Estilo de vida contribui para a demência

13-09-2004
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Estilo de Vida Contribui para a Demência

Domingo, 01 de Agosto de 2004

%Andréia Azevedo Soares

Os factores de risco para as doenças cardiovasculares - como a obesidade, a tensão arterial alta e os níveis elevados de colesterol no sangue - também estão associados à redução da capacidade cognitiva na velhice. É o que garantem os relatórios finais apresentados na IX Conferência Internacional sobre a Doença de Alzheimer (ICAD), que decorreu há cerca de duas semanas em Filadélfia, Estados Unidos. Um outro estudo, tornado público na mesma ocasião, revela que a ingestão de hortaliças verdes - o espinafre e os brócolos, por exemplo - pode ajudar a deter o declínio mental.

Estes dois trabalhos apresentam uma mesma mensagem: a demência está, de alguma forma, relacionada com o nosso estilo de vida. Por outras palavras, as gerações mais jovens não devem, acreditam os especialistas, encarar problemas como Alzheimer como uma simples fatalidade. Isso porque, com as novas conclusões científicas, passam a estar nas nossas mãos algumas ferramentas para retardar a degeneração do nosso cérebro.

O estudo sobre os vegetais foi desenvolvido por uma equipa de cientistas liderado por Jae Hee Kang na Escola Médica de Harvard. Os investigadores avaliaram um grupo de treze mil mulheres cuja dieta havia sido acompanhada e registada, nos últimos 30 anos, por técnicos de saúde e enfermagem. A conclusão? As mulheres com uma alimentação rica em vegetais não revelaram uma redução significativa do declínio mental após os 70 anos. Aquelas que consumiram especificamente folhas verdes em grandes quantidades, no entanto, mantiveram-se lúcidas por mais tempo do que as que não costumavam recorrer a este tipo de vegetais. Recorde-se que estas hortaliças são ricas em antioxidantes como a vitamina C e os carotenóides.

"Estes estudos fortalecem a ideia de que, de facto, podemos reduzir o risco da Doença de Alzheimer mudando o nosso estilo de vida - perdendo peso, reformulando a alimentação, mantendo a actividade mental e social. O que é preciso agora são mais estudos aprofundados sobre outros hábitos que possam ajudar a prevenir Alzheimer", afirmou a especialista Marilyn Albert, presidente do conselho médico-científico da associação organizadora da conferência.

Estilo de Vida Contribui para a Demência

Domingo, 01 de Agosto de 2004

%Andréia Azevedo Soares

Os factores de risco para as doenças cardiovasculares - como a obesidade, a tensão arterial alta e os níveis elevados de colesterol no sangue - também estão associados à redução da capacidade cognitiva na velhice. É o que garantem os relatórios finais apresentados na IX Conferência Internacional sobre a Doença de Alzheimer (ICAD), que decorreu há cerca de duas semanas em Filadélfia, Estados Unidos. Um outro estudo, tornado público na mesma ocasião, revela que a ingestão de hortaliças verdes - o espinafre e os brócolos, por exemplo - pode ajudar a deter o declínio mental.

Estes dois trabalhos apresentam uma mesma mensagem: a demência está, de alguma forma, relacionada com o nosso estilo de vida. Por outras palavras, as gerações mais jovens não devem, acreditam os especialistas, encarar problemas como Alzheimer como uma simples fatalidade. Isso porque, com as novas conclusões científicas, passam a estar nas nossas mãos algumas ferramentas para retardar a degeneração do nosso cérebro.

O estudo sobre os vegetais foi desenvolvido por uma equipa de cientistas liderado por Jae Hee Kang na Escola Médica de Harvard. Os investigadores avaliaram um grupo de treze mil mulheres cuja dieta havia sido acompanhada e registada, nos últimos 30 anos, por técnicos de saúde e enfermagem. A conclusão? As mulheres com uma alimentação rica em vegetais não revelaram uma redução significativa do declínio mental após os 70 anos. Aquelas que consumiram especificamente folhas verdes em grandes quantidades, no entanto, mantiveram-se lúcidas por mais tempo do que as que não costumavam recorrer a este tipo de vegetais. Recorde-se que estas hortaliças são ricas em antioxidantes como a vitamina C e os carotenóides.

"Estes estudos fortalecem a ideia de que, de facto, podemos reduzir o risco da Doença de Alzheimer mudando o nosso estilo de vida - perdendo peso, reformulando a alimentação, mantendo a actividade mental e social. O que é preciso agora são mais estudos aprofundados sobre outros hábitos que possam ajudar a prevenir Alzheimer", afirmou a especialista Marilyn Albert, presidente do conselho médico-científico da associação organizadora da conferência.

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