César diz que dinheiro é o problema da autonomização da RTP/Açores

23-02-2003
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César Diz Que Dinheiro É o Problema da Autonomização da RTP/Açores

Por LUSA

Quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2003

Encontro com Morais Sarmento

Chefe do governo açoriano afirma que "está reunido o consenso" em relação aos princípios

O chefe do executivo açoriano mostrou-se ontem receptivo aos princípios que sustentam a proposta do Governo para a "autonomização" da RTP/Açores, mas admitiu que chegar a acordo para o financiamento do projecto poderá tornar-se um problema.

Carlos César falava aos jornalistas no final de um encontro com o ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, no qual foi debatida a proposta do Governo para a regionalização da televisão pública nas ilhas. [Está prevista a autonomização dos centros regionais da RTP nos Açores e Madeira através de empresas participadas pelos governos regionais, pela "nova" RTP e por entidades públicas e privadas].

Nesta fase preliminar, em que ambas as partes falaram nos princípios de base do projecto, ficou estabelecido que será criado, de imediato, um grupo de trabalho com a participação de representantes do governo regional.

"Em termos gerais, há boas pistas para trabalhar porque está reunido o consenso em relação à substância da proposta", declarou o presidente do executivo regional.

Contudo, "o financiamento será o problema" a discutir futuramente, já que o Governo pretende reduzir custos com a RTP, partilhando estas responsabilidades com o Governo Regional dos Açores.

"Nós nunca gostamos de pagar mais, e o Governo da República quer reduzir custos", comentou Carlos César, admitindo que será mais complicado chegar a um acordo nesta matéria.

O chefe do executivo açoriano defendeu, em termos genéricos, a necessidade de "consolidar o projecto, acautelando o serviço público de televisão, e preservando a sua independência".

O ministro da Presidência também se congratulou com o consenso gerado em torno dos princípios do projecto, cuja metodologia já está traçada, e revelou que uma segunda fase será a das alterações legislativas necessárias à mudança.

"Queremos uma melhor televisão, com conteúdos de interesse para as regiões autónomas, mas mantendo a unidade do Estado" português, defendeu o ministro que tutela a comunicação social, acrescentando que o Governo pretende avançar neste projecto "com cautela e segurança".

Quanto ao financiamento, Morais Sarmento mostrou-se convicto de que é possível racionalizar os custos e "fazer melhor, custando menos" ao Estado, e afastou a hipótese da supressão de postos de trabalho na RTP/Açores.

"A autonomização não significa necessariamente reduzir pessoal. Há outras formas de racionalizar as despesas", sustentou.

A autonomização dos centros regionais da RTP foi também já objecto de contactos entre o ministro da Presidência e o presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim.

César Diz Que Dinheiro É o Problema da Autonomização da RTP/Açores

Por LUSA

Quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2003

Encontro com Morais Sarmento

Chefe do governo açoriano afirma que "está reunido o consenso" em relação aos princípios

O chefe do executivo açoriano mostrou-se ontem receptivo aos princípios que sustentam a proposta do Governo para a "autonomização" da RTP/Açores, mas admitiu que chegar a acordo para o financiamento do projecto poderá tornar-se um problema.

Carlos César falava aos jornalistas no final de um encontro com o ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, no qual foi debatida a proposta do Governo para a regionalização da televisão pública nas ilhas. [Está prevista a autonomização dos centros regionais da RTP nos Açores e Madeira através de empresas participadas pelos governos regionais, pela "nova" RTP e por entidades públicas e privadas].

Nesta fase preliminar, em que ambas as partes falaram nos princípios de base do projecto, ficou estabelecido que será criado, de imediato, um grupo de trabalho com a participação de representantes do governo regional.

"Em termos gerais, há boas pistas para trabalhar porque está reunido o consenso em relação à substância da proposta", declarou o presidente do executivo regional.

Contudo, "o financiamento será o problema" a discutir futuramente, já que o Governo pretende reduzir custos com a RTP, partilhando estas responsabilidades com o Governo Regional dos Açores.

"Nós nunca gostamos de pagar mais, e o Governo da República quer reduzir custos", comentou Carlos César, admitindo que será mais complicado chegar a um acordo nesta matéria.

O chefe do executivo açoriano defendeu, em termos genéricos, a necessidade de "consolidar o projecto, acautelando o serviço público de televisão, e preservando a sua independência".

O ministro da Presidência também se congratulou com o consenso gerado em torno dos princípios do projecto, cuja metodologia já está traçada, e revelou que uma segunda fase será a das alterações legislativas necessárias à mudança.

"Queremos uma melhor televisão, com conteúdos de interesse para as regiões autónomas, mas mantendo a unidade do Estado" português, defendeu o ministro que tutela a comunicação social, acrescentando que o Governo pretende avançar neste projecto "com cautela e segurança".

Quanto ao financiamento, Morais Sarmento mostrou-se convicto de que é possível racionalizar os custos e "fazer melhor, custando menos" ao Estado, e afastou a hipótese da supressão de postos de trabalho na RTP/Açores.

"A autonomização não significa necessariamente reduzir pessoal. Há outras formas de racionalizar as despesas", sustentou.

A autonomização dos centros regionais da RTP foi também já objecto de contactos entre o ministro da Presidência e o presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim.

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