Lisboa acumula ganho de 13 por cento

13-12-2003
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Lisboa Acumula Ganho de 13 por Cento

Por ANABELA CAMPOS

Segunda-feira, 01 de Dezembro de 2003

Chegaram os feriados de Dezembro e é natural que nas próximas duas semanas abrande a intensidade dos investidores no mercado, mas a tendência geral tem sido positiva, com a animação gerada na última semana pelo crescimento "espectacular" da economia norte-americana no terceiro trimestre: 8,2 por cento. Lisboa tem-se mantido em alta, embora os ganhos na semana passada tenham sido algo tímidos e o volume de negócios contido. Ainda assim, Lisboa subiu na última semana de Novembro 1,74 por cento. Em termos anuais, a praça portuguesa já acumula uma valorização de 13 por cento, apesar da economia nacional continuar a dar sinais de fraqueza e não se antecipar um 2004 favorável.

A nível internacional confirma-se a recuperação da economia norte-americana, embora haja algumas preocupações em relação ao crescimento galopante do défice e ao enfraquecimento do dólar face ao euro. Na sexta-feira, o euro subiu para o nível mais alto de sempre face à moeda norte-americana, para os 1,2015 dólares. Os analistas defendem que o mercado assistiu a uma forte pressão de venda sobre o dólar, face à inquietação que os investidores sentem em relação aos problemas estruturais da economia norte-americana. O fortalecimento do euro também causa apreensão na Europa, já que penaliza as exportações das empresas da zona euro. Mas há mais: a flexibilização do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), com a decisão de não aplicar sanções à Alemanha e França pela violação do critério orçamental que limita o crescimento do défice a três por cento, pode ter como consequência a necessidade de aumentar as taxas de juro na zona euro, o que não seria muito positivo na altura em que é preciso estimular o crescimento das economias europeias. O BCE reúne-se esta quinta-feira, mas para já os analistas não antecipam uma subida das taxas de juro, que deverão manter-se nos dois por cento.

Em Lisboa, a semana foi marcada pelo sentimento positivo face aos pesos-pesados do mercado, BCP, PT e EDP, bem como pela força de algumas empresas mais pequenas, como Semapa e SonaeCom.

A construtora de Queirós Pereira foi quem mais subiu - 13,64 por cento - ao que não foi alheio o facto da empresa ter anunciado estar à procura de comprador para 41 por cento da Secil e os nove por cento que detém na Cimpor. A Sonaecom também esteve em maré alta, a beneficiar do regresso de alguma especulação ao papel, assim como do optimismo em relação à Optimus, assim como das expectativas optimistas para a Novis em 2004. A PT valorizou 4,67 por cento, fixando sucessivos máximos do ano, impulsionada por recomendações positivas por parte de várias casas de investimento. A aprovação do Orçamento do Estado de 2004, no qual se prevê a descida da taxa de imposto sobre o lucro das empresas de 30 para 25 por cento, foi um dos motores da subida da PT, mas também da EDP. A eléctrica ganhou 3,48 por cento, na expectativa da integração da fileira de gás natural no universo dos seus negócios, no decorrer da reestruturação do sector energético português.

Lisboa Acumula Ganho de 13 por Cento

Por ANABELA CAMPOS

Segunda-feira, 01 de Dezembro de 2003

Chegaram os feriados de Dezembro e é natural que nas próximas duas semanas abrande a intensidade dos investidores no mercado, mas a tendência geral tem sido positiva, com a animação gerada na última semana pelo crescimento "espectacular" da economia norte-americana no terceiro trimestre: 8,2 por cento. Lisboa tem-se mantido em alta, embora os ganhos na semana passada tenham sido algo tímidos e o volume de negócios contido. Ainda assim, Lisboa subiu na última semana de Novembro 1,74 por cento. Em termos anuais, a praça portuguesa já acumula uma valorização de 13 por cento, apesar da economia nacional continuar a dar sinais de fraqueza e não se antecipar um 2004 favorável.

A nível internacional confirma-se a recuperação da economia norte-americana, embora haja algumas preocupações em relação ao crescimento galopante do défice e ao enfraquecimento do dólar face ao euro. Na sexta-feira, o euro subiu para o nível mais alto de sempre face à moeda norte-americana, para os 1,2015 dólares. Os analistas defendem que o mercado assistiu a uma forte pressão de venda sobre o dólar, face à inquietação que os investidores sentem em relação aos problemas estruturais da economia norte-americana. O fortalecimento do euro também causa apreensão na Europa, já que penaliza as exportações das empresas da zona euro. Mas há mais: a flexibilização do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), com a decisão de não aplicar sanções à Alemanha e França pela violação do critério orçamental que limita o crescimento do défice a três por cento, pode ter como consequência a necessidade de aumentar as taxas de juro na zona euro, o que não seria muito positivo na altura em que é preciso estimular o crescimento das economias europeias. O BCE reúne-se esta quinta-feira, mas para já os analistas não antecipam uma subida das taxas de juro, que deverão manter-se nos dois por cento.

Em Lisboa, a semana foi marcada pelo sentimento positivo face aos pesos-pesados do mercado, BCP, PT e EDP, bem como pela força de algumas empresas mais pequenas, como Semapa e SonaeCom.

A construtora de Queirós Pereira foi quem mais subiu - 13,64 por cento - ao que não foi alheio o facto da empresa ter anunciado estar à procura de comprador para 41 por cento da Secil e os nove por cento que detém na Cimpor. A Sonaecom também esteve em maré alta, a beneficiar do regresso de alguma especulação ao papel, assim como do optimismo em relação à Optimus, assim como das expectativas optimistas para a Novis em 2004. A PT valorizou 4,67 por cento, fixando sucessivos máximos do ano, impulsionada por recomendações positivas por parte de várias casas de investimento. A aprovação do Orçamento do Estado de 2004, no qual se prevê a descida da taxa de imposto sobre o lucro das empresas de 30 para 25 por cento, foi um dos motores da subida da PT, mas também da EDP. A eléctrica ganhou 3,48 por cento, na expectativa da integração da fileira de gás natural no universo dos seus negócios, no decorrer da reestruturação do sector energético português.

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