrulhado, que é servido sistematicamente ao povo português.

Escaravelho 11:10 30 Setembro 2003 Opinador

Mas que bela opinião ! Parabéns a você ! BOB ESCARRO 11:00 30 Setembro 2003 Gabinete de Bagão Félix não justificou a medida: Governo substitui metade dos dirigentes regionais da Inspecção-Geral do Trabalho

Metade da trintena de dirigentes regionais da Inspecção-Geral de Trabalho vai ser afastada pelo actual Governo. Dirigentes contactados e sindicalistas classificam a saída de "pouco transparente" e temem que esta saída de quadros indicie um abrandamento na intervenção da Inspecção.

Entre inspectores de trabalho fala-se de "golpe palaciano", embora haja quem aceite a "rotatividade". O gabinete do ministro da Segurança Social e do Trabalho, Bagão Félix, não justificou esta medida ao PÚBLICO e apenas refere que não foi "ainda tomada alguma decisão sobre a nomeação dos seus substitutos".

Apesar do silêncio oficial, as mexidas são consideráveis nas delegações e subdelegações. Abrangem o primeiro dirigente dos serviços da capital, que movimentam cerca de 40 por cento do trabalho da inspecção, e tocam igualmente aos dirigentes de Setúbal, Aveiro, Portalegre, Castelo Branco, Viseu, Faro, Lamego, Caldas Rainha, entre outras regiões.

Nalguns casos, a substituição foi anunciada aos dirigentes em reunião com o inspector-geral, Athaíde das Neves, nomeado já por este Governo. Apesar de se ter reconhecido a competência dos dirigentes visados, a sua saída foi explicada como uma necessidade de "rotatividade" de dirigentes, um "rejuvescimento", embora sem qualquer outra explicação sobre os critérios de escolha dos dirigentes visados. Mas ao PÚBLICO o assunto foi remetido para secretaria de Estado do Trabalho.

As centrais sindicais e os parceiros sociais tão-pouco foram avisados. Na Confederação-Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), critica-se o processo e receia-se que possa significar uma nova filosofia, mais condescendente para com a infracção e, ontem, o secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), João Proença, afirmou ao PÚBLICO não saber de nada, mas prometeu que esse seria um dos assuntos a abordar na reunião com o ministro, na próxima terça-feira.

No interior da Inspecção-Geral do Trabalho, a questão começa a suscitar comentários e perplexidades. É falada, embora sem confirmação oficial, de uma divergência de opiniões entre o inspector-geral do trabalho (a favor), e o presidente do Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho (IDICT), entidade na qual a IGT está integrada. Apesar de não ser conhecida uma posição da Associação Portuguesa de Inspectores de Trabalho, há no seu seio quem considera a mudança como "normal" e uma forma de fazer entrar "pessoas mais jovens".

Mas o presidente da mesa da assembleia geral dessa associação, José Lourenço Duarte, divulgou um comunicado aos associados, contra aquilo a que chama de "golpe palaciano". A carta enviada ao Governo e escrita "em nome da indignação, contra a indignidade e injustiça", afirma-se que o pessoal escolhido para substituir metade dos responsáveis das delegações - cujos nomes não foram oficialmente divulgados - entraram há pouco tempo na Inspecção e não terão mais de cinco anos de trabalho de acções propriamente ditas de inspecção. "Não lhes é conhecido mérito especial, não lhes é conhecida experiência em funções de chefia ou coordenação inspectiva", refere a nota. Vêm sobretudo das delegações de Lisboa e Porto e, quando realizaram o seu estágio, disse-se, por graça, que "eram os eleitos, que seriam o grande motor da organização". "Afinal", conclui o presidente da mesa da assembleia geral, "algo de verdade nela se continha". "Virá o momento em que, decorrido o necessário tempo, todas estas pessoas, ao abrigo da lei, beneficiarão de reclassificação na categoria máxima da carreira", afirma ainda aquele inspector.

Alguns dos dirigentes visados, bem como o inspector-geral, não quiseram falar ao PÚBLICO. Mas inspectores contactados sublinham ser "uma situação muito aborrecida" e mesmo "à margem da lei", uma vez que obrigaria à abertura de concurso para a sua substituição. As mudanças operadas verificam-se, aliás - como se sublinha - quando está, precisamente, em discussão no Parlamento o regime dos institutos públicos, alterações legais sobre as chefias na administração pública e o Governo prepara o reenquadramento entre a IGT e o IDICT, objecto de críticas desde a sua criação.

O afastamento dos dirigentes regionais, segundo os mesmos inspectores, parece responsabilizá-los pela maior inércia sentida desde a entrada em funções deste Governo, quando a única mudança operada foi na direcção. São repetidas críticas quando à ausência de perfil do actual inspector-geral, um juiz sem vocação para um trabalho de rua e mediatização, a qual, afirmam, parece se traduzir num reduzida permanência no serviço. E teme-se que as alterações sejam uma forma de debilitação e autonomia das IGT, com a argumentação precisamente do seu reforço.

O PÚBLICO questionou o Ministério sobre as razões e legalidade deste afastamento, o perfil dos substitutos, sobre as alterações nas prioridades da IGT ou mesmo do potencial reforço da sua actividade. O gabinete respondeu que "ainda não foi tomada uma posição sobre a nomeação dos substitutos".

http://ultimahora.publico.pt/shownews.asp?id=1168444&idCanal=34

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Prado LIVRE:

http://br.groups.yahoo.com/group/expressoparalelo Opinador 10:29 30 Setembro 2003 Paulo Portas gera sentimentos tipo Pinto da Costa

Os que são do seu Clube todos gostam dele, porque mostra resultados !

E os dos outros clubes não se importavam nada de tê-lo como presidente, apesar de não gostarem do estilo !!! Escaravelho 09:44 30 Setembro 2003 acalmia política. Agarraky 08:14 30 Setembro 2003 O futuro...

Claro que no futuro é que vai ser bom. Em 2010 correrá o leite e o mel e os portugueses viverão no desfrute das prodigiosas maravilhas económicas que o país irá alcançar a partir do início da retoma.

Aos portugueses que estiverem vivos em 2010 será prometido que em 2020 é que há-de ser, aos sobrevivos em 2020 acenarão com as maravilhas de 2030 e assim sucessivamente, até à eternidade.

Quando ouço falar muito do que vai ser o futuro, eu desconfio. O futuro constroi-se dia-a-dia, com trabalho, com estudo, com investigação, com cultura, com sacrifícios, com abdicações dos gozos imediatos. É isto que vemos neste país? Fazendo fé na observação do nosso quotidiano, estou convencido de que o futuro da esmagadora maioria dos portugueses está apenas nos cemitérios.

mluso 04:15 30 Setembro 2003 PP E PORTAS CUMPLICES DO DESGOVERNO PSD NA ESPANHOLISAÇÃO DE PORTUGAL.

TODOS SÃO CULPADOS PELA DERROTA NACIONAL. Asdrúbal 00:42 30 Setembro 2003 O óbvio

Saldanha Sanches, é um daqueles dinossauros, simpático embora, mas de próstata falecida.

Telmo Correia já percebeu o óbvio :

«A União Europeia, criação utópica de uma burocracia irresponsável, continua apenas por inércia.

Estava escrito».

Pulido Valente (DN, 27 de Julho) Coquinhas 00:17 30 Setembro 2003 Ironias

INTRUSO

Portas é um caso ímpar no espectro político português – é odiado por muitos e amado por poucos. As razões são múltiplas, mas de todas sobreleva o facto de defender ideais de direita o que é considerado um anátema ou pior uma espécie de pústula, para os que têm ideias sócio-comunas. Estes esquecem-se que os piores tiranos foram precisamente os grandes ditadores de esquerda e os que mais espezinharam os direitos humanos, que os seus actuais seguidores dizem defender.

São eles o Estaline, Hitler, Mão-Tsé-Tung, Ceacescu, Hio-Chi-Min, Fidel de Castro, Mussolini, Saddam Husseim e tantos outros, todos de origem e cariz socialista.

Comparando com estes, os chamados ditadores de direita são uns autênticos meninos de coro. É que aqueles têm às suas costas dezenas de milhões de mortos.

Outra grande razão de ódio contra Portas é o facto de ele ter conseguido alcançar a governação, como Ministro de Estado e da Defesa.

Daqui que a oposição venha reclamando insistentemente a sua cabeça, alegando que ele não tem condições para estar no Governo. Ninguém esclareceu ainda a que se referem as tais condições.

Desde o Sr. Soares, verbalmente incontinente, que o apelidou de “tumor”, passando pelo seu amado sobrinho, Alfredo Barroso que o classificou como “garnizé”, até ao Sr. Ferro e seus comparsas que lhe têm chamado de tudo e várias vezes de “trauliteiro”.

Também tem havido um verdadeiro festival de agressões e apodos por parte dos comentadores políticos das Televisões e da Imprensa e de jornalistas e outros a soldo das Internacionais sócio-comunas, das Centrais Sindicais, etc., mas a tudo e a todos o Rapaz vai resistindo!

Mas não terá ele alguma culpa no ódio que suscita?

Nós entendemos que tem!

De memória e ao correr da pena, podemos fixar-nos em algumas:

- Não foi ele que disse que quem se mete com o PS “leva”?

- Não é ele que nas jantaradas com os amigos diz que perdeu a confiança no 1º Ministro? (onde é que eu já ouvi esta?).

- Não foi ele que cometeu o erro de evitar o encerramento das OGMA, impedindo assim a oposição de ter matéria para o acusar e a CGTP de ganhar novos adeptos?

- Não foi ele que tomou a decisão de mandar construir lanchas de fiscalização em estaleiros nacionais, ocasionando enormes despesas sem contrapartidas para o país?

- Não foi ele que interrompeu o trabalho que vários governos socialistas vinham desenvolvendo, durante anos, a favor dos combatentes do Ultramar?

- Não foi ele que anulou o negócio da compra de aviões e submarinos, que trazia enormes vantagens para o Erário Público e para a Nação?

- Não foi ele que decidiu retirar os velhinhos “chaimites” que o nosso exército tanto adorava, criando assim vários choques psicológicos aos nossos soldados?

- Não foi ele que conseguiu manter em Portugal o Comando Naval da Nato em Oeiras, o que só nos traz desprestígio face aos outros países aliado?

- Não foi ele que criou muitas dificuldades às diversas Armas com a história da Centralizadora de Compras, o que vai causar grandes “traumatismos” aos diversos comandos?

Não foi ele que teve o descaramento de acamaradar com grande gáudio com o Secretário de Estado da Defesa Norte-Americano, causando enormes censuras e comentários das oposições, fazendo lembrar o escândalo que envolveu a Rainha Isabel de Inglaterra que se ria a bom rir com o ditador Salazar?

- Não foi ele que foi censurado pela douta e iluminada Ana Gomes por ter ousado levar a efeito as honras militares propostas e aprovadas pelo governo socialista ao Tenente-coronel Maggiolo Gouveia?

- Não foi ele que, nas referidas exéquias, adoptou uma postura de grande dignidade e sentimento, em vez de se mostrar risonho e contar anedotas como é usual nestas circunstâncias?

- Para não maçar mais os leitores ficamos por aqui!

Quem tem culpa desta grave situação? O Sr. 1º Ministro que se não mostra disposto a fazer a vontade à oposição.

O Sr. Ferro, na reentrée socialista, apelou mais uma vez ao Dr. Durão Barroso para demitir o Portas. Também o Prof. Marcelo, mais conhecido pela Paula Bobone da política, que não tem papas nem veneno na língua já determinou que o 1º Ministro, deve fazer uma remodelação até ao fim do ano.

Mas o Dr. Durão Barroso que é duro nas suas convicções parece ser também duro de ouvido.

Oh Sr. 1º Ministro agora somos nós a pedir-lhe que demita o Sr. Portas. A propósito, vou contar-lhes aquela estória do conferencista que explicava a gravidade do excesso demográfico que vai pelo mundo e que disse “Sabem que na China em cada segundo uma mulher dá à luz um filho?”

Logo da assistência um homem levantando-se pergunta: e porque não mata essa mulher.

O Sr. Portas ao que parece é o mal deste país logo o Sr. 1º Ministro deve “matar” o Sr. Portas e tudo passará a ser diferente. O Sr. 1º Ministro fica com a oposição a seus pés, ganhando dois grandes amigos, O Sr. Ferro Rodrigues e o Sr. Prof. Marcelo; o Senhor fica com a maior parte dos problemas resolvidos, leva o seu Programa de Governo até ao fim e também o Programa Socialista do Sr. Ferro, porque este embora tenha 500 páginas, só tem um Capítulo intitulado a “DEMISSÃO DE PORTAS”.

São só vantagens Sr. 1º Ministro…

Estes esquerdóides não têm tento na língua

-

zippiz 23:38 29 Setembro 2003 com a devida vénia do blogue Bernabé :

Tell me Correia

Em debate com Saldanha Sanches na Sic Notícias, Telmo Correia assumiu que a mudança de posição do PP em relação à Europa serviu a sua estratégia de participação no governo. Em matéria de convicções estamos conversados. Em matéria de descaramento também JSB 23:02 29 Setembro 2003 Tristeza...

Sinto uma profunda mágoa e tristeza por nos termos tornado neste povo miserável, de corpo e alma! seguintes >

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Paulo Portas com apoio unânime

PP aposta na governação até 2010

O XIX Congresso do CDS-PP resultou no apoio quase unânime a Paulo Portas, na defesa do «entendimento duradouro» com o PSD e numa prudente renovação partidária. Anunciado como o congresso da renovação, a reunião magna dos centristas, que ontem chegou ao fim em Matosinhos, acabou por ficar marcada por lembranças do passado, com referências ao cerco de 1975 e a Amaro da Costa ao longo de todo o fim-de-semana. Uma abertura simbólica no Palácio de Cristal, na sexta-feira, e a evocação do primeiro congresso do CDS deram início a um encontro muito centrado numa história do partido que «esqueceu» líderes como Freitas do Amaral, Lucas Pires Adriano Moreira e Manuel Monteiro e fez de Paulo Portas o «herdeiro político» do falecido antigo ministro da Defesa Amaro da Costa. Uma abertura simbólica no Palácio de Cristal, na sexta-feira, e a evocação do primeiro congresso do CDS deram início a um encontro muito centrado numa história do partido que «esqueceu» líderes como Freitas do Amaral, Lucas Pires Adriano Moreira e Manuel Monteiro e fez de Paulo Portas o «herdeiro político» do falecido antigo ministro da Defesa Amaro da Costa. Mas este foi igualmente um congresso marcado pelo facto de o CDS-PP ter regressado ao poder, o que já não acontecia desde 1983, pelo que a estratégia para os próximos actos eleitorais foi outro dos temas centrais do encontro. Mas este foi igualmente um congresso marcado pelo facto de o CDS-PP ter regressado ao poder, o que já não acontecia desde 1983, pelo que a estratégia para os próximos actos eleitorais foi outro dos temas centrais do encontro. A lista de Portas à Comissão Política Nacional do CDS/PP, a única apresentada, foi ontem aprovada com 96 por cento do total dos votos, tendo obtido 640 dos 666 votos expressos. No entanto, o número de votantes correspondeu a pouco mais de um terço do total de 1729 congressistas inscritos. A lista de Portas à Comissão Política Nacional do CDS/PP, a única apresentada, foi ontem aprovada com 96 por cento do total dos votos, tendo obtido 640 dos 666 votos expressos. No entanto, o número de votantes correspondeu a pouco mais de um terço do total de 1729 congressistas inscritos. No Conselho Nacional, único órgão eleito neste XIX Congresso do CDS-PP e ao qual concorriam duas listas, a encabeçada por Portas obteve 558 votos, contra os 100 conseguidos pela lista liderada por Ismael Pimentel, presidente da concelhia da Amadora. A Mesa do Conselho Nacional foi eleita com 639 votos e o Conselho Nacional de Fiscalização, com 631 votos. No Conselho Nacional, único órgão eleito neste XIX Congresso do CDS-PP e ao qual concorriam duas listas, a encabeçada por Portas obteve 558 votos, contra os 100 conseguidos pela lista liderada por Ismael Pimentel, presidente da concelhia da Amadora. A Mesa do Conselho Nacional foi eleita com 639 votos e o Conselho Nacional de Fiscalização, com 631 votos. O reeleito Paulo Portas, presidente incontestado ao longo dos dois dias de congresso, defendeu em Matosinhos um «entendimento duradouro» com o PSD e deixou a sua preferência pela manutenção da coligação não apenas nas europeias mas também nas presidenciais e nas legislativas de 2006. Contudo, o partido evitou concretizar as preferências em relação a uma candidatura a Belém, apesar de o líder parlamentar, Telmo Correia, ter manifestado o seu apoio ao actual presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes. O reeleito Paulo Portas, presidente incontestado ao longo dos dois dias de congresso, defendeu em Matosinhos um «entendimento duradouro» com o PSD e deixou a sua preferência pela manutenção da coligação não apenas nas europeias mas também nas presidenciais e nas legislativas de 2006. Contudo, o partido evitou concretizar as preferências em relação a uma candidatura a Belém, apesar de o líder parlamentar, Telmo Correia, ter manifestado o seu apoio ao actual presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes. Portas seguiu a linha já expressa pelo primeiro-ministro e presidente do PSD, Durão Barroso, afirmando a necessidade de a actual coligação se manter até 2010, enquanto o porta-voz do partido, Pires de Lima, foi mais longe na política de alianças, pedindo ao PSD uma «resposta em tempo útil» sobre a sua estratégia para as eleições europeias. Portas seguiu a linha já expressa pelo primeiro-ministro e presidente do PSD, Durão Barroso, afirmando a necessidade de a actual coligação se manter até 2010, enquanto o porta-voz do partido, Pires de Lima, foi mais longe na política de alianças, pedindo ao PSD uma «resposta em tempo útil» sobre a sua estratégia para as eleições europeias. Já no final dos trabalhos, uma mensagem de Durão Barroso afirmando que a coligação «é um projecto para Portugal para lá da fórmula de Governo» que os dois partidos oferecem pode ter acalmado a ansiedade dos populares. Já no final dos trabalhos, uma mensagem de Durão Barroso afirmando que a coligação «é um projecto para Portugal para lá da fórmula de Governo» que os dois partidos oferecem pode ter acalmado a ansiedade dos populares. Num congresso praticamente consensual, as poucas vozes críticas nunca atacaram directamente o líder, denunciando apenas questões pontuais da estratégia seguida e pedindo mais esclarecimentos quanto à questão europeia, como sucedeu com Maria José Nogueira Pinto, ou uma maior atenção às «bases», como fez a Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos. Num congresso praticamente consensual, as poucas vozes críticas nunca atacaram directamente o líder, denunciando apenas questões pontuais da estratégia seguida e pedindo mais esclarecimentos quanto à questão europeia, como sucedeu com Maria José Nogueira Pinto, ou uma maior atenção às «bases», como fez a Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos. A prometida renovação dos quadros do partido acabou por ficar diluída no núcleo decisório de Portas, a nova comissão executiva, onde surgem apenas duas caras novas: a secretária de Estado da Segurança Social, Teresa Caeiro, e o secretário de Estado da Administração Interna, Nuno Magalhães. Esta estrutura, que substitui a anterior comissão directiva, foi reduzida, passando de 20 para 11 elementos (incluindo o presidente do partido, Paulo Portas). Mais uma vez, os populares optaram por não indicar vice-presidentes efectivos, embora Luís Nobre Guedes continue a funcionar como primeiro vogal tanto na Comissão Executiva como na Comissão Política Nacional. A promessa de «mais quadros para o partido» foi concretizada, principalmente através do aumento da Comissão Política Nacional, alargada para 60 membros, assim como da dinamização do Conselho Económico e Social, órgão vocacionado para o debate e que integra uma grande percentagem de independentes. A prometida renovação dos quadros do partido acabou por ficar diluída no núcleo decisório de Portas, a nova comissão executiva, onde surgem apenas duas caras novas: a secretária de Estado da Segurança Social, Teresa Caeiro, e o secretário de Estado da Administração Interna, Nuno Magalhães. Esta estrutura, que substitui a anterior comissão directiva, foi reduzida, passando de 20 para 11 elementos (incluindo o presidente do partido, Paulo Portas). Mais uma vez, os populares optaram por não indicar vice-presidentes efectivos, embora Luís Nobre Guedes continue a funcionar como primeiro vogal tanto na Comissão Executiva como na Comissão Política Nacional. A promessa de «mais quadros para o partido» foi concretizada, principalmente através do aumento da Comissão Política Nacional, alargada para 60 membros, assim como da dinamização do Conselho Económico e Social, órgão vocacionado para o debate e que integra uma grande percentagem de independentes. A substituição de Maria José Nogueira Pinto na presidência do Conselho Nacional pelo presidente do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, deu um sinal claro da aposta do partido nas «regionais» do próximo ano. A preparação para as autárquicas também já começou no CDS-PP, tendo Portas escolhido Álvaro Castello-Branco, líder da distrital do Porto, para coordenar a preparação destas eleições, que se realizam no final de 2005. A substituição de Maria José Nogueira Pinto na presidência do Conselho Nacional pelo presidente do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, deu um sinal claro da aposta do partido nas «regionais» do próximo ano. A preparação para as autárquicas também já começou no CDS-PP, tendo Portas escolhido Álvaro Castello-Branco, líder da distrital do Porto, para coordenar a preparação destas eleições, que se realizam no final de 2005. Num congresso em que foram feitas referências ao Partido da Nova Democracia, do antigo presidente do CDS-PP Manuel Monteiro, que Lobo Xavier comparou ao futebolista Deco por tanto aparecer «à direita como à esquerda», acabou por ser o ex-Presidente da República Mário Soares a ter o seu nome associado às mais fortes críticas. Num congresso em que foram feitas referências ao Partido da Nova Democracia, do antigo presidente do CDS-PP Manuel Monteiro, que Lobo Xavier comparou ao futebolista Deco por tanto aparecer «à direita como à esquerda», acabou por ser o ex-Presidente da República Mário Soares a ter o seu nome associado às mais fortes críticas. Paulo Portas evocou o caso da substituição de Maria Barroso na presidência da Cruz Vermelha e, respondendo à acusação que lhe foi dirigida por Soares de ser o «tumor» no Governo, referiu-se ao processo da descolonização. «Houve de facto um tumor, chama-se descolonização. Não pelo princípio mas pelo modo como foi feita», disse, lembrando as responsabilidades de Soares no processo, numa crítica que seria prosseguida mais tarde por Rosado Ferreira, que acusou o eurodeputado socialista de ser um «bolor». Paulo Portas evocou o caso da substituição de Maria Barroso na presidência da Cruz Vermelha e, respondendo à acusação que lhe foi dirigida por Soares de ser o «tumor» no Governo, referiu-se ao processo da descolonização. «Houve de facto um tumor, chama-se descolonização. Não pelo princípio mas pelo modo como foi feita», disse, lembrando as responsabilidades de Soares no processo, numa crítica que seria prosseguida mais tarde por Rosado Ferreira, que acusou o eurodeputado socialista de ser um «bolor». 09:52 29 Setembro 2003

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Comentários

1 a 20 de 106 Hugo Éloi 18:24 2 Outubro 2003 Portas em liberdade até 2010?

Se o que é questionado no título deste artigo, se vier a verificar, Paulo Portas só será preso e condenado por pedofilia e gestão danosa, depois de 2010 (tal como aconteceu com Vale e Azevedo que só foi preso e condenado depois de deixar de ser presidente do benfica)!!! Mas, mais vale tarde que nunca!!! Paulo Pedroso 13:34 2 Outubro 2003 Meu caro caturo,

Com alguma paciência e também alguma estranheza (por não ter percebido a minha anterior intervenção)!!!

A notícia a que se refere é, certamente, a seguinte: Portas e os Imigrantes.

Essa notícia foi publicada, no Expresso online, às 18:18 do dia 24 de Setembro!!!

Tal como lhe disse anteriormente, as notícias são retiradas do Online passada uma semana desde a sua publicação. Foi o caso! Tal como com todas as outras!

Mantenha-se atento às regras deste online e verificará que é este o seu modo de funcionamento. Se tiver dúvidas, pergunte ao webmaster!

Cumprimentos! Caturo 13:12 2 Outubro 2003 Ainda mais estranho...

Não é bem assim, Paulo Pedroso. A notícia a que me referi estava em terceiro lugar, entre as mais comentadas, tal como por exemplo a de Bush-Putin. ares 12:34 2 Outubro 2003 PP aposta na governação até 2010

O PP faz-me lembrar o meu avô quando me ensinou a andar de bicicleta: netinho olha lá para a frente, não olhes para roda porque se olhares para a roda (o dia a dia) cais imediatamente! Paulo Pedroso 12:23 2 Outubro 2003 Meu caro Caturo,

Parece-me que você é uma recente "aquisição" do Online!

Deixe-me informá-lo que o Expresso online procede da seguinte forma:

- As notícias são publicadas e estão disponíveis durante 24 horas, a não ser que alcançem o Top 10.

- Se uma notícia alcançar o Top 10, fica disponível durante uma semana.

Depois disso, há mais assuntos a comentar e a dar atenção. É a voragem mediática dos tempos que correm, meu caro!

Cumprimentos!

E seja bem-vindo!!! Caturo 11:31 2 Outubro 2003 Misterioso Desaparecimento

É estranho que uma das notícias mais comentadas, a que dizia respeito ao discurso anti-imigracionista de Paulo Portas, tenha desaparecido... Dunca 22:55 1 Outubro 2003 Paulo Pedroso 11:43 1 Outubro 2003

Não há que pedir desculpar, pois no fundo o que queremos é o melhor para Portugal e divergimos com civilidade.

Cada um tem uma visão diferente, do que entende ser o melhor caminho para o país conseguir um desenvolvimento sustentado, que satisfaça a todos.

Dialogar e divergir devem ser condições naturais e indispensáveis, para que possamos formar consensos.

Ao longo de nossas conversas , divergimos, mas o mais importante foi que sempre houve respeito. Neste aspecto você merece toda a minha consideração e admiração.

Paulo Pedroso 11:43 1 Outubro 2003 Meu caro Dunca,

Peço, antes de mais, desculpa pelo facto de ter interpretado erradamente a sua crítica à minha afirmação "antes um povo ignorante em democracia do que um instruído em tirania". A sua crítica, a essa minha afirmação, deu-me a entender que você não se importaria de ver povos instruídos a viver em tirania. Peço-lhe as minhas desculpas!

Não posso deixar de estar ao seu lado na questão da educação e da instrução do povo. Sucede que, nas últimas décadas, Portugal tem feito um esforço enorme nesse sentido. Porventura, não terá feito tudo quanto poderia ter feito!!!

Portugal teve de realizar, nestas últimas décadas, um trabalho e um esforço que muitos outros países puderam realizar no dobro do tempo. Não se podem esperar resultados milagrosos, de um dia para o outro, em matéria de educação.

Acho que já se fez muito. E tambe´m há muito mais para fazer e, acima de tudo, para corrigir. Há muitos defeitos e problemas no nosso sistema educativo, mas acho que o povo português possui, hoje, mais instrumentos, conhecimentos e capacidades para decidir de forma esclarecida no campo da política, do que há 10, 30, ou 50 anos atrás.

Saudações democráticas! Sempre democráticas!

:-)) zé_chico 00:53 1 Outubro 2003 Correio Azul (e amarelo)

Carta de Paulo Portas a Durão Barroso.

Ó Durão, já reparaste neste espectáculo da vida real, que é o meu Congresso? Já viste o cenário que me emprestou o Rumsfeld? Já viste eu a falar às "massas"? Já olhaste bem para a assistência? Viste aqui algum trolha? Tens consciência que só tenho aqui gente realmente importante? Já reparaste como eles me adoram? Foste eleito com que percentagem? Já pensaste bem o que são 96%, quase tanto como o Saddam? Já viste que o passado, o presente e o futuro deste partido sou eu?

Bom, se já viste o meu poder, vamos lá decidir depressa aquela coisa da viagem à Europa.

Eu sei que tinha sugerido a visita aos meus amigos Le Pen, Fini e Haider. Mas se tu me deres boleia, uma vez que o teu carro é maior, eu concordarei "calmamente" com o itinerário que tu escolheres.

Se assim for, eu, os meus Bagões e as minhas Celestes, continuaremos a fazer por ti, o trabalho sujo do governo.

P.S. Lá por te ter chamado mentirolas, não estejas em surdina a chamar-me hipócrita.

Dunca 15:55 30 Setembro 2003 Paulo Pedroso 17:37 29 Setembro 2003

- "Só que você não se importa que o povo seja instruído num regime totalitário. E eu prefiro, de longe, que ele seja instruído, em liberdade, num regime democrático."

Não é isso que eu penso e você sabe-o muito bem. De ditadura tivemos uma dose cavalar e suficiente para saber do que se trata, sem precisar ir lá fora, todos ficamos com a noção exata do que se trata : “Um governo de poucos, que se locupletam, em detrimento de muitos que sofrem e trabalham.”

Para um povo viver em democracia, e poder escolher o que é mais conveniente para o seu destino, tem que estar instruído ou melhor tem que ter a oportunidade de ser instruído, a um nível que possa compreender a realidade do seu país.

Com instrução o povo poderá compreender os fenômenos políticos, sociais, econômicos, ecológicos, etc. que ocorrem a sua volta, e assim poder decidir com consciência sobre o que melhor lhe convém. Certamente, não é o que acontece em Portugal, onde apenas um minoria se locupleta e uma maioria trabalha, embora já não sofra tanto como antes.

Todos sabemos que é uma minoria que decide o futuro de Portugal, em função de seus interesses pessoais, embora se vá a votos( à época da outra senhora também se ia ), não há efetivamente nas decisões tomadas, entendo, uma legitimidade democrática.

Dizer-se que o país vive em democracia, quando no fundo o poder esta restrito a meia dúzia de personagens, que usam e abusam da demagogia para mantê-lo, no mínimo é surrealismo. Políticos desonestos instrumentalizam descaradamente o povo que por não compreender suas manobras, é lançando ora à direta, ora à esquerda, sistematicamente, isto não é muito diferente de uma Ditadura, o que muda são apenas os meios e os métodos, mas os objetivos são os mesmos.

Concluindo; O que quero dizer é que a prioridade das prioridades, em Portugal, deveria ser a educação estendida a todos e de mesma qualidade. E tão só.

P. S.: Se observou nunca falei mal do Portas, pois entendo que ele faz parte desse pacote político bem embrulhado, que é servido sistematicamente ao povo português.

Escaravelho 11:10 30 Setembro 2003 Opinador

Mas que bela opinião ! Parabéns a você ! BOB ESCARRO 11:00 30 Setembro 2003 Gabinete de Bagão Félix não justificou a medida: Governo substitui metade dos dirigentes regionais da Inspecção-Geral do Trabalho

Metade da trintena de dirigentes regionais da Inspecção-Geral de Trabalho vai ser afastada pelo actual Governo. Dirigentes contactados e sindicalistas classificam a saída de "pouco transparente" e temem que esta saída de quadros indicie um abrandamento na intervenção da Inspecção.

Entre inspectores de trabalho fala-se de "golpe palaciano", embora haja quem aceite a "rotatividade". O gabinete do ministro da Segurança Social e do Trabalho, Bagão Félix, não justificou esta medida ao PÚBLICO e apenas refere que não foi "ainda tomada alguma decisão sobre a nomeação dos seus substitutos".

Apesar do silêncio oficial, as mexidas são consideráveis nas delegações e subdelegações. Abrangem o primeiro dirigente dos serviços da capital, que movimentam cerca de 40 por cento do trabalho da inspecção, e tocam igualmente aos dirigentes de Setúbal, Aveiro, Portalegre, Castelo Branco, Viseu, Faro, Lamego, Caldas Rainha, entre outras regiões.

Nalguns casos, a substituição foi anunciada aos dirigentes em reunião com o inspector-geral, Athaíde das Neves, nomeado já por este Governo. Apesar de se ter reconhecido a competência dos dirigentes visados, a sua saída foi explicada como uma necessidade de "rotatividade" de dirigentes, um "rejuvescimento", embora sem qualquer outra explicação sobre os critérios de escolha dos dirigentes visados. Mas ao PÚBLICO o assunto foi remetido para secretaria de Estado do Trabalho.

As centrais sindicais e os parceiros sociais tão-pouco foram avisados. Na Confederação-Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), critica-se o processo e receia-se que possa significar uma nova filosofia, mais condescendente para com a infracção e, ontem, o secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), João Proença, afirmou ao PÚBLICO não saber de nada, mas prometeu que esse seria um dos assuntos a abordar na reunião com o ministro, na próxima terça-feira.

No interior da Inspecção-Geral do Trabalho, a questão começa a suscitar comentários e perplexidades. É falada, embora sem confirmação oficial, de uma divergência de opiniões entre o inspector-geral do trabalho (a favor), e o presidente do Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho (IDICT), entidade na qual a IGT está integrada. Apesar de não ser conhecida uma posição da Associação Portuguesa de Inspectores de Trabalho, há no seu seio quem considera a mudança como "normal" e uma forma de fazer entrar "pessoas mais jovens".

Mas o presidente da mesa da assembleia geral dessa associação, José Lourenço Duarte, divulgou um comunicado aos associados, contra aquilo a que chama de "golpe palaciano". A carta enviada ao Governo e escrita "em nome da indignação, contra a indignidade e injustiça", afirma-se que o pessoal escolhido para substituir metade dos responsáveis das delegações - cujos nomes não foram oficialmente divulgados - entraram há pouco tempo na Inspecção e não terão mais de cinco anos de trabalho de acções propriamente ditas de inspecção. "Não lhes é conhecido mérito especial, não lhes é conhecida experiência em funções de chefia ou coordenação inspectiva", refere a nota. Vêm sobretudo das delegações de Lisboa e Porto e, quando realizaram o seu estágio, disse-se, por graça, que "eram os eleitos, que seriam o grande motor da organização". "Afinal", conclui o presidente da mesa da assembleia geral, "algo de verdade nela se continha". "Virá o momento em que, decorrido o necessário tempo, todas estas pessoas, ao abrigo da lei, beneficiarão de reclassificação na categoria máxima da carreira", afirma ainda aquele inspector.

Alguns dos dirigentes visados, bem como o inspector-geral, não quiseram falar ao PÚBLICO. Mas inspectores contactados sublinham ser "uma situação muito aborrecida" e mesmo "à margem da lei", uma vez que obrigaria à abertura de concurso para a sua substituição. As mudanças operadas verificam-se, aliás - como se sublinha - quando está, precisamente, em discussão no Parlamento o regime dos institutos públicos, alterações legais sobre as chefias na administração pública e o Governo prepara o reenquadramento entre a IGT e o IDICT, objecto de críticas desde a sua criação.

O afastamento dos dirigentes regionais, segundo os mesmos inspectores, parece responsabilizá-los pela maior inércia sentida desde a entrada em funções deste Governo, quando a única mudança operada foi na direcção. São repetidas críticas quando à ausência de perfil do actual inspector-geral, um juiz sem vocação para um trabalho de rua e mediatização, a qual, afirmam, parece se traduzir num reduzida permanência no serviço. E teme-se que as alterações sejam uma forma de debilitação e autonomia das IGT, com a argumentação precisamente do seu reforço.

O PÚBLICO questionou o Ministério sobre as razões e legalidade deste afastamento, o perfil dos substitutos, sobre as alterações nas prioridades da IGT ou mesmo do potencial reforço da sua actividade. O gabinete respondeu que "ainda não foi tomada uma posição sobre a nomeação dos substitutos".

http://ultimahora.publico.pt/shownews.asp?id=1168444&idCanal=34

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Prado LIVRE:

http://br.groups.yahoo.com/group/expressoparalelo Opinador 10:29 30 Setembro 2003 Paulo Portas gera sentimentos tipo Pinto da Costa

Os que são do seu Clube todos gostam dele, porque mostra resultados !

E os dos outros clubes não se importavam nada de tê-lo como presidente, apesar de não gostarem do estilo !!! Escaravelho 09:44 30 Setembro 2003 acalmia política. Agarraky 08:14 30 Setembro 2003 O futuro...

Claro que no futuro é que vai ser bom. Em 2010 correrá o leite e o mel e os portugueses viverão no desfrute das prodigiosas maravilhas económicas que o país irá alcançar a partir do início da retoma.

Aos portugueses que estiverem vivos em 2010 será prometido que em 2020 é que há-de ser, aos sobrevivos em 2020 acenarão com as maravilhas de 2030 e assim sucessivamente, até à eternidade.

Quando ouço falar muito do que vai ser o futuro, eu desconfio. O futuro constroi-se dia-a-dia, com trabalho, com estudo, com investigação, com cultura, com sacrifícios, com abdicações dos gozos imediatos. É isto que vemos neste país? Fazendo fé na observação do nosso quotidiano, estou convencido de que o futuro da esmagadora maioria dos portugueses está apenas nos cemitérios.

mluso 04:15 30 Setembro 2003 PP E PORTAS CUMPLICES DO DESGOVERNO PSD NA ESPANHOLISAÇÃO DE PORTUGAL.

TODOS SÃO CULPADOS PELA DERROTA NACIONAL. Asdrúbal 00:42 30 Setembro 2003 O óbvio

Saldanha Sanches, é um daqueles dinossauros, simpático embora, mas de próstata falecida.

Telmo Correia já percebeu o óbvio :

«A União Europeia, criação utópica de uma burocracia irresponsável, continua apenas por inércia.

Estava escrito».

Pulido Valente (DN, 27 de Julho) Coquinhas 00:17 30 Setembro 2003 Ironias

INTRUSO

Portas é um caso ímpar no espectro político português – é odiado por muitos e amado por poucos. As razões são múltiplas, mas de todas sobreleva o facto de defender ideais de direita o que é considerado um anátema ou pior uma espécie de pústula, para os que têm ideias sócio-comunas. Estes esquecem-se que os piores tiranos foram precisamente os grandes ditadores de esquerda e os que mais espezinharam os direitos humanos, que os seus actuais seguidores dizem defender.

São eles o Estaline, Hitler, Mão-Tsé-Tung, Ceacescu, Hio-Chi-Min, Fidel de Castro, Mussolini, Saddam Husseim e tantos outros, todos de origem e cariz socialista.

Comparando com estes, os chamados ditadores de direita são uns autênticos meninos de coro. É que aqueles têm às suas costas dezenas de milhões de mortos.

Outra grande razão de ódio contra Portas é o facto de ele ter conseguido alcançar a governação, como Ministro de Estado e da Defesa.

Daqui que a oposição venha reclamando insistentemente a sua cabeça, alegando que ele não tem condições para estar no Governo. Ninguém esclareceu ainda a que se referem as tais condições.

Desde o Sr. Soares, verbalmente incontinente, que o apelidou de “tumor”, passando pelo seu amado sobrinho, Alfredo Barroso que o classificou como “garnizé”, até ao Sr. Ferro e seus comparsas que lhe têm chamado de tudo e várias vezes de “trauliteiro”.

Também tem havido um verdadeiro festival de agressões e apodos por parte dos comentadores políticos das Televisões e da Imprensa e de jornalistas e outros a soldo das Internacionais sócio-comunas, das Centrais Sindicais, etc., mas a tudo e a todos o Rapaz vai resistindo!

Mas não terá ele alguma culpa no ódio que suscita?

Nós entendemos que tem!

De memória e ao correr da pena, podemos fixar-nos em algumas:

- Não foi ele que disse que quem se mete com o PS “leva”?

- Não é ele que nas jantaradas com os amigos diz que perdeu a confiança no 1º Ministro? (onde é que eu já ouvi esta?).

- Não foi ele que cometeu o erro de evitar o encerramento das OGMA, impedindo assim a oposição de ter matéria para o acusar e a CGTP de ganhar novos adeptos?

- Não foi ele que tomou a decisão de mandar construir lanchas de fiscalização em estaleiros nacionais, ocasionando enormes despesas sem contrapartidas para o país?

- Não foi ele que interrompeu o trabalho que vários governos socialistas vinham desenvolvendo, durante anos, a favor dos combatentes do Ultramar?

- Não foi ele que anulou o negócio da compra de aviões e submarinos, que trazia enormes vantagens para o Erário Público e para a Nação?

- Não foi ele que decidiu retirar os velhinhos “chaimites” que o nosso exército tanto adorava, criando assim vários choques psicológicos aos nossos soldados?

- Não foi ele que conseguiu manter em Portugal o Comando Naval da Nato em Oeiras, o que só nos traz desprestígio face aos outros países aliado?

- Não foi ele que criou muitas dificuldades às diversas Armas com a história da Centralizadora de Compras, o que vai causar grandes “traumatismos” aos diversos comandos?

Não foi ele que teve o descaramento de acamaradar com grande gáudio com o Secretário de Estado da Defesa Norte-Americano, causando enormes censuras e comentários das oposições, fazendo lembrar o escândalo que envolveu a Rainha Isabel de Inglaterra que se ria a bom rir com o ditador Salazar?

- Não foi ele que foi censurado pela douta e iluminada Ana Gomes por ter ousado levar a efeito as honras militares propostas e aprovadas pelo governo socialista ao Tenente-coronel Maggiolo Gouveia?

- Não foi ele que, nas referidas exéquias, adoptou uma postura de grande dignidade e sentimento, em vez de se mostrar risonho e contar anedotas como é usual nestas circunstâncias?

- Para não maçar mais os leitores ficamos por aqui!

Quem tem culpa desta grave situação? O Sr. 1º Ministro que se não mostra disposto a fazer a vontade à oposição.

O Sr. Ferro, na reentrée socialista, apelou mais uma vez ao Dr. Durão Barroso para demitir o Portas. Também o Prof. Marcelo, mais conhecido pela Paula Bobone da política, que não tem papas nem veneno na língua já determinou que o 1º Ministro, deve fazer uma remodelação até ao fim do ano.

Mas o Dr. Durão Barroso que é duro nas suas convicções parece ser também duro de ouvido.

Oh Sr. 1º Ministro agora somos nós a pedir-lhe que demita o Sr. Portas. A propósito, vou contar-lhes aquela estória do conferencista que explicava a gravidade do excesso demográfico que vai pelo mundo e que disse “Sabem que na China em cada segundo uma mulher dá à luz um filho?”

Logo da assistência um homem levantando-se pergunta: e porque não mata essa mulher.

O Sr. Portas ao que parece é o mal deste país logo o Sr. 1º Ministro deve “matar” o Sr. Portas e tudo passará a ser diferente. O Sr. 1º Ministro fica com a oposição a seus pés, ganhando dois grandes amigos, O Sr. Ferro Rodrigues e o Sr. Prof. Marcelo; o Senhor fica com a maior parte dos problemas resolvidos, leva o seu Programa de Governo até ao fim e também o Programa Socialista do Sr. Ferro, porque este embora tenha 500 páginas, só tem um Capítulo intitulado a “DEMISSÃO DE PORTAS”.

São só vantagens Sr. 1º Ministro…

Estes esquerdóides não têm tento na língua

-

zippiz 23:38 29 Setembro 2003 com a devida vénia do blogue Bernabé :

Tell me Correia

Em debate com Saldanha Sanches na Sic Notícias, Telmo Correia assumiu que a mudança de posição do PP em relação à Europa serviu a sua estratégia de participação no governo. Em matéria de convicções estamos conversados. Em matéria de descaramento também JSB 23:02 29 Setembro 2003 Tristeza...

Sinto uma profunda mágoa e tristeza por nos termos tornado neste povo miserável, de corpo e alma! seguintes >

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