Famílias Portuguesas: A Mulher, o feminismo e a lei da paridade

10-09-2020
marcar artigo

Joana
Bento Rodrigues

Os movimentos feministas
deviam inquietar-se com questões fundamentais, em especial as relacionadas com
a vida laboral e a sua conciliação com o que é a natureza da mulher e as suas
reais preocupações

A mulher dita feminista
– a que integra as «tribos», a que se deslumbra com as capas de revistas, a que
se diz emancipada, a que não precisa de relações estáveis, a que não quer
engravidar para não deformar o corpo nem perder oportunidades profissionais, a
que frequentemente foge da elegância no vestir e no estar – optou por se
objectificar, pretendendo ser apenas fonte de desejo em relações casuais,
rejeitando todo o seu potencial feminino, matrimonial e maternal.

São estas três últimas,
as características mais belas da mulher!

O potencial feminino
refere-se a tudo o que, por norma, caracteriza a mulher. Gosta de se arranjar e
de se sentir bonita. Gosta de ter a casa arrumada e bem decorada. Gosta de ver
ordem à sua volta. Gosta de cuidar e receber e assume, amiúde, muitas das
tarefas domésticas, com toda a sua alma, porque considera ser essa, também, a
sua função.

O potencial matrimonial
reside, precisamente, no amparo e na necessidade de segurança. A mulher gosta
de se sentir útil, de ser a retaguarda e de criar a estabilidade familiar, para
que o marido possa ser profissionalmente bem sucedido. Esse sucesso é também o
seu sucesso! Por norma, não se incomoda em ter menos rendimentos que o marido,
até pelo contrário. Gosta, sim, que seja este a obtê-los, sendo para si um
motivo de orgulho. Porquê? Porque lhe confere a sensação de protecção e de
segurança. Demonstra-lhe que, apesar poder ter uma carreira mais condicionada,
pelo facto de assumir o papel de esposa e mãe, a mulher conta com esse suporte
e apoio do marido, para que nada falte. Por outro lado, aprecia a ideia de «ter
casado bem», como se fosse este também um ponto de honra. Naturalmente que o
contrário não pode ser visto como menos meritório, em particular quando as
oportunidades não são equivalentes. Assim, o casal, enquanto um só e actuando
em uníssono, pode optar pela inversão destes papéis, que em nada diminuiu
qualquer dos elementos, desde que movidos por objectivos comuns e focados no
Amor.

O potencial da
maternidade é algo biológico! A mulher é provida de um encanto, de uma ternura,
que só se encontra na sua relação com os filhos. Ela é o porto de abrigo das
crianças. Na maternidade, a mulher sente-se verdadeiramente realizada, pois
percebe o que é o verdadeiro e incondicional Amor! Não espanta, pois, que não
possa demitir-se dessa função e que a maternidade seja, por norma, um
fortíssimo apelo, ainda que subconsciente. Mesmo quando não é mãe, a mulher é a
«melhor tia do mundo», a «melhor madrinha do mundo». Nela reside a arte do
cuidar e do mimar.

O feminismo, que lutou
pela igualdade de direitos, pela possibilidade de a mulher poder votar, estudar
e trabalhar fora de casa, deter iguais direitos laborais em relação ao homem,
está longe de ser representado nos movimentos da actualidade. Pois, embora
fazendo parte da natureza da mulher ser esposa e mãe, a «mulher moderna» revela
também a necessidade de se completar com um papel social e de cidadania, que vê
concretizado no trabalho e, se bem-sucedido, tanto melhor! Gosta de ver
reconhecido o seu esforço e mérito profissionais, mas sabe também que poderá
ter de fazer escolhas para cumprir com os restantes papéis.

Quantas mulheres estarão
dispostas a abdicar da maternidade e de um casamento feliz, em nome de uma
carreira de sucesso? Dificilmente poderão estar em pé de igualdade com o homem,
que mais facilmente dedica horas extra ao trabalho, abdicando do tempo em
Família, em nome da progressão laboral e, está claro, daquilo que é um apelo
mais masculino, o do sucesso laboral. É isto discriminação? Não, são escolhas!

A sabedoria popular bem
o diz: «Não se pode ter tudo»! Não espanta, assim, que haja menos mulheres em
cargos políticos e em posições de poder. A mulher escolhe-o naturalmente, ao
dedicar menos tempo que o homem às causas partidárias e ao estudo da História e
da actualidade, enquanto conhecimento necessário para defender e representar
uma Nação.

É certo que é mais
difícil ascender profissionalmente num meio masculino, consequência inevitável
desta dinâmica social, mas que na sociedade ocidental tanto se tem esbatido nas
últimas décadas, em resultado do esforço de muitas mulheres que mostraram, na
prática, o que conseguem fazer e alcançar, com a sua enorme inteligência social
e emocional. Prova disso é a representatividade feminina no ensino superior no
nosso País, na medicina e na advocacia, que já ultrapassa de forma preocupante
a masculina!

Por isso, os movimentos
feministas deveriam inquietar-se, sim, com questões fundamentais,
particularmente as relacionadas com a vida laboral e a sua conciliação com o
que é a natureza da mulher e as suas reais preocupações. Contudo, o activismo
feminista actual não procura satisfazer o que as mulheres precisam, mas apenas
o que pretende uma poderosíssima minoria de mulheres. Este activismo tornou-se,
inclusivamente, desprestigiante para a mulher. Priva-a da possibilidade de
ascensão social e profissional pelo mérito. Retira-lhe a doçura e candura.
Nega-lhe o papel fundamental do matrimónio e da maternidade. Objectifica a
mulher, enquanto presa para sexo fácil e espaço de diversão. Promove paradas
onde se expõe o corpo de forma grosseira e agreste à visão. Claramente, não representa a «mulher comum»!

A mulher é um ser
belíssimo e extraordinário, que já provou conseguir alcançar sonhos e
objectivos, sem necessidade de leis movidas por comiseração. A mulher não precisa
de quotas obrigatórias para poder aceder à participação na vida política.

Por tudo isso,
declaro-me anti-feminista e contra a nova Lei da Paridade!

Médica. Membro da
TEM/CDS.
A autora escreve em
português correcto, rejeitando a grafia do AO90.

Joana
Bento Rodrigues

Os movimentos feministas
deviam inquietar-se com questões fundamentais, em especial as relacionadas com
a vida laboral e a sua conciliação com o que é a natureza da mulher e as suas
reais preocupações

A mulher dita feminista
– a que integra as «tribos», a que se deslumbra com as capas de revistas, a que
se diz emancipada, a que não precisa de relações estáveis, a que não quer
engravidar para não deformar o corpo nem perder oportunidades profissionais, a
que frequentemente foge da elegância no vestir e no estar – optou por se
objectificar, pretendendo ser apenas fonte de desejo em relações casuais,
rejeitando todo o seu potencial feminino, matrimonial e maternal.

São estas três últimas,
as características mais belas da mulher!

O potencial feminino
refere-se a tudo o que, por norma, caracteriza a mulher. Gosta de se arranjar e
de se sentir bonita. Gosta de ter a casa arrumada e bem decorada. Gosta de ver
ordem à sua volta. Gosta de cuidar e receber e assume, amiúde, muitas das
tarefas domésticas, com toda a sua alma, porque considera ser essa, também, a
sua função.

O potencial matrimonial
reside, precisamente, no amparo e na necessidade de segurança. A mulher gosta
de se sentir útil, de ser a retaguarda e de criar a estabilidade familiar, para
que o marido possa ser profissionalmente bem sucedido. Esse sucesso é também o
seu sucesso! Por norma, não se incomoda em ter menos rendimentos que o marido,
até pelo contrário. Gosta, sim, que seja este a obtê-los, sendo para si um
motivo de orgulho. Porquê? Porque lhe confere a sensação de protecção e de
segurança. Demonstra-lhe que, apesar poder ter uma carreira mais condicionada,
pelo facto de assumir o papel de esposa e mãe, a mulher conta com esse suporte
e apoio do marido, para que nada falte. Por outro lado, aprecia a ideia de «ter
casado bem», como se fosse este também um ponto de honra. Naturalmente que o
contrário não pode ser visto como menos meritório, em particular quando as
oportunidades não são equivalentes. Assim, o casal, enquanto um só e actuando
em uníssono, pode optar pela inversão destes papéis, que em nada diminuiu
qualquer dos elementos, desde que movidos por objectivos comuns e focados no
Amor.

O potencial da
maternidade é algo biológico! A mulher é provida de um encanto, de uma ternura,
que só se encontra na sua relação com os filhos. Ela é o porto de abrigo das
crianças. Na maternidade, a mulher sente-se verdadeiramente realizada, pois
percebe o que é o verdadeiro e incondicional Amor! Não espanta, pois, que não
possa demitir-se dessa função e que a maternidade seja, por norma, um
fortíssimo apelo, ainda que subconsciente. Mesmo quando não é mãe, a mulher é a
«melhor tia do mundo», a «melhor madrinha do mundo». Nela reside a arte do
cuidar e do mimar.

O feminismo, que lutou
pela igualdade de direitos, pela possibilidade de a mulher poder votar, estudar
e trabalhar fora de casa, deter iguais direitos laborais em relação ao homem,
está longe de ser representado nos movimentos da actualidade. Pois, embora
fazendo parte da natureza da mulher ser esposa e mãe, a «mulher moderna» revela
também a necessidade de se completar com um papel social e de cidadania, que vê
concretizado no trabalho e, se bem-sucedido, tanto melhor! Gosta de ver
reconhecido o seu esforço e mérito profissionais, mas sabe também que poderá
ter de fazer escolhas para cumprir com os restantes papéis.

Quantas mulheres estarão
dispostas a abdicar da maternidade e de um casamento feliz, em nome de uma
carreira de sucesso? Dificilmente poderão estar em pé de igualdade com o homem,
que mais facilmente dedica horas extra ao trabalho, abdicando do tempo em
Família, em nome da progressão laboral e, está claro, daquilo que é um apelo
mais masculino, o do sucesso laboral. É isto discriminação? Não, são escolhas!

A sabedoria popular bem
o diz: «Não se pode ter tudo»! Não espanta, assim, que haja menos mulheres em
cargos políticos e em posições de poder. A mulher escolhe-o naturalmente, ao
dedicar menos tempo que o homem às causas partidárias e ao estudo da História e
da actualidade, enquanto conhecimento necessário para defender e representar
uma Nação.

É certo que é mais
difícil ascender profissionalmente num meio masculino, consequência inevitável
desta dinâmica social, mas que na sociedade ocidental tanto se tem esbatido nas
últimas décadas, em resultado do esforço de muitas mulheres que mostraram, na
prática, o que conseguem fazer e alcançar, com a sua enorme inteligência social
e emocional. Prova disso é a representatividade feminina no ensino superior no
nosso País, na medicina e na advocacia, que já ultrapassa de forma preocupante
a masculina!

Por isso, os movimentos
feministas deveriam inquietar-se, sim, com questões fundamentais,
particularmente as relacionadas com a vida laboral e a sua conciliação com o
que é a natureza da mulher e as suas reais preocupações. Contudo, o activismo
feminista actual não procura satisfazer o que as mulheres precisam, mas apenas
o que pretende uma poderosíssima minoria de mulheres. Este activismo tornou-se,
inclusivamente, desprestigiante para a mulher. Priva-a da possibilidade de
ascensão social e profissional pelo mérito. Retira-lhe a doçura e candura.
Nega-lhe o papel fundamental do matrimónio e da maternidade. Objectifica a
mulher, enquanto presa para sexo fácil e espaço de diversão. Promove paradas
onde se expõe o corpo de forma grosseira e agreste à visão. Claramente, não representa a «mulher comum»!

A mulher é um ser
belíssimo e extraordinário, que já provou conseguir alcançar sonhos e
objectivos, sem necessidade de leis movidas por comiseração. A mulher não precisa
de quotas obrigatórias para poder aceder à participação na vida política.

Por tudo isso,
declaro-me anti-feminista e contra a nova Lei da Paridade!

Médica. Membro da
TEM/CDS.
A autora escreve em
português correcto, rejeitando a grafia do AO90.

marcar artigo