Maiores construtoras nacionais juntas pelo TGV

05-12-2003
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Associação pode ajudar à internacionalização

Maiores Construtoras Nacionais Juntas pelo TGV

Segunda-feira, 01 de Dezembro de 2003

Mota-Engil, Teixeira Duarte e Somague unem-se numa estratégia comum e dão sinais de reestruturação a todo o sector

Luísa Pinto e Carlos Cipriano

Quando for lançado o concurso para a construção das linhas ferroviárias de alta velocidade em Portugal, será certo que na corrida estarão as três maiores construtoras nacionais: Mota-Engil, Somague e Teixeira Duarte. Mas, como acontece na maior parte das vezes, estas empresas não estarão em concorrência directa, mas associadas. As três construtoras chegaram a uma plataforma de entendimento que lhes permite, desde já, anunciar que formarão um agrupamento de empresas para se apresentarem às grandes empreitadas que venham a ser lançadas no país, de forma a melhor se apresentarem aos concursos.

"Este acordo surgiu depois de uma longa reflexão, reflexão essa que fizemos por se sentir a necessidade de reestruturar todo o sector. Com esta aproximação, pretendemos concretizar essa reestruturação e dar sinais de mudança a todo o sector", confirmou, em declarações ao PÚBLICO, o presidente do conselho de administração do Grupo Mota-Engil, António Mota.

Se, individualmente, estas empresas apresentam volumes de facturação e obras em carteira de peso para o contexto nacional, associadas, as três aumentam esse volume de forma a estarem mais bem preparadas para enfrentaram a concorrência de outras poderosas empresas europeias, nomeadamente espanholas. Cada uma destas empresas tem perseguido estratégias diferentes, quer no mercado interno quer no esforço de internacionalização, mas ressalta cada vez mais o entendimento de que aproveitar sinergias e rentabilizar complementaridades será a chave de um maior sucesso para cada uma delas.

A construção das linhas do TGV, pelo volume de obra e pela sua complexidade técnica e financeira, foram o pretexto da aproximação - também porque congrega as maiores empreitadas que se adivinham -, mas esta "plataforma de entendimento" pode, com facilidade, vir a estender-se a outras empreitadas. "Cada caso é um caso, e será analisado isoladamente. A participação de outras empresas será também analisada em cada contexto", acrescentou António Mota. Esta parceria estratégica pode vir também a ter reflexos nos mercados internacionais, com o mesmo agrupamento a apresentar-se em conjunto às grandes empreitadas de obras públicas. Mas, para já, essa é ainda apenas uma possibilidade.

Esta não é a primeira vez que as três empresas se associam em consórcios. Teixeira Duarte, Somague e a então Mota & Companhia estiveram no agrupamento que deu origem à Lusoponte, e associaram-se de novo, juntamente com a Soares da Costa, no concurso promovido pela Brisa e para a construção de uma ponte entre Carregal e Benavente. A partir de agora, e com o acordo de parceria formalizado, esta plataforma de empresas vai dedicar atenção às empreitadas com maior volume de construção, prazos alargados de execução e que tenham componentes agregadas de gestão e manutenção.

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Maiores Construtoras Nacionais Juntas pelo TGV

Segunda-feira, 01 de Dezembro de 2003

Mota-Engil, Teixeira Duarte e Somague unem-se numa estratégia comum e dão sinais de reestruturação a todo o sector

Luísa Pinto e Carlos Cipriano

Quando for lançado o concurso para a construção das linhas ferroviárias de alta velocidade em Portugal, será certo que na corrida estarão as três maiores construtoras nacionais: Mota-Engil, Somague e Teixeira Duarte. Mas, como acontece na maior parte das vezes, estas empresas não estarão em concorrência directa, mas associadas. As três construtoras chegaram a uma plataforma de entendimento que lhes permite, desde já, anunciar que formarão um agrupamento de empresas para se apresentarem às grandes empreitadas que venham a ser lançadas no país, de forma a melhor se apresentarem aos concursos.

"Este acordo surgiu depois de uma longa reflexão, reflexão essa que fizemos por se sentir a necessidade de reestruturar todo o sector. Com esta aproximação, pretendemos concretizar essa reestruturação e dar sinais de mudança a todo o sector", confirmou, em declarações ao PÚBLICO, o presidente do conselho de administração do Grupo Mota-Engil, António Mota.

Se, individualmente, estas empresas apresentam volumes de facturação e obras em carteira de peso para o contexto nacional, associadas, as três aumentam esse volume de forma a estarem mais bem preparadas para enfrentaram a concorrência de outras poderosas empresas europeias, nomeadamente espanholas. Cada uma destas empresas tem perseguido estratégias diferentes, quer no mercado interno quer no esforço de internacionalização, mas ressalta cada vez mais o entendimento de que aproveitar sinergias e rentabilizar complementaridades será a chave de um maior sucesso para cada uma delas.

A construção das linhas do TGV, pelo volume de obra e pela sua complexidade técnica e financeira, foram o pretexto da aproximação - também porque congrega as maiores empreitadas que se adivinham -, mas esta "plataforma de entendimento" pode, com facilidade, vir a estender-se a outras empreitadas. "Cada caso é um caso, e será analisado isoladamente. A participação de outras empresas será também analisada em cada contexto", acrescentou António Mota. Esta parceria estratégica pode vir também a ter reflexos nos mercados internacionais, com o mesmo agrupamento a apresentar-se em conjunto às grandes empreitadas de obras públicas. Mas, para já, essa é ainda apenas uma possibilidade.

Esta não é a primeira vez que as três empresas se associam em consórcios. Teixeira Duarte, Somague e a então Mota & Companhia estiveram no agrupamento que deu origem à Lusoponte, e associaram-se de novo, juntamente com a Soares da Costa, no concurso promovido pela Brisa e para a construção de uma ponte entre Carregal e Benavente. A partir de agora, e com o acordo de parceria formalizado, esta plataforma de empresas vai dedicar atenção às empreitadas com maior volume de construção, prazos alargados de execução e que tenham componentes agregadas de gestão e manutenção.

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