EXPRESSO online

23-10-2003
marcar artigo

Paulo Portas com apoio unânime

PP aposta na governação até 2010

O XIX Congresso do CDS-PP resultou no apoio quase unânime a Paulo Portas, na defesa do «entendimento duradouro» com o PSD e numa prudente renovação partidária. Anunciado como o congresso da renovação, a reunião magna dos centristas, que ontem chegou ao fim em Matosinhos, acabou por ficar marcada por lembranças do passado, com referências ao cerco de 1975 e a Amaro da Costa ao longo de todo o fim-de-semana. Uma abertura simbólica no Palácio de Cristal, na sexta-feira, e a evocação do primeiro congresso do CDS deram início a um encontro muito centrado numa história do partido que «esqueceu» líderes como Freitas do Amaral, Lucas Pires Adriano Moreira e Manuel Monteiro e fez de Paulo Portas o «herdeiro político» do falecido antigo ministro da Defesa Amaro da Costa. Uma abertura simbólica no Palácio de Cristal, na sexta-feira, e a evocação do primeiro congresso do CDS deram início a um encontro muito centrado numa história do partido que «esqueceu» líderes como Freitas do Amaral, Lucas Pires Adriano Moreira e Manuel Monteiro e fez de Paulo Portas o «herdeiro político» do falecido antigo ministro da Defesa Amaro da Costa. Mas este foi igualmente um congresso marcado pelo facto de o CDS-PP ter regressado ao poder, o que já não acontecia desde 1983, pelo que a estratégia para os próximos actos eleitorais foi outro dos temas centrais do encontro. Mas este foi igualmente um congresso marcado pelo facto de o CDS-PP ter regressado ao poder, o que já não acontecia desde 1983, pelo que a estratégia para os próximos actos eleitorais foi outro dos temas centrais do encontro. A lista de Portas à Comissão Política Nacional do CDS/PP, a única apresentada, foi ontem aprovada com 96 por cento do total dos votos, tendo obtido 640 dos 666 votos expressos. No entanto, o número de votantes correspondeu a pouco mais de um terço do total de 1729 congressistas inscritos. A lista de Portas à Comissão Política Nacional do CDS/PP, a única apresentada, foi ontem aprovada com 96 por cento do total dos votos, tendo obtido 640 dos 666 votos expressos. No entanto, o número de votantes correspondeu a pouco mais de um terço do total de 1729 congressistas inscritos. No Conselho Nacional, único órgão eleito neste XIX Congresso do CDS-PP e ao qual concorriam duas listas, a encabeçada por Portas obteve 558 votos, contra os 100 conseguidos pela lista liderada por Ismael Pimentel, presidente da concelhia da Amadora. A Mesa do Conselho Nacional foi eleita com 639 votos e o Conselho Nacional de Fiscalização, com 631 votos. No Conselho Nacional, único órgão eleito neste XIX Congresso do CDS-PP e ao qual concorriam duas listas, a encabeçada por Portas obteve 558 votos, contra os 100 conseguidos pela lista liderada por Ismael Pimentel, presidente da concelhia da Amadora. A Mesa do Conselho Nacional foi eleita com 639 votos e o Conselho Nacional de Fiscalização, com 631 votos. O reeleito Paulo Portas, presidente incontestado ao longo dos dois dias de congresso, defendeu em Matosinhos um «entendimento duradouro» com o PSD e deixou a sua preferência pela manutenção da coligação não apenas nas europeias mas também nas presidenciais e nas legislativas de 2006. Contudo, o partido evitou concretizar as preferências em relação a uma candidatura a Belém, apesar de o líder parlamentar, Telmo Correia, ter manifestado o seu apoio ao actual presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes. O reeleito Paulo Portas, presidente incontestado ao longo dos dois dias de congresso, defendeu em Matosinhos um «entendimento duradouro» com o PSD e deixou a sua preferência pela manutenção da coligação não apenas nas europeias mas também nas presidenciais e nas legislativas de 2006. Contudo, o partido evitou concretizar as preferências em relação a uma candidatura a Belém, apesar de o líder parlamentar, Telmo Correia, ter manifestado o seu apoio ao actual presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes. Portas seguiu a linha já expressa pelo primeiro-ministro e presidente do PSD, Durão Barroso, afirmando a necessidade de a actual coligação se manter até 2010, enquanto o porta-voz do partido, Pires de Lima, foi mais longe na política de alianças, pedindo ao PSD uma «resposta em tempo útil» sobre a sua estratégia para as eleições europeias. Portas seguiu a linha já expressa pelo primeiro-ministro e presidente do PSD, Durão Barroso, afirmando a necessidade de a actual coligação se manter até 2010, enquanto o porta-voz do partido, Pires de Lima, foi mais longe na política de alianças, pedindo ao PSD uma «resposta em tempo útil» sobre a sua estratégia para as eleições europeias. Já no final dos trabalhos, uma mensagem de Durão Barroso afirmando que a coligação «é um projecto para Portugal para lá da fórmula de Governo» que os dois partidos oferecem pode ter acalmado a ansiedade dos populares. Já no final dos trabalhos, uma mensagem de Durão Barroso afirmando que a coligação «é um projecto para Portugal para lá da fórmula de Governo» que os dois partidos oferecem pode ter acalmado a ansiedade dos populares. Num congresso praticamente consensual, as poucas vozes críticas nunca atacaram directamente o líder, denunciando apenas questões pontuais da estratégia seguida e pedindo mais esclarecimentos quanto à questão europeia, como sucedeu com Maria José Nogueira Pinto, ou uma maior atenção às «bases», como fez a Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos. Num congresso praticamente consensual, as poucas vozes críticas nunca atacaram directamente o líder, denunciando apenas questões pontuais da estratégia seguida e pedindo mais esclarecimentos quanto à questão europeia, como sucedeu com Maria José Nogueira Pinto, ou uma maior atenção às «bases», como fez a Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos. A prometida renovação dos quadros do partido acabou por ficar diluída no núcleo decisório de Portas, a nova comissão executiva, onde surgem apenas duas caras novas: a secretária de Estado da Segurança Social, Teresa Caeiro, e o secretário de Estado da Administração Interna, Nuno Magalhães. Esta estrutura, que substitui a anterior comissão directiva, foi reduzida, passando de 20 para 11 elementos (incluindo o presidente do partido, Paulo Portas). Mais uma vez, os populares optaram por não indicar vice-presidentes efectivos, embora Luís Nobre Guedes continue a funcionar como primeiro vogal tanto na Comissão Executiva como na Comissão Política Nacional. A promessa de «mais quadros para o partido» foi concretizada, principalmente através do aumento da Comissão Política Nacional, alargada para 60 membros, assim como da dinamização do Conselho Económico e Social, órgão vocacionado para o debate e que integra uma grande percentagem de independentes. A prometida renovação dos quadros do partido acabou por ficar diluída no núcleo decisório de Portas, a nova comissão executiva, onde surgem apenas duas caras novas: a secretária de Estado da Segurança Social, Teresa Caeiro, e o secretário de Estado da Administração Interna, Nuno Magalhães. Esta estrutura, que substitui a anterior comissão directiva, foi reduzida, passando de 20 para 11 elementos (incluindo o presidente do partido, Paulo Portas). Mais uma vez, os populares optaram por não indicar vice-presidentes efectivos, embora Luís Nobre Guedes continue a funcionar como primeiro vogal tanto na Comissão Executiva como na Comissão Política Nacional. A promessa de «mais quadros para o partido» foi concretizada, principalmente através do aumento da Comissão Política Nacional, alargada para 60 membros, assim como da dinamização do Conselho Económico e Social, órgão vocacionado para o debate e que integra uma grande percentagem de independentes. A substituição de Maria José Nogueira Pinto na presidência do Conselho Nacional pelo presidente do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, deu um sinal claro da aposta do partido nas «regionais» do próximo ano. A preparação para as autárquicas também já começou no CDS-PP, tendo Portas escolhido Álvaro Castello-Branco, líder da distrital do Porto, para coordenar a preparação destas eleições, que se realizam no final de 2005. A substituição de Maria José Nogueira Pinto na presidência do Conselho Nacional pelo presidente do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, deu um sinal claro da aposta do partido nas «regionais» do próximo ano. A preparação para as autárquicas também já começou no CDS-PP, tendo Portas escolhido Álvaro Castello-Branco, líder da distrital do Porto, para coordenar a preparação destas eleições, que se realizam no final de 2005. Num congresso em que foram feitas referências ao Partido da Nova Democracia, do antigo presidente do CDS-PP Manuel Monteiro, que Lobo Xavier comparou ao futebolista Deco por tanto aparecer «à direita como à esquerda», acabou por ser o ex-Presidente da República Mário Soares a ter o seu nome associado às mais fortes críticas. Num congresso em que foram feitas referências ao Partido da Nova Democracia, do antigo presidente do CDS-PP Manuel Monteiro, que Lobo Xavier comparou ao futebolista Deco por tanto aparecer «à direita como à esquerda», acabou por ser o ex-Presidente da República Mário Soares a ter o seu nome associado às mais fortes críticas. Paulo Portas evocou o caso da substituição de Maria Barroso na presidência da Cruz Vermelha e, respondendo à acusação que lhe foi dirigida por Soares de ser o «tumor» no Governo, referiu-se ao processo da descolonização. «Houve de facto um tumor, chama-se descolonização. Não pelo princípio mas pelo modo como foi feita», disse, lembrando as responsabilidades de Soares no processo, numa crítica que seria prosseguida mais tarde por Rosado Ferreira, que acusou o eurodeputado socialista de ser um «bolor». Paulo Portas evocou o caso da substituição de Maria Barroso na presidência da Cruz Vermelha e, respondendo à acusação que lhe foi dirigida por Soares de ser o «tumor» no Governo, referiu-se ao processo da descolonização. «Houve de facto um tumor, chama-se descolonização. Não pelo princípio mas pelo modo como foi feita», disse, lembrando as responsabilidades de Soares no processo, numa crítica que seria prosseguida mais tarde por Rosado Ferreira, que acusou o eurodeputado socialista de ser um «bolor». 09:52 29 Setembro 2003

enviar imprimir comentar [107]

Comentários

101 a 107 de 107 Resistente 11:09 29 Setembro 2003 aukistuxegô

Com o assalto ao poder nos orgãos de comunicação social, com o medo dos nossos "escribas" em perder o "tacho", a manipulação, a ausência de cultura, as alterações legislativas na area do trabalho, a transferencia das contribuições da segurança social para as seguradoras, a ausência de valores, o futebol como "cultura", a perversidade e reparem até já se viu numa "nossa" televisão um "gajo" a peidar-se num total desregramento. Por tudo isto estão criadas as condições para os "tumores" continuarem a governar Portugal, para quando houver condições propicias virem a impôr normas ditadoriais como salvadores da Pátria...e assim governarem por longos anos...

Nota: Na altura da Constituição Europeia vamos ver algumas manobras interessantes... Frei Bernardo 11:03 29 Setembro 2003 Está na hora do Pio cantar de galo!

M. Paulo Pedroso,

Ter esta opinião não é ofendê-lo, ofender o seu ídolo ou desprestigiar o seu partido. Pois não?

SACRISTA 11:02 29 Setembro 2003 "Antigos combatentes... de Macau!"

Espera-se que Portas não se esqueça de incluir estes espécimes na sua lista de condecorações e pensões. Vale a pena, depois do que José António Saraiva, Maria João Avillez e outros escreveram sobre o ex-governador de Macau, ler o que disse este fim-de-semana o ex-secretário-adjunto de Rocha Vieira e actual chefe de gabinete de Miguel Horta e Costa na PT sobre a Fundação Jorge Álvares.

Salavessa da Costa: ´Nunca a FJA foi discutida com o governador´

III/402 / Política

Data: 28/09/03 - 18:42

António Salavessa da Costa desconhecia por completo a criação da Fundação Jorge Álvares. Nem ele nem os restantes colegas do executivo. Até que foram apanhados em Lisboa por uma manchete de jornal que acusava Rocha Vieira de ladrão. Em entrevista ao PONTO FINAL, o ex-secretário adjunto considera que o desaparecimento da língua portuguesa é inevitável e que Edmund Ho está no caminho certo

As pedras evocam Portugal e o governo local está a seguir o que era defendido no talvez mais conhecido discurso da anterior administração: manter as carecterísticas próprias da cidade, impedindo que se descaracterize e confunda com outra qualquer cidade chinesa. É uma vitória de todos ou porque no poder está um homem chamado Edmund Ho, filho de Ho Yin?

António Salavessa da Costa – É tudo isso, mas tem de haver um entendimento global. Nos últimos anos da administração portuguesa houve um pragmatismo importante nessa área. Fez-se sentir às pessoas que são diferentes além de com isso se atrair muitos turistas. Como dizia o ex-governador Chris Patten, “vou à minha mini-Europa do Oriente”. E o património, como sabe, não é feito apenas dessas pedras, mas da cultura. Eu aqui emocionei-me um pouco quando durante um jantar oficial vi entrar em grupo folclórico com fatos de diversas regiões de Portugal e reparei que os dançarinos eram chineses. Portuguesas apenas duas das pessoas que estavam a cantar. E cantavam em português. Isto só acontece em Macau, um pouco em Malaca e em Singapura. Em Hong Kong por certo não.

Eu acho que a actual administração está a tomar as medidas certas, foi das coisas que me deixou extremamente satisfeito e tive oportunidade de o dizer ao chefe do Executivo.

- Em contrapartida, a língua portuguesa corre o risco de ser o latim da Ásia… É inevitável?

A. S. C. – É inevitável. Podia ser era diferente. Uma língua é um código de transmissão de ideias, a maior parte da população de Macau é chinesa… como sabe era uma pergunta certa, constante, nas visitas dos portugueses cá.

Na minha tutela tive a possibilidade de falar com 70 ou 80 por cento dos grandes grupos que vinham a Macau, principalmente no período em que a TAP voava para cá. Essa pergunta era sagrada: porque se fala tão pouco português? Uma vez, num congresso de médicos, tive de fazer uma intervenção. Com alguma paixão, que não consigo falar de Macau sem paixão. E falei desta questão. No final levantou-se um homem conhecido, antigo secretário de Estado, o professor Nuno Grande, que disse ter concordado até pelo facto dos portugueses nunca terem obrigado que se falasse o português. Conviver sem obrigar.

Agora, na análise mais profunda têm de contar outros factores como o ensino ou não do português a partir de determinada altura e, inclusivamente, a influência da Igreja.

- Depois da saída da administração portuguesa, fala-se do seu afastamento do grupo do general Rocha Vieira. E especulou-se que não tivesse gostado da forma como foi criada a Fundação Jorge Álvares. Meros rumores?

A. S. C. – Utilizou a palavra exacta: especulação.

Nós encontramo-nos em Lisboa frequentemente e isso começou logo no primeiro mês, a 19 de Janeiro de 2000. A Nova China convidou-nos a todos e juntámo-nos e passou a ser cíclico, de dois em dois meses ou de três em três.

Como sabe eu fui sempre uma pessoa muito ligada ao general Rocha Vieira, era a pessoa que o conhecia há mais tempo excepto o engº Alves Paula que andou com ele no Colégio Militar.

Esse elemento da fundação é um elemento diferente. Eu não comento nada da fundação porque digo sempre uma coisa: nós não sabíamos da fundação. Se alguém sabia, a maioria dos secretários-adjuntos posso dizer-lhe que não sabia. Eu tive conhecimento dessa fundação exactamente como um cidadão qualquer em Portugal, no dia em que saiu nos jornais. E tenho o meu conceito pessoal, que não é sobre a fundação mas sobre determinadas oportunidades mas de maneira nenhuma esse assunto foi discutido com o senhor governador, mesmo agora. É um assunto meramente dele, que ele encara muito bem e portanto nós não temos nada a criticar nem a comentar. Eu nego-me a comentar porque foi uma realidade que surgiu por decisão própria de uma pessoa que nessa altura tinha o poder para a tomar, o governador, e entendeu dar conhecimento dela a quem quis dar. Mas posso dizer-lhe que a maior parte dos elementos do governo, talvez quase todos, não tinha conhecimento e foi apanhada de surpresa como eu fui, a ir para o gabinete e ver no ecrã da Avenida da República, a capa de um jornal, que se chama 24 Horas, com o governador com a bandeira encostada ao peito e a palavra ladrão em cima. Foi uma surpresa total! Depois de tudo o resto, o que foi feito e especulado, considero que foi uma injustiça e uma ingratidão pelo que ele fez aqui em Macau.

- Dado o seu carácter conseguiu arranjar inimigos de estimação em Macau. Depois deste tempo, amizades recuperadas?

S. C. – Eu não reconheço inimigos nenhuns. A vida é feita de vivências, não podemos satisfazer a todos, principalmente quando estamos numa posição em que temos de decidir para a esquerda e para a direita. Há pessoas que depois se dizem inimigos… eu sinceramente não guardo, nunca guardei, rancor de ninguém. Sou incapaz de deixar de falar a qualquer pessoa, porque há sempre possibilidade de falar, mesmo quando não se concorda. O que é preciso é ter coragem para falar. Muitas das vezes a má língua surge da cobardia.

Autor: Paulo A. Azevedo

paa@pontofinalmacau.com

--------------------------------------------------------------------------------

Este artigo veio de PONTO FINAL - Diário de Macau

http://www.pontofinalmacau.com/

O URL para este artigo é:

http://www.pontofinalmacau.com/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=1815

Escaravelho 10:26 29 Setembro 2003 Paulo Portas é um perigoso

A profusão de chavões que ele utiliza e a forma teatralmente pausada como discursa faz lembrar a propaganada nazi.

Disse ele: "Bagão Félix é tão popular de coração como eu sou de cartão".

Mas o que éééééé isto ? BOB ESCARRO 10:11 29 Setembro 2003 Plumagens - João Paulo Guerra

Já sabíamos, pela revista italiana Panorama, que o primeiro-ministro português é identificado em Roma pela "afinidade de carácter" com Sílvio Berlusconi.

Agora, ficámos a saber que a alma gémea em Itália do ministro de Estado português Paulo Portas é Gianfranco Fini, vice-primeiro-ministro e líder da Aliança Nacional. Marcelo Rebelo de Sousa e Pacheco Pereira não acertaram na 'mouche' ao compararem o líder do PP a Umberto Bossi e Jean Marie Le Pen, respectivamente. O paralelo é com Gianfranco Fini, convidado de Paulo Portas para o Congresso do PP, segundo os jornais de sexta-feira.

Quem é Gianfranco Fini? Ex-jornalista, como Paulo Portas, Fini foi secretário da organização juvenil e deputado do Movimento Social Italiano, o partido neofascista de Giorgio Almirante e de Pino Rauti, actual líder da Fiamma Tricolore, sinistra personalidade que se cruzou com alguns episódios sujos da história de Portugal nos últimos anos do salazarismo. Coisas como a Aginter Press e a rede Gládio. Um dia falaremos do assunto. Em 1994, Fini fundou a Aliança Nacional. Nesse ano, porém, o facto mais notório da carreira de Gianfranco Fini não foi a fundação da AN, apresentado como um partido de uma extrema-direita moderna, mas uma declaração que fez considerando Benito Mussolini o maior estadista de Itália no século XX. Mais recentemente, já na pose de vice-primeiro-ministro, Fini afirmou que "hoje não diria o mesmo". Pois pudera.

A Aliança Nacional foi fundada na sequência da candidatura de Fini, com o apoio de Berlusconi, à presidência da Câmara de Roma. O candidato foi derrotado por Francesco Rutelli mas o apoio de "Il Cavaliere" inspirou-o a formar um partido que servisse de muleta à Forza Itália. E aí estão os pós-fascistas na coligação do poder e Gianfranco Fini como vice-primeiro-ministro.

Em Portugal há alguns adágios populares que se aplicam à situação. "Os pássaros da mesma plumagem voam juntos", por exemplo.

http://www.diarioeconomico.com/edicion/noticia/0,2458,396576,00.html SemPar 10:09 29 Setembro 2003 Se o país continuar assim

vai ser uma aposta perdida. Zulo 10:07 29 Setembro 2003 PP aposta na governação até 2010

E eu também! < anteriores

Para participar nos fóruns necessita de se registar

Paulo Portas com apoio unânime

PP aposta na governação até 2010

O XIX Congresso do CDS-PP resultou no apoio quase unânime a Paulo Portas, na defesa do «entendimento duradouro» com o PSD e numa prudente renovação partidária. Anunciado como o congresso da renovação, a reunião magna dos centristas, que ontem chegou ao fim em Matosinhos, acabou por ficar marcada por lembranças do passado, com referências ao cerco de 1975 e a Amaro da Costa ao longo de todo o fim-de-semana. Uma abertura simbólica no Palácio de Cristal, na sexta-feira, e a evocação do primeiro congresso do CDS deram início a um encontro muito centrado numa história do partido que «esqueceu» líderes como Freitas do Amaral, Lucas Pires Adriano Moreira e Manuel Monteiro e fez de Paulo Portas o «herdeiro político» do falecido antigo ministro da Defesa Amaro da Costa. Uma abertura simbólica no Palácio de Cristal, na sexta-feira, e a evocação do primeiro congresso do CDS deram início a um encontro muito centrado numa história do partido que «esqueceu» líderes como Freitas do Amaral, Lucas Pires Adriano Moreira e Manuel Monteiro e fez de Paulo Portas o «herdeiro político» do falecido antigo ministro da Defesa Amaro da Costa. Mas este foi igualmente um congresso marcado pelo facto de o CDS-PP ter regressado ao poder, o que já não acontecia desde 1983, pelo que a estratégia para os próximos actos eleitorais foi outro dos temas centrais do encontro. Mas este foi igualmente um congresso marcado pelo facto de o CDS-PP ter regressado ao poder, o que já não acontecia desde 1983, pelo que a estratégia para os próximos actos eleitorais foi outro dos temas centrais do encontro. A lista de Portas à Comissão Política Nacional do CDS/PP, a única apresentada, foi ontem aprovada com 96 por cento do total dos votos, tendo obtido 640 dos 666 votos expressos. No entanto, o número de votantes correspondeu a pouco mais de um terço do total de 1729 congressistas inscritos. A lista de Portas à Comissão Política Nacional do CDS/PP, a única apresentada, foi ontem aprovada com 96 por cento do total dos votos, tendo obtido 640 dos 666 votos expressos. No entanto, o número de votantes correspondeu a pouco mais de um terço do total de 1729 congressistas inscritos. No Conselho Nacional, único órgão eleito neste XIX Congresso do CDS-PP e ao qual concorriam duas listas, a encabeçada por Portas obteve 558 votos, contra os 100 conseguidos pela lista liderada por Ismael Pimentel, presidente da concelhia da Amadora. A Mesa do Conselho Nacional foi eleita com 639 votos e o Conselho Nacional de Fiscalização, com 631 votos. No Conselho Nacional, único órgão eleito neste XIX Congresso do CDS-PP e ao qual concorriam duas listas, a encabeçada por Portas obteve 558 votos, contra os 100 conseguidos pela lista liderada por Ismael Pimentel, presidente da concelhia da Amadora. A Mesa do Conselho Nacional foi eleita com 639 votos e o Conselho Nacional de Fiscalização, com 631 votos. O reeleito Paulo Portas, presidente incontestado ao longo dos dois dias de congresso, defendeu em Matosinhos um «entendimento duradouro» com o PSD e deixou a sua preferência pela manutenção da coligação não apenas nas europeias mas também nas presidenciais e nas legislativas de 2006. Contudo, o partido evitou concretizar as preferências em relação a uma candidatura a Belém, apesar de o líder parlamentar, Telmo Correia, ter manifestado o seu apoio ao actual presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes. O reeleito Paulo Portas, presidente incontestado ao longo dos dois dias de congresso, defendeu em Matosinhos um «entendimento duradouro» com o PSD e deixou a sua preferência pela manutenção da coligação não apenas nas europeias mas também nas presidenciais e nas legislativas de 2006. Contudo, o partido evitou concretizar as preferências em relação a uma candidatura a Belém, apesar de o líder parlamentar, Telmo Correia, ter manifestado o seu apoio ao actual presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes. Portas seguiu a linha já expressa pelo primeiro-ministro e presidente do PSD, Durão Barroso, afirmando a necessidade de a actual coligação se manter até 2010, enquanto o porta-voz do partido, Pires de Lima, foi mais longe na política de alianças, pedindo ao PSD uma «resposta em tempo útil» sobre a sua estratégia para as eleições europeias. Portas seguiu a linha já expressa pelo primeiro-ministro e presidente do PSD, Durão Barroso, afirmando a necessidade de a actual coligação se manter até 2010, enquanto o porta-voz do partido, Pires de Lima, foi mais longe na política de alianças, pedindo ao PSD uma «resposta em tempo útil» sobre a sua estratégia para as eleições europeias. Já no final dos trabalhos, uma mensagem de Durão Barroso afirmando que a coligação «é um projecto para Portugal para lá da fórmula de Governo» que os dois partidos oferecem pode ter acalmado a ansiedade dos populares. Já no final dos trabalhos, uma mensagem de Durão Barroso afirmando que a coligação «é um projecto para Portugal para lá da fórmula de Governo» que os dois partidos oferecem pode ter acalmado a ansiedade dos populares. Num congresso praticamente consensual, as poucas vozes críticas nunca atacaram directamente o líder, denunciando apenas questões pontuais da estratégia seguida e pedindo mais esclarecimentos quanto à questão europeia, como sucedeu com Maria José Nogueira Pinto, ou uma maior atenção às «bases», como fez a Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos. Num congresso praticamente consensual, as poucas vozes críticas nunca atacaram directamente o líder, denunciando apenas questões pontuais da estratégia seguida e pedindo mais esclarecimentos quanto à questão europeia, como sucedeu com Maria José Nogueira Pinto, ou uma maior atenção às «bases», como fez a Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos. A prometida renovação dos quadros do partido acabou por ficar diluída no núcleo decisório de Portas, a nova comissão executiva, onde surgem apenas duas caras novas: a secretária de Estado da Segurança Social, Teresa Caeiro, e o secretário de Estado da Administração Interna, Nuno Magalhães. Esta estrutura, que substitui a anterior comissão directiva, foi reduzida, passando de 20 para 11 elementos (incluindo o presidente do partido, Paulo Portas). Mais uma vez, os populares optaram por não indicar vice-presidentes efectivos, embora Luís Nobre Guedes continue a funcionar como primeiro vogal tanto na Comissão Executiva como na Comissão Política Nacional. A promessa de «mais quadros para o partido» foi concretizada, principalmente através do aumento da Comissão Política Nacional, alargada para 60 membros, assim como da dinamização do Conselho Económico e Social, órgão vocacionado para o debate e que integra uma grande percentagem de independentes. A prometida renovação dos quadros do partido acabou por ficar diluída no núcleo decisório de Portas, a nova comissão executiva, onde surgem apenas duas caras novas: a secretária de Estado da Segurança Social, Teresa Caeiro, e o secretário de Estado da Administração Interna, Nuno Magalhães. Esta estrutura, que substitui a anterior comissão directiva, foi reduzida, passando de 20 para 11 elementos (incluindo o presidente do partido, Paulo Portas). Mais uma vez, os populares optaram por não indicar vice-presidentes efectivos, embora Luís Nobre Guedes continue a funcionar como primeiro vogal tanto na Comissão Executiva como na Comissão Política Nacional. A promessa de «mais quadros para o partido» foi concretizada, principalmente através do aumento da Comissão Política Nacional, alargada para 60 membros, assim como da dinamização do Conselho Económico e Social, órgão vocacionado para o debate e que integra uma grande percentagem de independentes. A substituição de Maria José Nogueira Pinto na presidência do Conselho Nacional pelo presidente do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, deu um sinal claro da aposta do partido nas «regionais» do próximo ano. A preparação para as autárquicas também já começou no CDS-PP, tendo Portas escolhido Álvaro Castello-Branco, líder da distrital do Porto, para coordenar a preparação destas eleições, que se realizam no final de 2005. A substituição de Maria José Nogueira Pinto na presidência do Conselho Nacional pelo presidente do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, deu um sinal claro da aposta do partido nas «regionais» do próximo ano. A preparação para as autárquicas também já começou no CDS-PP, tendo Portas escolhido Álvaro Castello-Branco, líder da distrital do Porto, para coordenar a preparação destas eleições, que se realizam no final de 2005. Num congresso em que foram feitas referências ao Partido da Nova Democracia, do antigo presidente do CDS-PP Manuel Monteiro, que Lobo Xavier comparou ao futebolista Deco por tanto aparecer «à direita como à esquerda», acabou por ser o ex-Presidente da República Mário Soares a ter o seu nome associado às mais fortes críticas. Num congresso em que foram feitas referências ao Partido da Nova Democracia, do antigo presidente do CDS-PP Manuel Monteiro, que Lobo Xavier comparou ao futebolista Deco por tanto aparecer «à direita como à esquerda», acabou por ser o ex-Presidente da República Mário Soares a ter o seu nome associado às mais fortes críticas. Paulo Portas evocou o caso da substituição de Maria Barroso na presidência da Cruz Vermelha e, respondendo à acusação que lhe foi dirigida por Soares de ser o «tumor» no Governo, referiu-se ao processo da descolonização. «Houve de facto um tumor, chama-se descolonização. Não pelo princípio mas pelo modo como foi feita», disse, lembrando as responsabilidades de Soares no processo, numa crítica que seria prosseguida mais tarde por Rosado Ferreira, que acusou o eurodeputado socialista de ser um «bolor». Paulo Portas evocou o caso da substituição de Maria Barroso na presidência da Cruz Vermelha e, respondendo à acusação que lhe foi dirigida por Soares de ser o «tumor» no Governo, referiu-se ao processo da descolonização. «Houve de facto um tumor, chama-se descolonização. Não pelo princípio mas pelo modo como foi feita», disse, lembrando as responsabilidades de Soares no processo, numa crítica que seria prosseguida mais tarde por Rosado Ferreira, que acusou o eurodeputado socialista de ser um «bolor». 09:52 29 Setembro 2003

enviar imprimir comentar [107]

Comentários

101 a 107 de 107 Resistente 11:09 29 Setembro 2003 aukistuxegô

Com o assalto ao poder nos orgãos de comunicação social, com o medo dos nossos "escribas" em perder o "tacho", a manipulação, a ausência de cultura, as alterações legislativas na area do trabalho, a transferencia das contribuições da segurança social para as seguradoras, a ausência de valores, o futebol como "cultura", a perversidade e reparem até já se viu numa "nossa" televisão um "gajo" a peidar-se num total desregramento. Por tudo isto estão criadas as condições para os "tumores" continuarem a governar Portugal, para quando houver condições propicias virem a impôr normas ditadoriais como salvadores da Pátria...e assim governarem por longos anos...

Nota: Na altura da Constituição Europeia vamos ver algumas manobras interessantes... Frei Bernardo 11:03 29 Setembro 2003 Está na hora do Pio cantar de galo!

M. Paulo Pedroso,

Ter esta opinião não é ofendê-lo, ofender o seu ídolo ou desprestigiar o seu partido. Pois não?

SACRISTA 11:02 29 Setembro 2003 "Antigos combatentes... de Macau!"

Espera-se que Portas não se esqueça de incluir estes espécimes na sua lista de condecorações e pensões. Vale a pena, depois do que José António Saraiva, Maria João Avillez e outros escreveram sobre o ex-governador de Macau, ler o que disse este fim-de-semana o ex-secretário-adjunto de Rocha Vieira e actual chefe de gabinete de Miguel Horta e Costa na PT sobre a Fundação Jorge Álvares.

Salavessa da Costa: ´Nunca a FJA foi discutida com o governador´

III/402 / Política

Data: 28/09/03 - 18:42

António Salavessa da Costa desconhecia por completo a criação da Fundação Jorge Álvares. Nem ele nem os restantes colegas do executivo. Até que foram apanhados em Lisboa por uma manchete de jornal que acusava Rocha Vieira de ladrão. Em entrevista ao PONTO FINAL, o ex-secretário adjunto considera que o desaparecimento da língua portuguesa é inevitável e que Edmund Ho está no caminho certo

As pedras evocam Portugal e o governo local está a seguir o que era defendido no talvez mais conhecido discurso da anterior administração: manter as carecterísticas próprias da cidade, impedindo que se descaracterize e confunda com outra qualquer cidade chinesa. É uma vitória de todos ou porque no poder está um homem chamado Edmund Ho, filho de Ho Yin?

António Salavessa da Costa – É tudo isso, mas tem de haver um entendimento global. Nos últimos anos da administração portuguesa houve um pragmatismo importante nessa área. Fez-se sentir às pessoas que são diferentes além de com isso se atrair muitos turistas. Como dizia o ex-governador Chris Patten, “vou à minha mini-Europa do Oriente”. E o património, como sabe, não é feito apenas dessas pedras, mas da cultura. Eu aqui emocionei-me um pouco quando durante um jantar oficial vi entrar em grupo folclórico com fatos de diversas regiões de Portugal e reparei que os dançarinos eram chineses. Portuguesas apenas duas das pessoas que estavam a cantar. E cantavam em português. Isto só acontece em Macau, um pouco em Malaca e em Singapura. Em Hong Kong por certo não.

Eu acho que a actual administração está a tomar as medidas certas, foi das coisas que me deixou extremamente satisfeito e tive oportunidade de o dizer ao chefe do Executivo.

- Em contrapartida, a língua portuguesa corre o risco de ser o latim da Ásia… É inevitável?

A. S. C. – É inevitável. Podia ser era diferente. Uma língua é um código de transmissão de ideias, a maior parte da população de Macau é chinesa… como sabe era uma pergunta certa, constante, nas visitas dos portugueses cá.

Na minha tutela tive a possibilidade de falar com 70 ou 80 por cento dos grandes grupos que vinham a Macau, principalmente no período em que a TAP voava para cá. Essa pergunta era sagrada: porque se fala tão pouco português? Uma vez, num congresso de médicos, tive de fazer uma intervenção. Com alguma paixão, que não consigo falar de Macau sem paixão. E falei desta questão. No final levantou-se um homem conhecido, antigo secretário de Estado, o professor Nuno Grande, que disse ter concordado até pelo facto dos portugueses nunca terem obrigado que se falasse o português. Conviver sem obrigar.

Agora, na análise mais profunda têm de contar outros factores como o ensino ou não do português a partir de determinada altura e, inclusivamente, a influência da Igreja.

- Depois da saída da administração portuguesa, fala-se do seu afastamento do grupo do general Rocha Vieira. E especulou-se que não tivesse gostado da forma como foi criada a Fundação Jorge Álvares. Meros rumores?

A. S. C. – Utilizou a palavra exacta: especulação.

Nós encontramo-nos em Lisboa frequentemente e isso começou logo no primeiro mês, a 19 de Janeiro de 2000. A Nova China convidou-nos a todos e juntámo-nos e passou a ser cíclico, de dois em dois meses ou de três em três.

Como sabe eu fui sempre uma pessoa muito ligada ao general Rocha Vieira, era a pessoa que o conhecia há mais tempo excepto o engº Alves Paula que andou com ele no Colégio Militar.

Esse elemento da fundação é um elemento diferente. Eu não comento nada da fundação porque digo sempre uma coisa: nós não sabíamos da fundação. Se alguém sabia, a maioria dos secretários-adjuntos posso dizer-lhe que não sabia. Eu tive conhecimento dessa fundação exactamente como um cidadão qualquer em Portugal, no dia em que saiu nos jornais. E tenho o meu conceito pessoal, que não é sobre a fundação mas sobre determinadas oportunidades mas de maneira nenhuma esse assunto foi discutido com o senhor governador, mesmo agora. É um assunto meramente dele, que ele encara muito bem e portanto nós não temos nada a criticar nem a comentar. Eu nego-me a comentar porque foi uma realidade que surgiu por decisão própria de uma pessoa que nessa altura tinha o poder para a tomar, o governador, e entendeu dar conhecimento dela a quem quis dar. Mas posso dizer-lhe que a maior parte dos elementos do governo, talvez quase todos, não tinha conhecimento e foi apanhada de surpresa como eu fui, a ir para o gabinete e ver no ecrã da Avenida da República, a capa de um jornal, que se chama 24 Horas, com o governador com a bandeira encostada ao peito e a palavra ladrão em cima. Foi uma surpresa total! Depois de tudo o resto, o que foi feito e especulado, considero que foi uma injustiça e uma ingratidão pelo que ele fez aqui em Macau.

- Dado o seu carácter conseguiu arranjar inimigos de estimação em Macau. Depois deste tempo, amizades recuperadas?

S. C. – Eu não reconheço inimigos nenhuns. A vida é feita de vivências, não podemos satisfazer a todos, principalmente quando estamos numa posição em que temos de decidir para a esquerda e para a direita. Há pessoas que depois se dizem inimigos… eu sinceramente não guardo, nunca guardei, rancor de ninguém. Sou incapaz de deixar de falar a qualquer pessoa, porque há sempre possibilidade de falar, mesmo quando não se concorda. O que é preciso é ter coragem para falar. Muitas das vezes a má língua surge da cobardia.

Autor: Paulo A. Azevedo

paa@pontofinalmacau.com

--------------------------------------------------------------------------------

Este artigo veio de PONTO FINAL - Diário de Macau

http://www.pontofinalmacau.com/

O URL para este artigo é:

http://www.pontofinalmacau.com/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=1815

Escaravelho 10:26 29 Setembro 2003 Paulo Portas é um perigoso

A profusão de chavões que ele utiliza e a forma teatralmente pausada como discursa faz lembrar a propaganada nazi.

Disse ele: "Bagão Félix é tão popular de coração como eu sou de cartão".

Mas o que éééééé isto ? BOB ESCARRO 10:11 29 Setembro 2003 Plumagens - João Paulo Guerra

Já sabíamos, pela revista italiana Panorama, que o primeiro-ministro português é identificado em Roma pela "afinidade de carácter" com Sílvio Berlusconi.

Agora, ficámos a saber que a alma gémea em Itália do ministro de Estado português Paulo Portas é Gianfranco Fini, vice-primeiro-ministro e líder da Aliança Nacional. Marcelo Rebelo de Sousa e Pacheco Pereira não acertaram na 'mouche' ao compararem o líder do PP a Umberto Bossi e Jean Marie Le Pen, respectivamente. O paralelo é com Gianfranco Fini, convidado de Paulo Portas para o Congresso do PP, segundo os jornais de sexta-feira.

Quem é Gianfranco Fini? Ex-jornalista, como Paulo Portas, Fini foi secretário da organização juvenil e deputado do Movimento Social Italiano, o partido neofascista de Giorgio Almirante e de Pino Rauti, actual líder da Fiamma Tricolore, sinistra personalidade que se cruzou com alguns episódios sujos da história de Portugal nos últimos anos do salazarismo. Coisas como a Aginter Press e a rede Gládio. Um dia falaremos do assunto. Em 1994, Fini fundou a Aliança Nacional. Nesse ano, porém, o facto mais notório da carreira de Gianfranco Fini não foi a fundação da AN, apresentado como um partido de uma extrema-direita moderna, mas uma declaração que fez considerando Benito Mussolini o maior estadista de Itália no século XX. Mais recentemente, já na pose de vice-primeiro-ministro, Fini afirmou que "hoje não diria o mesmo". Pois pudera.

A Aliança Nacional foi fundada na sequência da candidatura de Fini, com o apoio de Berlusconi, à presidência da Câmara de Roma. O candidato foi derrotado por Francesco Rutelli mas o apoio de "Il Cavaliere" inspirou-o a formar um partido que servisse de muleta à Forza Itália. E aí estão os pós-fascistas na coligação do poder e Gianfranco Fini como vice-primeiro-ministro.

Em Portugal há alguns adágios populares que se aplicam à situação. "Os pássaros da mesma plumagem voam juntos", por exemplo.

http://www.diarioeconomico.com/edicion/noticia/0,2458,396576,00.html SemPar 10:09 29 Setembro 2003 Se o país continuar assim

vai ser uma aposta perdida. Zulo 10:07 29 Setembro 2003 PP aposta na governação até 2010

E eu também! < anteriores

Para participar nos fóruns necessita de se registar

marcar artigo